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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Avião europeu faz testes de voo com célula de combustível


Um avião movido a células de combustível de hidrogénio, desenvolvido pelo projecto ENFICA-FC, completou uma série de voos de teste no aeroporto de Reggio Emilia, em Itália, estabelecendo novos recordes de velocidade e resistência para aviões eléctricos da classe C.

A União Europeia está a apoiar o desenvolvimento de aviões "mais eléctricos" e "totalmente eléctricos". As principais vantagens das tecnologias eléctricas na aviação incluem baixas emissões e baixo ruído, particularmente importante para os aviões de transporte regional que descolam e aterram em áreas urbanas.


O objectivo do projecto ENFICA-FC, que inclui dez parceiros de toda a UE, era fazer uma demonstração de voo tripulado num avião eléctrico, utilizando células de combustível como fonte de energia principal. Ao longo de três anos foi projectado, desenvolvido e instalado um sistema de alimentação de combustível baseado em células de combustível num avião ultra-light, construído na República Checa.


O avião Rapid 200 FC completou o voo inaugural a 20 de Maio, utilizando um sistema totalmente híbrido de energia eléctrica, compreendendo uma célula de combustível PEM de 20kW e 20 kW bateria Li-Po. O piloto de testes Marco Locatelli realizou uma primeira descolagem mecânica, seguido de um voo de teste de 11 minutos.


O nível de voo atingido foi de 700 metros e 130 km / h. Mais testes oram realizados nos dias 26 e 27 de Maio, tendo sido estabelecido um novo recorde mundial de velocidade de 135 km / h para aviões eléctricos da classe C (quatro corridas consecutivas ao longo de um curso de 3 km, como por FAI Sporting Code).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

AP2H2 estabelece acordo de cooperação com DGAE


A Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio - AP2H2 estabeleceu um acordo de colaboração com a Direcção-Geral das Actividades Económicas - DGAE. O acordo prevê a «troca de informação de interesse mútuo», bem como a realização de «acções de informação ou eventos conjuntos».


O objectivo deste acordo é a consulta recíproca sobre o desenvolvimento das acções realizadas no quadro das respectivas intervenções e participação de âmbito nacional e internacional.


Celebrado a 1 de Julho entre José Campos Rodrigues, presidente da AP2H2, e Mário Lobo, director da DGAE, o protocolo é válido por um ano.



