sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Satcon cria primeira célula de combustível híbrida
O novo produto, designado Direct Fuel Cell-Energy Recovery Generation (DFC-ERG), é capaz de produzir electricidade ultra limpa, ao mesmo tempo que recupera a energia perdida habitualmente no sistema de pipeline de gás natural. O sistema combina uma célula de combustível DFC de 1,2 MW, da FuelCell Energy Inc, com uma turbina de expansão de gás de 1MW.
A célula de combustível está já em funcionamento no sistema de pipeline e pode produzir 2,2 MW de electricidade, o que corresponde às necessidade de aproximadamente 1700 habitações. É a primeira célula de combustível comercializada com mais de 1 MW, que está a operar em Ontario.
Alemanha demontra como um avião pode voar só com uma célula de combustível
Esta tecnologia tem como base a Celtec®, um eléctrodo de membrada da BASF, tecnologia que está integrada na aviação em células de combustível para sistema de energia auxiliares. As células de combustível PEM a alta temperatura podem operar com 120 a 180 graus centígrados, não precisa de humidade, requere apenas um sistema de arrefecimento simples, e oferece uma ampla variadade de aplicações. Também tolera a existência de impurezas do hidrogénio proveniente do gás natural.
O projecto avalia o potencial da tecnologia para possíveis utilizações futuras na aviação comercial.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Iremos continuar distraídos em Portugal?
Entre 13 e 15 de Outubro cerca de 600 Stakeholders da Fuel Cells and Hydrogen Joint Technology Initiative reuniram-se, sob o patrocínio da Comunidade. em “Assembleia Geral “ em Bruxelas, formalizando a constituição da iniciativa.
Highlights a registar:
A Comunidade Europeia assume que em 2020 o H2 já terá um contributo valioso para o basket energético. Será um novo vector energético visível nos vários mercados alvo, desde os transportes às aplicações portáteis, passando pela microgeração ou pela produção para a rede. 2020 é o ano de referência de maturidade das tecnologias, com uma infra-estrutura logística de produção e distribuição de H2 com cobertura adequada às necessidades dos vários mercados. A mensagem é de esperança pois está ao nosso alcance controlar as ameaças à sustentabilidade ambiental e os recursos energéticos estarão disponíveis para satisfazer as necessidades do crescimento e do bem estar.
Na mesma orientação foram as intervenções dos representantes dos Estados Unidos e do Japão. Considerando a contribuição da indústria pode estimar-se em cerca de 1 bilião de € o investimento anual que a Europa, os EU e o Japão estão a realizar visando o desenvolvimento das tecnologias do H2 e das Pilhas de Combustível para a mobilidade, para a cogeração, para a produção para a rede ou mais simplesmente para aplicações portáteis, de back-up ou em UPS.
No quadro da UE a Alemanha, a Dinamarca e a Grã-Bretanha deram testemunho de programas nacionais consistentes, focalizados na criação da Economia do Hidrogénio, e na valorização das oportunidades que ela representa para novas actividades de alto valor acrescentado. Outros Países/ Regiões poderiam ter apresentado planos similares.
No exemplo Dinamarquês salienta-se o objectivo anunciado de em 2020 toda a produção de energia eléctrica ser de origem renovável. Consistentemente desenvolve-se uma base industrial de suporte compreendendo a electrólise para produção de H2 e a fabricação de Pilhas de Combustível, desde PEM (baixa e alta temperatura) às pilhas SOFC.
Os vários construtores automóveis apresentam os seus modelos e soluções, multiplicando-se já nos EUA e na UE as estações de serviço em que se pode abastecer a viatura com H2. Em 2010 as primeiras pré-series começarão a circular. 2020 é a meta para o início da produção em massa. A Alemanha anuncia que num prazo breve será já possível fazer Berlim - Munique num autocarro a Pilhas de Combustível a Hidrogénio.
Por sua vez a Rolls Royce anuncia para 2010 uma pré-serie de demonstração das suas centrais SOFC de 1 MW, com um rendimento de produção de energia eléctrica superior a 60%. Seguir-se-á a comercialização, com um preço alvo de 2500,00€/kW, para um tempo de vida de cerca de 40,000 horas, o que as torna uma solução já competitiva com as actuais centrais de cogeração.
