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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aereoporto de Osaka testa bicicletas a hidrogénio


Uma bicicleta movida a hidrogénio está a ser testada pelo staff do aeroporto de Osaka, no Japão, para deslocações no recinto em substituição dos automóveis, numa tentativa de reduzir as emissões de dióxido de carbono.


A bicicleta utiliza uma célula de combustível que carrega a bateria, em tudo semelhante a uma bicicleta eléctrica, com a vantagem de que os utilizadores não têm de esperar pelo carregamento da bateria uma vez que a operação decorre muito rapidamente. Com a célula de combustível o carregamento da bateria não demora mais do que encher um tanque de combustível de um automóvel.


Um cartucho de hidrogécerca de 80 litros é o suficiente para a bicicleta ter uma autonomia de cerca de três horas. O carregamento é feito no próprio aeroporto, que dispõe de uma estação de abastecimento.


O principal benefício na utilização de hidrogénio como fonte de energia para as bicicletas está no facto de estas serem 100 por cento amigas do ambiente. A célula de combustível tem como única emissão o vapor de água, sem qualquer outro tipo de gás poluente.

Comissão Europeia reforça investigação na energia e no ambiente com Japão


A Comissão Europeia estabeleceu um acordo de colaboração para a área da Ciência e Tecnologia com o Japão. O acordo tem como base a identificação de objectivos e áreas de interesse comum, nomeadamente na energia e no ambiente, sectores em que a investigação conjunta poderá ter resultados promissores. Por outro lado, poderá ser uma importante ferramenta no estabelecimento de mecanismos para a promoção da ciência e tecnologia, sobretudo através da participação recíproca em projectos de investigação, troca de investigadores e articulação de propostas de projectos.

Janez Potočnik, comissário europeu da Ciência e Investigação referiu que «este acordo abre um novo capítulo na história da cooperação na área da ciência e investigação entre dois dos principais responsáveis pela produção de conhecimento nestes domínios, numa nova era de cooperação global na investigação. Enfrentamos desafios semelhantes, por isso, devemos enfrentá-los juntos, pelo nosso planeta, pelas nossas populações e pelo nosso futuro. Este momento também representa mais um passo na abertura da investigação europeia ao mundo».

A comissão europeia já participa em projectos conjuntos com o Japão, mas o actual acordo vem reforçar essa colaboração.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Protótipo transforma CO2 em hidrogénio


Um grupo de pesquisadores dos laboratórios Sandia criaram um protótipo que reenergiza quimicamente o dióxido de carbono (CO2) transformando-o em monóxido de carbono (CO) e hidrogénio, que ainda pode ser a chave para sintetizar combustível líquido. O protótipo foi testado pela primeira vez recentemente e, embora a eficiência ainda seja muito baixa, a tecnologia é promissora.


A máquina, criada pelo pesquisador Rich Diver, usa energia solar para converter o desperdício de dióxido de carbono das centrais termoeléctricas em combustíveis de transporte, para ser usado em substituição da gasolina e do diesel. O sistema é uma alternativa para a captura de carbono, que, em vez de ser armazenado permanentemente no solo, poderia ser reciclado e voltar a ser utilizado.


Designada de Counter-Rotating-Ring Receiver Reactor Recuperator (Recuperador por Reacção com Anel Rotatório), ou ainda CR5, a máquina cilíndrica é composta por duas câmaras nas laterais e 14 anéis rotatórios no centro. O exterior dos anéis é feito de óxido de ferro. Quando os cientistas aquecem o interior da câmara a 1.500º C, o óxido de ferro é submetido a uma reacção termoquímica, libertando moléculas de oxigénio.


Ao girar lentamente os anéis (uma rotação por minuto), o lado quente aproxima-se da câmara oposta e começa a arrefecer. Quando o dióxido de carbono é mandado para esta câmara, o óxido de ferro retira moléculas de oxigénio do gás, transformando-as em monóxido de carbono, que pode então ser utilizado como componente básico para criar combustível líquido.


