A Comissão Europeia lançou ainda em Setembro, a «União da Inovação» que estabelece uma abordagem estratégica em matéria de inovação. A ideia é concentrar os esforços da Europa - e a cooperação com países terceiros - em desafios como as alterações climáticas, a energia e a segurança alimentar, a saúde e o envelhecimento da população.
Assim, será utilizada a intervenção do sector público para estimular o sector privado e eliminar estrangulamentos que impedem que as ideias cheguem ao mercado. Entre estes contam-se a falta de financiamento, a fragmentação dos sistemas de investigação e dos mercados, uma subutilização dos contratos públicos em prol da inovação e a lentidão na adopção de normas. A União da inovação é uma componente emblemática da Estratégia Europa 2020.
Esta abordagem estratégica inclui a criação de «Parcerias Europeias de Inovação» entre os sectores público e privado para que projectos inovadores tenham mais rapidamente expressão no mercado. As parcerias deverão intensificar o financiamento das actividades de I&D, coordenar de forma mais eficaz o investimento e contribuir para a actualização da regulamentação e das normas em função das necessidades da economia de hoje.
No início de 2011 será lançada uma parceria-piloto sobre envelhecimento activo e saudável, tendo como objectivo alargar em dois anos, até 2020, o período das nossas vidas em que gozamos da boa saúde. Seguir-se-ão outras parcerias em domínios como a energia, mobilidade e cidades «inteligentes», eficiência hídrica, matérias-primas não energéticas e agricultura sustentável e produtiva.
Dado que a investigação e o desenvolvimento desempenham um papel importante na inovação, importa reduzir as disparidades existentes entre a Europa, os Estados Unidos e o Japão, aumentando o investimento em I&D para 3 % do PIB.
Segundo um novo estudo, a realização desse objectivo poderia criar 3,7 milhões de empregos e resultar num crescimento anual que poderia atingir 795 mil milhões de euros. Para tal, será necessário mais um milhão de investigadores.
A União da Inovação procura melhorar também o acesso ao financiamento e a trabalhadores qualificados, reduzir a burocracia e os custos do registo de novas patentes.
As medidas propostas incluem ainda indicadores que avaliam a quota de empresas inovadoras em crescimento rápido na economia e classificam as universidades. O pacote inclui ainda propostas para aumentar a circulação de investimentos de capital de risco transfronteiras.
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