O Brasil desenvolveu o primeiro autocarro movido a hidrogénio, com tecnologia totalmente brasileira. O veículo, criado pelo Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), será uma das opções de transporte na capital fluminense durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O projecto teve como parceria a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Anteriormente já tinha sido desenvolvido um autocarro deste tipo, mas com tecnologia mista (brasileira e alemã).
O que diferencia este veículo de outros siimilares que já circulam na Europa, por exemplo, é que as pilhas de combustível podem ser abastecidas tanto com hidrogênio, como por meio da rede eléxtrica comum. Além disso, o autocarro é equipado com um sistema capaz de transformar a energia libertada durante as travagens em electricidade.
O sistema de recuperação de energia cinética é o mesmo utilizado nos carros da Fórmula1. A diferença é que, nessa modalidade, serve para aumentar a velocidade, enquanto, no autocarro, é utilizado para ampliar a eficiência energética e economizar combustível. O hidrogênio que abastece o autocarro fica armazenado em dois cilindros com um tubo interno de alumínio, revestido por um polímero de alta densidade e amarrado com fibras de carbono. O veículo carrega 15kg de hidrogénio nos dois cilindros, o que lhe dá uma autonomia de 300km.