A princípio, Diver desenhou a máquina para gerar hidrogénio sem a utilização de electrólise, o processo tradicional para a obtenção deste gás combustível. Ao substituir a água por dióxido de carbono na segunda câmara, os pesquisadores conseguiram a produção de hidrogénio. Em seguida, ao misturar esse hidrogénio ao monóxido de carbono, foi possível produzir syngas, ou gás sintético, uma mistura de gases que contém quantidades variáveis de monóxido de carbono e hidrogénio. Embora não se possa sintetizar directamente os combustíveis hidrocarbonetos comuns, como nafta (popularmente conhecida como gasolina), diesel ou combustível utilizado na aviação a partir do syngas, é possível usá-lo em substituição destes.


Pode demorar até 20 anos para que a tecnologia seja lançada no mercado, sendo o maior desafio o aumento da eficiência do sistema. O objectivo dos pesquisadores é elevar, mesmo que apenas um pouco, a eficiência do sistema, uma vez que a fotossíntese realizada pelas plantas tem uma eficiência de apenas um por cento e produz grandes quantidades de energia. Uma maneira de atingi-la é desenvolver novos compostos cerâmicos que libertem moléculas de oxigénio a temperaturas muito mais baixas do que o óxido de ferro.


Esta não é a primeira tentativa de transformar dióxido de carbono em combustível. Em 2007, pesquisadores da Universidade da Califórnia criaram um dispositivo que também utilizava energia solar para a conversão.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lisboa e Porto integram rede de investigação em sistemas de energia e mobilidade eléctrica

Foi ontem apresentada a Rede de Investigação em Sistemas de Energia e Mobilidade Eléctrica, na Câmara Municipal de Lisboa. As cidades de Lisboa e Porto vão integrar o grupo de sete cidades a nível mundial sobre as quais investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e de Portugal vão estudar metodologias inovadoras para quantificar e estimular o nível de sustentabilidade relativa dos centros urbanos.

A apresentação foi feita no âmbito das iniciativas organizadas por ocasião da visita que a presidente do MIT, Susan Hockfield, realiza a Portugal esta semana.

A rede de investigação visa fomentar a discussão sobre formas de apoio à decisão dos responsáveis políticos em matéria de concepção, teste e implementação de novas políticas ambientais, a par da difusão de novos conhecimentos junto dos cidadãos para captar o seu empenhamento e melhor compreensão relativamente às questões de sustentabilidade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Autocarros a hidrogénio perto da fase de comercialização


Os resultados finais do projecto HyFLEET:CUTE 2006-2009 foram apresentados publicamente
na conferência “Hydrogen Transports!”, que decorreu entre 17 e 18 de Novembro, em Hamburgo. O projecto esteve a decorrer nos últimos quatro anos em dez cidades de três continentes, onde estiveram a circular cerca de 20 autocarros movidos a hidrogénio.

De acordo com a indústria dos transportes e os produtores de hidrogénio, esta tecnologia deverá estar disponível entre 2015 e 2020. «A maior parte do trabalho de casa está feito. Estamos muito perto de chegar à fase de comercialização. Os custos ainda têm de baixar e temos de ganhar mais um pouco de experiência, mas já não estamos numa fase experimental. Há um período de 20 a 30 anos desta tecnologia e agora é uma questão de vontade», referiu Boris Jermer, da HyCologne.

«O que precisamos é de autocarros que sejam suficientemente baratos. O problema é que os custos estão associados ao volume de produção e se se produzir apenas um autocarro, que envolve 20 engenheiros o custo é astronómico. Mas assim que se começar, por exemplo, com a produção anual de 100 autocarros, o preço baixa logo para níveis aceitáveis», acrescentou ainda o responsável.

sábado, 21 de novembro de 2009

Carlos Zorrinho afirma pólos de competitividade como prioridade*

Uma das prioridades do Ministério da Economia passa por «desenvolver algo que foi muito trabalhado no governo anterior: a criação dos pólos de competitividade». A garantia foi dada na quarta-feira, 18, por Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia e Inovação, que presidiu à sessão de encerramento do Fórum da Energia, no Taguspark, em Oeiras.

Os pólos foram dinamizados pela sociedade civil, foram reconhecidos, mas, agora, «é muito importante desenvolver redes de actores fortes, que consolidem e dêem sustentação a cada pólo de competitividade. Não tenho dúvidas de que esta área terá de funcionar muito nesta lógica de eficiência colectiva», frisou o governante na iniciativa organizada pelo jornal Água&Ambiente, e a qual integra a Expo Energia 2009.