Os Países nórdicos estão organizados para criarem uma rede comum de pipelines para distribuição de H2.
O Banco Europeu de Investimentos anunciou a sua disponibilidade para financiar os projectos de infra-estrutura associados à logística de H2.
Várias regiões europeias, desenvolvem os seus programas específicos. Muitas delas estão integradas numa plataforma comum – HyRaMP- European Regions and Municipalities on Hydrogen and Fuel Cells.
O Industrial Group – New Energy World compreende actualmente 66 empresas de 16 países Europeus ou membros associados. Marcaram presença na reunião as grandes empresas mundiais com interesses na Europa, abrangendo petrolíferas (BP, Shell, Total,...), construtores automóveis (Daimler, Fiat, Toyota, Volkswagen, BMW, Volvo...), empresas de gases industriais (Air Liquide, Air Products, Linde...), produtores de electricidade, grupos industriais de vários sectores e interesses (Siemens, GDF, BASF, SOLVAY, Saint Gobain, Ajusa, Boeing, Rolls Royce…).
E Portugal? É a altura de abrir o dossier do H2, reflectir sobre os desafios e oportunidades que pode representar e tomar-se a decisão de o colocar definitivamente nas várias Agendas. Ou iremos manter-nos expectantes, permitindo que cépticos e críticos continuem a manter num registo académico a reflexão sobre o H2 como vector energético?
O tema é importante. Tornar-se-á no curto prazo urgente. O Hidrogénio não é, nem pretende ser a única opção. Até pode vir a demonstrar-se não ter sido a melhor opção. Mas desta reunião pode concluir-se que será incontornável enquanto um dos principais vectores energéticos das próximas décadas. As decisões já estão tomadas, independentemente dos nossos juízos.
Iremos continuar distraídos, orgulhosamente sós nas nossas certezas, na prática esperando pelas soluções que outros entretanto estão a desenvolver, e perdendo as oportunidades que esta revolução energética está a criar?
José Campos Rodrigues, presidente da AP2H2, o único português presente no evento, além da representante nacional
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Air Liquide lança programa de investigação em hidrogénio e células de combustível
Para mais informações consulte www.planete-hydrogene.com .
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Bruxelas lança projecto de 1000 milhões de euros para hidrogénio e células de combustível
A Comissão Europeia, a indústria europeia e a comunidade europeia de investigadores, que constituem a parceria público-privada do grupo de trabalho Joint Technology Initiative (JTI), deverão investir cerca de 1000 milhões de euros, nos próximos seis anos, na investigação de células de combustível e hidrogénio, bem como no desenvolvimento e demonstração desta tecnologia. O objectivo é criar massa crítica relativamente a estas novas tecnologias, antes de 2020.
O Comissário Europeu da Ciência e Investigação, Janez Potocnik, referiu que «ao investir nestes projectos científicos estamos a colocar o dedo na ferida, pois o desenvolvimento de novas tecnologias é crucial para alcançar os objectivos europeus concernantes às alterações climáticas e aos desafios energéticos».
Mais de 60 empresas privadas, desde multinacionais a Pequenas e Médias Empresas, um número idêntico de universidades e institutos de investigação foram reunidos neste grupo de trabalho. O JTI conseguiu, assim, juntar os mais importantes players no sentido de colocar a Europa na linha da frente das novas formas de energia.
«Espero que isto tenha um efeito de bola de neve em outras áreas de investigação estratégica», avançou Gijs van Breda Vriesman, Chairman do Conselho de Administração do Joint Undertaking. «A iniciativa do grupo de trabalho relativo à tecnologia do hidrogénio e das células de combustível é o melhor veículo para acelerar o desenvolvimento tecnológico e levar à comercialização do hidrogénio e das células de combustível», acrescentou.
