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terça-feira, 19 de junho de 2012

Alemanha estuda conversão de energia eólica em hidrogénio


A Alemanha está a investigar o potencial de converter energia eólica em hidrogénio como fonte de energia, depois do país ter optado por abandonar a energia nuclear após o desastre de Fukashima (Japão) há um ano atrás.

No ano passado, a Enertrag AG começou a operar uma das primeiras centrais híbridas da Alemanha, cuja primeira pedra de construção contou com Angela Merkel na inauguração (foto). A central produz energia eólica e converte-a em hidrogénio com a ajuda da Vattenfall, Total e Deutsche Bahndos, parceiros no projecto. A Enertrag planeia construir mais 10 MW de capacidade de conversão de hidrogénio a partir de 2015. As três turbinas da Enertrag geram até 6 MW de potência. Essa energia é então passada através da água e dividida em oxigénio e hidrogénio por meio de um electrolisador, sendo depois armazenado em cinco tanques. A tecnologia torna efectivamente o vento numa fonte de alimentação em 24 horas.

O hidrogénio pode ainda ser misturado com biogás feito a partir de resíduos de milho local e fornecer unidades de cogeração, que produzem electricidade e calor. Durante os períodos de vento fraco, a unidade de biogás pode funcionar só com biomassa.

Embora o hidrogénio possa ajudar a poupar dinheiro a longo prazo, permanecem dúvidas relativamente à rentabilidade do negócio e aos incentivos que serão necessários para ajudar a tecnologia a alcançar a maturidade no mercado. No entanto, a Enertrag está a tentar a introdução de feed-in-tarif pelo Estado ou a atribuição de subsídios estatais para a utilização do hidrogénio – uma estratégia já usada pela Alemanha para se transformar no líder mundial em energia eólica e solar.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Air Liquide investe 100 milhões em nova unidade de hidrogénio


A Air Liquide acaba de assinar um contrato a longo prazo para fornecer à Bayer MaterialScience grandes quantidades de hidrogénio e de monóxido de carbono. Para tal, a Air Liquide vai investir cerca de 100 milhões de euros numa unidade de produção de hidrogénio e de monóxido de carbono instalada no site de Chempark Dormagen, um dos maiores pólos industriais químicos da Europa, localizado perto de Colónia na Renânia do Norte – Vestefália.

Esta unidade será concebida e construida no espaço do cliente pelas equipas de Engenharia & Construção da Air Liquide, estando o seu arranque previsto para 2014.

Os gases produzidos vão servir para fabricar polímeros, necessários para a produção dos poliuretanos utilizados no fabrico de assentos de elevada resistência em espuma, de rodas elastómeras resistentes, de adesivos com elevado desempenho. A Bayer MaterialScience é dos maiores produtores mundiais de polímeros.

«Este grande investimento constitui uma nova e importante etapa na parceria que une as nossas duas empresas, desde há muitos anos, em todo o mundo», segundo Guy Salzgeber, membro do Comité Executivo do Grupo e Director da Europa do Norte e Central da Air Liquide. Esta nova unidade de produção vai permitir reforçar a presença da empresa nos sectores químicos e petroquímicos, sendo que a Alemanha é um dos principais pilares do Grupo na Europa, com cerca de 300 milhões de euros «de decisões de investimentos em novas unidades de produção industrial, ao longo deste últimos três anos».