Além desta prioridade, há outras estabelecidas: «Queremos continuar a ser uma referência global nas energias renováveis e ser pioneiros nas práticas de eficiência. Parece pouco, mas é imenso. Poucos países se podem rever numa agenda tão optimista, mas esta ambição é possível, porque conta com o apoio de todos os actores do sector em Portugal.» Referindo-se ao título da Expo Energia 2009 - “Decidir o futuro da energia em Portugal” -, Carlos Zorrinho referiu que isto é «algo que temos de decidir todos os dias, com o esforço de todos», e garantiu que «o Governo fará a sua parte».

Nos últimos quatro anos e meio, enquanto coordenador do Plano Trecnológico, Carlos Zorrinho teve a oportunidade de contactar com o sector e de se aperceber da sua dinâmica. «Os bons resultados obtidos engradecem o País. É preciso melhorar ainda mais esses resultados, porque são esses que nos permitem que sejamos ainda mais ambiciosos», frisou. Fazendo referência ao programa do Governo, o responsável destacou que a área da energia é talvez aquela em que os «compromissos estão mais assumidos e, como tal, mensuráveis».

Mas para atingir as metas é preciso ir mais além. «É por isso que é importante haver uma visão partilhada. Temos de ter para este sector um modelo funcional de economia inteligente», salientou, frisando que a área da energia terá de estar fortemente ancoradoaa uma capacidade de inovação e de desenvolvimento. É que, como explicou, «nenhum sector se consolida se não consolidar a sua propriedade intelectual e industrial».

* Tânia Nascimento, in AmbienteOnline

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Veículos a hidrogénio desfilam na Cimeira de Copenhaga


A Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 15), que terá lugar este ano em Copenhaga, na Dinamarca, entre 7 e 18 de Dezembro, conta com veículos movidos a hidrogénio. A partir de 30 de Novembro, os líderes mundiais de fabrico automóvel vão expor uma série de veículos que utilizam células de combustível a hidrogénio dos líderes, bem como estações de abastecimento nas cidades de Copenhaga e Malmo.

Durante o evento está previsto a realização de um percurso entre as duas cidades: começando em Malmo, passando por uma ponte que disponibiliza uma estação de abastecimento e terminando na capital dinamarquesa, frente ao parlamento nacional.

Neste local previsto, então, uma apresentação por parte dos principais fabricantes mundiais sobre os mais recentes avanços realizados pela indústria no campo das células de combustível e do hidrogénio e os respectivos projectos para os próximos anos. Para já, estão confirmadas as participações da Honda, Fiat e Daimler. Os veículos estarão disponíveis para testes de condução durante a COP 15.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fundação de Aragão desenvolve carro telecomandado com pilhas de combustível da SRE


A Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón desenvolveu um carro telecomandado que utiliza pilhas de combustível fornecidas pela portuguesa SRE – Soluções Racionais de Energia. Este projecto foi possível no âmbito de um protocolo de cooperação estabelecido entre as duas entidades.



Criada em 2004 pelo Governo de Aragão, a Fundación é uma entidade privada sem fins lucrativos, cujo propósito passa por promover o hidrogénio como um vector energético. A entidade conta hoje com 62 parceiros e apoiantes, destacando-se como das entidades espanholas mais activas em matéria de promoção das actividades de produção, armazenamento e transporte de hidrogénio através da investigação, desenvolvimento tecnológico e aplicação industrial.



A SRE é a única empresa portuguesa fornecedora de pilhas de combustível a hidrogénio, estando a participar em vários projectos nacionais e internacionais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Suzuki lança scooter movida a hidrogénio


A Suzuki apresentou na Tokyo Motor Show um protótipo de uma moto scooter eléctrica movida a hidrogénio. A invenção utiliza a plataforma de um Suzuki Burgman normal e uma célula de combustível do tipo PEFC (polymer electrolyte fuel cell), desenvolvida pela britânica Intelligent Energy Co., uma das líderes mundiais em energia limpa.






A célula de combustível é alimentada por um tanque de hidrogénio de 10 litros e é refrigerada a ar. A moto possui ainda uma bateria auxiliar de 500Wh de lítio, que ajuda na aceleração e acumula o excesso de electricidade pelo sistema regenerador de energia.






