A viabilidade económica e técnica de uma Economia do Hidrogénio para a Europa, na base de cenários que incluem opções centralizadas e descentralizadas, foi discutida na 3.ª conferência internacional do programa CESSA, que decorreu em Madrid (Espanha), entre 14 e 15 de Abril.
Neste contexto, o hidrogénio não foi considerado como apenas mais uma fonte de energia, mas, à semelhança do que sucede com a electricidade, um vector energético. Assim, foi discutido o potencial para a redução de emissões de gases com efeito de estufa do hidrogénio tendo em conta não só a eficiência, custo, impacte ambiental e recursos endógenos disponíveis, mas também os investimentos necessários em infra-estruturas para a produção e utilização de hidrogénio.
O sector de transportes, no que respeita à actual procura de combustíveis alternativos, também esteve no centro do debate. Vários programas de investigação e desenvolvimento foram abordados, incluindo uma análise dos pontos fortes e dificuldades das tecnologias disponíveis e potencial de implantação.
O facto de muitas das tecnologias estarem ainda em fase de investigação e experimentação não permitiu a elaboração de cenários prospectivos sobre o futuro da economia do hidrogénio. No entanto, a apresentação destes programas de investigação deverão contribuir para a diminuição de algumas incertezas em torno desta temática e o desenho de potenciais estratégias de desenvolvimento do hidrogénio.
O programa CESSA foi desenvolvido para estudar os mecanismos económicos de financiamento e investimento no campo da energia, os aspectos legislativos de cada um dos mercados europeus, identificar as barreiras e as perspectivas de desenvolvimento da economia do hidrogénio comparativamente com o gás e o nuclear, comparar resultados de estudos realizados nos mais variados países do mundo, e estabelecer um leque de recomendações ao nível dos países da União Europeia.
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