terça-feira, 13 de julho de 2010

AP2H2 aponta limitações da Estratégia Nacional para a Energia - ENE 2020


1. Enquadramento geral
O documento da Estratégia Nacional para a Energia 2020 é um documento que se considera marcar uma nova fase da política energética nacional, determinada pela:
· Imperiosidade da sustentabilidade ambiental
· Redução da dependência dos combustíveis fósseis
· Maximização do aproveitamento dos recursos endógenos
· Redução dos impactes dos custos da energia nas balanças comercial e de pagamentos
O documento pretende ainda fazer a ponte entre a política energética e a política económica, atribuindo ao sector de energia a potencialidade de se constituir como um novo cluster de especialização competitiva da economia nacional no mercado global.
São objectivos meritórios que têm a total concordância da AP2H2, no sentido de se criar um novo paradigma energético sustentável fortemente apoiado nas energias renováveis.
Este modelo, tal como apresentado tem, no entanto, dois condicionantes que podem limitar, ou mesmo comprometer, o seu sucesso:
A intermitência e a aleatoriedade das FER que impedem a valorização maximizada do seu potencial por imperativos de gestão de rede;
As FER não respondem de forma adequada e sustentável às necessidades do sector de transportes, principal responsável pelas emissões de gases de efeito de estufa, e que continua altamente dependente de hidrocarbonetos.
A primeira condicionante obriga a soluções de armazenagem de energia que compatibilize os diagramas da oferta com os da procura de energia. A bombagem é um contributo mas como se pode concluir do documento em análise claramente insuficiente para os objectivos actuais de FER, nomeadamente de energia eólica. A segunda condicionante põe o desafio dos combustíveis renováveis. Os biocombustíveis e as baterias são contributos importantes, mas insuficientes para uma resposta adequada às necessidades do sector.
O Hidrogénio renovável (isto é obtido a partir de fontes renováveis) é a chave que vai permitir consolidar e dar estabilidade ao modelo, armazenando energia, ajustando os diagramas da oferta e da procura e constituindo o combustível alternativo para a mobilidade sustentável.
2. O Hidrogénio como Vector Energético
Não sendo uma fonte primária de energia o Hidrogénio renovável obtém-se por electrólise da água, assegurando o armazenamento da energia excedentária na rede. Essa energia assim armazenada pode depois ser reconvertida em energia eléctrica e reintroduzida na rede em momentos de escassez de oferta ou na alimentação de veículos eléctricos.
Este contributo do Hidrogénio na viabilização do novo modelo energético é hoje consensual nas políticas energéticas e económicas de todos os principais players do mercado global:
É um regulador da intermitência e da aleatoriedade das FER
É um combustível susceptível de utilização nos transportes, viabilizando planos ambiciosos de contribuição das FER sem as limitações dos biocombustíveis ou do automóvel eléctrico a baterias.
A AP2H2 manifesta a sua satisfação pelo facto da ENE2020 reconhecer esta contribuição estratégica das tecnologias do Hidrogénio para o novo paradigma energético, que molda a estratégia apresentada. Mas, face ao actual estado da arte e à competitividade já demonstrada por estas tecnologias consideramos que o plano poderia ser mais ambicioso e contemplar já a contribuição destas tecnologias no sector de transportes no horizonte temporal apresentado de 2020.
É este o caminho para que julgamos apontar os Road Map em elaboração em outros países da UE, e será interessante constatar em que medida as respectivas estratégias para 2020 prevêem a contribuição do Hidrogénio renovável.
A ENE2020 será, esperamos um exercício em permanente actualização, face à evolução e actualização dos dados. Esperamos que novas actualizações da estratégia possam já contemplar como julgamos viável e desejável esta contribuição do Hidrogénio, em sintonia com a abordagem de outros Países da União Europeia.
3. Definir o Caminho
Para que o plano se realize há que preparar os instrumentos que nos permitam cumpri-lo e planear as fases seguintes (2020 a 2050). O vector Hidrogénio, estamos seguros, será uma componente relevante do cabaz energético em implementação.
O valor acrescentado nacional nesse mercado emergente depende das decisões que hoje forem tomadas. Para que esse valor acrescentado seja relevante, enquanto parte do cluster de energia em construção, será fundamental:
O estabelecimento de um plano de IDT nestas tecnologias, com clara identificação dos nichos de especialização em que pretendemos ganhar competitividade;
O apoio a iniciativas de demonstração que permitam avaliar a fiabilidade e a competitividade destas tecnologias nos seus vários campos de aplicação
Falamos de uma estratégia que se corporize numa iniciativa mobilizadora das capacidades e de criação de novas competências pois ainda está aberta a janela de oportunidade criada por este novo vector energético.
A AP2H2 declara a sua disponibilidade para colaborar com todas as entidades responsáveis e interessadas na construção desse caminho, que consideramos ser imperativo na defesa dos interesses nacionais.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Agência de energia Oeste Sustentável tem nova direcção


Maria Susana Carvalho é a directora da Oeste Sustentável, empresa da Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste. A responsável irá trabalhar na implementação de projectos de soluções inovadoras para a promoção da gestão sustentável dos recursos naturais da região.


A ideia é transformar a região Oeste num pólo de energias alternativas, para torná-la auto-suficiente. A primeira iniciativa passa por colocar 1500 relógios astronómicos em equipamentos de iluminação pública, permitindo o controlo automático da ligação e corte da iluminação pública em função do pôr e nascer do sol, respectivamente. “Vão permitir reduzir entre 30 a 35% a factura eléctrica da iluminação pública já em 2011”, indicou.


Outro dos programas prevê a elaboração de um diagnóstico energético da região para saber onde se poderá reduzir a emissão dos gases com de efeito estufa, numa fórmula adaptada a cada um dos Municípios, porque “cada um tem a sua realidade, recursos naturais e potencialidades diferentes”.


