Célula de combustível alimenta equipamentos móveis

Foi apresentado durante o Mobile World Congress, realizado em Barcelona na semana passada, um sistema de alimentação a hidrogénio para notebooks e outros equipamentos móveis. O sistema é composto de uma célula de combustível alimentada a hidrogénio, fornecida pela Powertrekk.

Ao gerar a energia necessária para alimentar o equipamento, a célula produz apenas vapor de água como subproduto. Os cartuchos de hidrogénio estão a ser colocados no mercado com capacidades para alimentar células a combustível de 1 watt até 3 kilowatts. Isto significa que são capazes não só de recarregar telemóveis, notebooks, GPS e outros produtos portáteis, mas também de alimentar equipamentos com consumo significativo de energia.

Uma célula a combustível com o cartucho de maior capacidade pode alimentar uma bicicleta eléctrica até 160 quilómetros, a uma velocidade de 40 km/h.

Air Liquide fornece hidrogénio a frota da Coca Cola

A Air Liquide Industrial vai fornecer o hidrogénio necessário para alimentar uma frota de 37 empilhadores no centro de distribuição e enchimento de garrafas da Coca-Cola localizado em San Leandro (Califórnia), nos Estados-Unidos. O hidrogénio será fornecido sob a forma líquida pela empresa que também será responsável pela estação de distribuição e a infra-estrutura destinadas à frota de empilhadores, com uma superfície de 23 000 m².

Os empilhadores com pilha de combustível representam um importante segmento do mercado de hidrogénio. Os veículos deste tipo não emitem praticamente qualquer gás com efeito de estufa. Para a Coca-Cola, a sua utilização vai traduzir-se numa economia de electricidade na ordem dos 1,6 milhões de quilowatts hora por ano, ao retirar a infra-estrutura com as tradicionais baterias de chumbo.

No âmbito deste contrato, a Air Liquide vai instalar a segunda estação de distribuição de hidrogénio, deste tipo na América do Norte. As competências do Grupo no campo do fornecimento e da distribuição de hidrogénio estão, neste caso, associados à solução GenDrive^® para as pilhas de combustível Plug Power. A Air Liquide já instalou uma estação de hidrogénio para uma frota de empilhadores no centro de distribuição da Walmart localizada em Alberta, no Canadá.

Em 2010, a Air Liquide contribuiu para que se realizassem mais de 40 000 abastecimentos em todo o mundo e instalou várias estações de serviço de hidrogénio na América do Norte, em particular para abastecer autocarros e outros veículos. A Air Liquide forneceu ainda o hidrogénio e a estação de serviço para alimentar uma frota de autocarros, aquando dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010.

Um mundo novo alimentado por energia limpa é possível em 2050

Toda a energia que o mundo necessita pode ser obtida de forma limpa, renovável e economicamente sustentável até 2050, segundo o novo mega estudo da WWF. Após dois anos de preparação, o Relatório Energia (The Energy Report), com enfoque global, aponta um novo caminho - a energia total necessária, incluindo transportes, pode ser toda obtida de forma segura e adequada.

«Se continuarmos a depender dos combustíveis fósseis enfrentaremos um futuro de ansiedade
relativamente aos custos da energia, segurança e impactos das alterações climáticas», diz Jim Leape, director geral da WWF. «Estamos a oferecer um cenário alternativo – muito mais promissor e inteiramente atingível», sublinha.

«O Relatório Energia» mostra que em quatro décadas podemos ter sociedades alimentadas por energia limpa, barata e renovável e com uma boa qualidade de vida. «Este relatório é mais do que um cenário, é um apelo á acção. Podemos atingir um futuro renovável e limpo, mas temos que começar agora», explica o responsável.

O relatório contém uma análise detalhada e um cenário apresentado pela Ecofys, respeitada
consultora para a energia, e uma análise da WWF. Mostra que até 2050 as necessidades de energia, transporte e energia doméstica e industrial podem ser satisfeitas com usos residuais de combustíveis fósseis e nucleares – reduzindo-se drasticamente as ansiedades sobre energia, segurança, poluição e não menos importante, alterações climáticas catastróficas.