Com o tanque cheio, a nova moto pode andar aproximadamente 350 quilómetros, a uma velocidade de 30Km/h. A empresa diz que o desempenho da nova moto é semelhante ao de uma scooter normal de 125cc movida a gasolina, só que mais silenciosa e sem emissão de gases poluentes, uma vez que a queima de hidrogénio produz apenas água pura. A Suzuki não revelou se produzirá a moto em escala comercial, mas o assunto estará a ser estudado.






«A scooter Burgman emissão zero é o mais recente produto do bom relacionamento comercial entre a Suzuki e a Intelligent Energy», comentou Henri Winand, CEO da Intelligent Energy, no lançamento deste equipamento. «Naturalmente, esta moto movida a células de combustível não é feita simplesmente para feiras de veículos e poderá estar disponível para todos num futuro próximo. Com um mercado de cerca de 40 milhões de unidades por ano, há muito para ir atrás», afiançou.

domingo, 8 de novembro de 2009

ISQ e o IST participam em projecto europeu para impulsionar a Economia do Hidrogénio

O Instituto de Soldadura e Qualidade e o Instituto Superior Técnico participam no Projecto HYRREG – Plataforma Geradora de Projectos de Cooperação para o impulso da Economia do Hidrogénio no Sudoeste Europeu (SUDOE), que está a ser coordenado pela Fundación para el Desarrollo de las nuevas Tecnologias del Hidrógeno en Aragón.

O projecto pretende desenvolver um roteiro para implantar a Economia do Hidrogénio na zona SUDOE e criar uma plataforma geradora de projectos de cooperação entre empresas, universidades e centros tecnológicos, com o objectivo de promover o desenvolvimento industrial na área do Hidrogénio e das Pilhas de Combustível. O espaço Sudoeste europeu (SUDOE) é constituído por 30 regiões e cidades autónomas (18 regiões em Espanha, 6 em França e 5 em Portugal), estende-se por uma superfície de 770.120 km2 e a sua população atinge os 61,3 milhões de habitantes. Estes valores correspondem a 18,2 por cento da superfície e a 12,4 por cento da população total da União Europeia (27 países), respectivamente.

A iniciativa terá uma duração de dois anos e meio e conta com o apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 75 por cento do orçamento total, que ascende a 1,3 milhões de euros. O consórcio é formado por parceiros de Espanha (La Fundación para el Desarrollo de las nuevas Tecnologias del Hidrógeno en Aragón, Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial INTA, Fundación Instituto Andaluz de Tecnología, Junta de Castilla la Mancha e Universidade Rey Juan Carlos), de Portugal (IST e ISQ) e de França (Escoles dês Mines d’Albi Carmaux e Association PHyRENEES).


O HYRREG é apoiado pelo Programa de Cooperação Territorial Espaço Sudoeste Europeu 2007-2013, que apoia o desenvolvimento regional através do financiamento de projectos transnacionais por meio do FEDER. O Programa de Cooperação Territorial Interreg IV B Sudoe, sucessor do Interreg III B Sudoe, procura contribuir para que o Sudoeste Europeu alcance as estratégias da União Europeia em matéria de crescimento, emprego, e desenvolvimento sustentável através da cooperação entre regiões espanholas, francesas, portuguesas e britânicas (Gibraltar).


A principal abordagem assenta na produção de hidrogénio a partir de recursos autóctones, de forma económica e ambientalmente aceitável, e na possibilidade de as tecnologias de utilização final do hidrogénio alcançarem uma quota significativa de mercado. Sob a égide desta iniciativa, serão organizadas diferentes actividades, entre as quais se destaca a realização de oficinas de trabalho (workshops) com as entidades regionais e nacionais relacionadas com o hidrogénio como futuro vector energético (industrias de gás, empresas de serviços energéticos, PME, centros de investigação e tecnológicos, outras áreas de engenharia, instituições publicas, entre outras).

Existem ainda outros objectivos de carácter horizontal como a formação de técnicos especializados nesta área; aumento do nível tecnológico das acções realizadas por empresas e centros de investigação; conseguir maior colaboração entre os organismos de transferência de tecnologia; implantar práticas de vigilância tecnológica; e sensibilização da sociedade para que conheça as vantagens da utilização destas tecnologias.