Maria Susana Carvalho quer igualmente realizar um estudo energético das instalações municipais, para que todos os edifícios públicos possam funcionar mais eficientemente. “Por exemplo, após uma vistoria de um técnico a uma piscina Municipal, pode-se saber no final o que fazer para reduzir o consumo em 40% na factura energética”, explicou a responsável.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Primeiro posto de abastecimento de carros eléctricos é inaugurado em Lisboa




Um ano depois do lançamento do programa de mobilidade do carro eléctrico, o primeiro ponto de carregamento da rede piloto foi inaugurado no Parque das Nações, em Lisboa. Portugal tem em marcha a «rede mais moderna, inteligente e integrada em todo o mundo» para abastecimento de automóveis eléctricos, afirmou o Primeiro-Ministro na inauguração. «A entidade gestora vai permitir que qualquer cartão de abastecimento seja aceite em toda a rede. Qualquer cliente de qualquer fornecedor pode abastecer com o cartão Mobi. E em que qualquer posto», afirmou José Sócrates.




«Por detrás deste primeiro ponto, está todo um sistema, uma plataforma integradora que permite que à medida que se acrescentam pontos eles formem uma rede. Este sistema integrado, com inteligência, permite fazer a diferença e tornar esse sistema muito atractivo até no exterior do País», frisou o responsável do Gabinete para a Mobilidade Eléctrica em Portugal, João Dias.




A inspiração para o projecto piloto veio da rede multibanco. «O conceito aqui foi o mesmo: fazer com que um utilizador, com um único cartão, tivesse acesso a todas as estruturas, todos os pontos de carregamento da rede Mobi.E», explica João Dias. Assim, os utilizadores vão ter possibilidade de escolher um cartão associado a uma das empresas que «comercializa» a mobilidade eléctrica e poder carregar o seu carro em qualquer ponto do País, independentemente de quem lhe está a facturar a electricidade.



Os custos de carregamento dos carros eléctricos deverão ficar entre 1,5 euros e 4,5 euros por cada 100 quilómetros, sendo que o valor mais baixo diz respeito a um automóvel abastecido durante a noite, na casa do proprietário, num regime de tarifa bi-horária. Já o preço mais elevado deverá corresponder a um posto de carregamento rápido, que reduz o tempo para o automóvel ficar com a bateria pronta a utilizar.




O Coordenador do Gabinete para a Mobilidade Eléctrica em Portugal estima que, em 2020, com uma penetração de 10 por cento de carros eléctricos, «o negócio da venda de electricidade para os veículos, o fee [taxa] de carregamento dos pontos, o sistema de gestão e a produção e fabrico dos carregadores represente um volume anual estimado de 800 a 810 milhões de euros».



domingo, 4 de julho de 2010

QREN apoia eficiência energética de PME


Encontra-se aberto até 31 de Agosto, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o concurso para apoiar as Pequenas e Médias Empresas (PME) a concretizarem objectivos de eficiência energética.


Esta nova iniciativa, integrada no âmbito do "Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME - Diversificação e Eficiência Energética", enquadra-se na Estratégia Nacional para a Energia 2020 que, sob a denominação Novas Energias e a marca Re.New.Able, prevê um conjunto de eixos estratégicos nos quais se inclui a eficiência energética.


Podem ser apoiados projectos que incluam investimentos na instalação de sistemas solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias ou climatização, bem como investimentos relacionados com a envolvente passiva, como sejam a instalação de isolamentos térmicos ou a correcção de factores solares em vãos envidraçados.


Para concorrer ao apoio financeiro, as empresas devem comprovar o seu estatuto de PME, efectuar uma auditoria para levantamento de necessidades energéticas e apresentar um plano de implementação detalhado e uma certificação final aos edifícios objecto das medidas de melhoria, que ateste o nível de eficiência atingido com o investimento.


Com um limite de despesa elegível entre 10 mil e 500 mil euros, os projectos candidatos devem ter em vista a promoção da competitividade da empresa, através do aumento da produtividade, da flexibilidade e da capacidade de resposta e presença activa no mercado global, por via da utilização do factor de competitividade – eficiência energética.


Mais informações podem ser consultadas aqui.