Mais informações em http://www.wwf.pt/

Exposição sobre hidrogénio patente no Funchal *

Foi inaugurada, a 4 de Fevereiro, no Museu de Electricidade “Casa da Luz” (Funchal), a exposição “Hidrogénio: Que futuro na energia”. Esta exposição, patente até ao dia 4 de Março, tem como objectivo informar sobre a utilização do hidrogénio como alternativa e/ou como complemento às fontes de energia convencionais e provenientes de combustíveis fósseis, tendo como público-alvo a sociedade em geral, e as escolas em particular.

A divulgação desta exposição na Madeira é da responsabilidade da Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira (AREAM) e do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC) do Instituto Superior Técnico, no âmbito do projecto ENNEREG - Regiões Preparando o Caminho para uma Europa Energeticamente Sustentável, co-financiado pelo Programa “Intelligent Energy Europe” (IEE), e conta ainda com a colaboração do Museu de Electricidade.

*Fonte: Diário de Notícias da Madeira

13 projectos competem no concurso H2-Comunidades Sustentáveis

O concurso H2-Comunidades Sustentáveis suscitou um interesse ímpar junto da comunidade escolar. Ao concurso, cujo período de inscrições terminou a 14 de Janeiro, apresentaram-se 13 equipas escolares oriundas dos concelhos de Alcácer do Sal, Coimbra, Covilhã, Fundão, Loures, Lourinhã, Odemira, Porto (3), Santo Tirso, Sintra e Torres Vedras, envolvendo cerca de noventa alunos e catorze professores. As áreas de projecto escolhidas também são muito diversificadas.

O Agrupamento de Escolas Rodrigues Freitas, no Porto, apostou no abastecimento de veículos, com o projecto «Transportes sem combustíveis fósseis - Uma solução completa e integrada com H2». A Escola Secundária do Fundão pretende construir uma pilha através do projecto «Energia microbiológica». A Escola Secundária D. Afonso Henriques, de Vila de Aves (Santo Tirso), visa a construção de uma casa ecológica, com «O desenvolvimento sustentável, as energias, o futuro e o H2».

O Externato Penafirme, de Torres Vedras, quer construir um barco telecomandado a H2, mediante o trabalho designado «Hidrogénios», enquanto a Escola Secundária Quinta das Flores, de Coimbra, tem como propósito a construção de uma cidade verde, com o projecto «Quase». A Escola Secundária de Lourinhã, aposta num carro telecomandado com H2, através do projecto «eCar», tal como a Escola Secundária Castelo da Maia, que diz querer construir um protótipo. O mesmo intento tem o Colégio Nossa Senhora da Graça, em Odemira (Beja), desta feita com o projecto «Energias alternativas – O combustível do futuro».

Já a Escola Secundária José Cardoso Pires, de Santo António dos Cavaleiros (Loures) visa a construção de uma célula de combustível, com o projecto «Célula de H2 uma alternativa ao petróleo», à semelhança da Escola Secundária Padre Alberto Neto, de Queluz (Sintra), conforme o projecto «PPE- Projecto Português de Energia».

A Escola Secundária Campos Melo, da Covilhã, está voltada para a «Cidade a H2»; e a Escola Secundária Alcácer do Sal encara o H2 como alternativa aos combustíveis fósseis, através da construção de uma cidade. Finalmente, a Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto, está apostada no H2 como energia renovável obtida através de bactérias, com o projecto H.E.R.O. .

A coordenação científica de cada um dos projectos e acompanhamento das equipas escolares será assegurada por responsáveis científicos nacionais, seleccionados pela AP2H2. Da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, destaque para João Martins; do IST, Universidade Técnica de Lisboa, é de salientar Rui Neto e Toste de Azevedo; da Universidade de Aveiro, é de assinalar Filipe Figueiredo; do LNEG, aponta-se Teresa Marques e Carmen Rangel; da FEUP, Universidade do Porto, o destaque é para Nídia Caetano e Jorge Reis.