Incentivos e benefícios fiscais passam ao lado do hidrogénio em Portugal
Assim, apenas o Decreto-Lei 363/2007 se refere ao hidrogénio e, mesmo assim, penalizando a energia que não seja obtida através das ER. Se, por exemplo, se utilizar o gás natural para produzir hidrogénio, perde-se o direito ao benefício do tarifário de referência. Isto apesar de o gás natural, embora combustível fóssil, ser amplamente beneficiado em sede fiscal, por ser considerado ambientalmente limpo.
Para avançar com a promoção do hidrogénio a este nível, poder-se-ia começar por dar plena execução à Directiva 2003/30/CEE – o que parece não suscitar dificuldades legislativas, uma vez que se trata apenas de dar cumprimento integral ao imperativo comunitário contido naquela Directiva –, não se ficando apenas, como aconteceu com o Decreto-Lei 62/2006, pelo seu cumprimento parcial e circunscrito, como se referiu, aos biocombustíveis.
Por outro lado, mas ainda no âmbito dos transportes podia ser aplicado aos veículos movidos a hidrogénio a taxa reduzida de que beneficiam os veículos a GPL ou a gás natural. Também devia ser estendido aos veículos dotados de pilhas de combustível a hidrogénio obtido a partir de fontes de ER a isenção de que gozam os veículos movidos a energias renováveis não combustíveis. O autor refere ainda que qualquer das medidas propostas nas alíneas anteriores respeita o espírito que subjaz à concessão das isenções. Nem a Directiva-Estrutura 92/81/CEE, que expressamente admitia isenções, desde que motivadas por “considerações políticas específicas”, nem a Directiva 2003/30/CE, que de alguma forma substituiu aquela, obstam à introdução de tais isenções ou de outras.
As recomendações pretendem apenas reconher «a importância estratégica do hidrogénio e actuar em conformidade com a atenção que esta energia merece», remata o documento.
O estudo pode ser consultado na íntegra no sítio da AP2H2 (http://www.ap2h2.pt/).
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Toshiba disponibiliza células de combustível móveis a partir de Março de 2009
O protótipo tem como base o microtelefone W55T, e utiliza uma célula de combustível a metanol, que é carregada através de um cartucho. Uma segunda bateria pode ser ainda utilizada para carregar a célula de combustível. Quando o cartucho está cheio com o fuel, a bateria fica com o dobro da autonomia, segundo a Toshiba. O cartucho pode armazenar 50ml de metanol (99,5 por cento), o que é suficiente para carregar o telemóvel cerca de 10 vezes.
O preço do cartucho ainda não está fixado. A empresa pretende incorporar esta tecnologia em câmaras digitais, computadores portáteis, entre outros. A ideia é utilizar apenas um tipo de cartucho que poderá carregar uma série de equipamentos que incorporem uma célula de combustível.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Célula de combustível fornece energia a habitações japonesas
Quase todas as casas, no Japão, são abastecidas com gás natural, que é usado para cozinhar e no aquecimento sendo, por isso, relativamente fácil adaptar a tecnologia de células de combustível, condição que nem sempre se verifica noutros países. A Panasonic é uma das empresas que está a trabalhar nesta área no Japão, tal como a Toyota Motor e a Toshiba.
O governo japonês está apostar nesta nova vertente das células de combustível a hidrogénio, tendo já destinado 309 milhões de dólares por ano para o desenvolvimento da tecnologia. A ideia é que, em 2020, cerca de um quarto das habitações japonesas (10 milhões) sejam abastecidas através de células de combustível.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Hidrogénio e células de combustível podem criar 675 mil novos empregos só nos EUA
A comercialização deverá criar empregos ao nível da manufacturação, montagem, produção de fuel, reparação, reciclagem, construção, entre outros. «Este documento confirma o potencial económico das células de combustíveis no nosso país», segundo Robert Rose, Director Executivo da respectiva associação industrial. «Também vem confirmar que quando mais rápido se der esta transição, mais rápido se criarão os novos empregos», salientou o responsável da US Fuel Cell Council.
O estudo Effects of a Transition to a Hydrogen Economy on Employment in the United States, foi pedido pelo Congresso em 2005 e levado a cabo pelo RCF Economic and Financial Consulting. Para consultar o documento aceda a www.usfcc.com.