Descobrir novas rotas de produção de hidrogénio, tendo como matérias-primas apenas a água e a luz solar, é a meta que tem sido perseguida nos últimos anos pelo professor Stenbjörn Styring e sua equipe na Universidade de Uppsala, na Suécia. No workshop BIOEN/PPP Ethanol on Sugarcane Photosynthesis, que teve lugar em Fevereiro, na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo, Brasil, Styring mostrou parte dos seus estudos sobre o que chamou de “química do manganês e do ruténio” para a geração de energia, por meio da transferência de electrões da molécula de água.
Os trabalhos, realizados por meio do Consórcio Sueco para a Fotossíntese Artificial (Swedish Consortium for Artificial Photosynthesis, da sigla em inglês), que reúne dezenas de grupos de pesquisa e mais de 200 cientistas, demonstraram ser possível obter energia por meio de fotossíntese artificial. Há já, pelo menos, quatro relatos na literatura científica que descrevem esta tecnologia. «A fotossíntese que estudamos não utiliza organismos vivos, mas apenas água, luz do sol e um catalisador», disse Styring no evento realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
«Estes novos conceitos químicos são completamente diferentes e visionários, uma vez que conseguimos provar ser possível que, a partir da energia do sol, a água produza combustíveis como o hidrogénio.» Durante a palestra From natural to artificial photosynthesis: hydrogen from solar energy and water, Styring apresentou diferentes compostos e sistemas químicos que utilizam elementos como ferro, cálcio, manganês e ruténio para a geração de hidrogénio por meio da fotossíntese artificial.
Segundo o investigador, a fotossíntese artificial não é uma mera imitação da natural. «O objectivo é utilizar os mesmos princípios-chave e não apenas copiar as enzimas naturais para a geração de hidrogênio a partir da luz do sol. Utilizamos apenas as mesmas ideias da natureza», explicou.
«Estes princípios-chave, que são muito difíceis de serem replicados, resumem-se a retirar os electrões da água após a absorção da luz solar. Em vez da clorofila, utilizamos, por exemplo, complexos de ruténio. Ligamos as moléculas de ruténio, que absorvem a luz, com os sistemas de manganês que conseguem tirar os electrões da água», disse.
Para Styring, a produção de hidrogénio em grande escala pela fotossíntese artificial ainda está distante de ocorrer, apesar de este tipo de tecnologia ter grande potencial no âmbito dos sistemas energéticos futuros. «Especialistas em todo o mundo estudam diversos métodos, directos e indirectos, para obter combustíveis renováveis a partir da luz solar. Mas, actualmente, um dos nossos maiores desafios não é transferir um electrão da água por vez, porque sabemos como fazer isso, e sim fazer com que os electrões retirados da água possam servir como uma matéria-prima infinita para a geração de combustíveis renováveis», avançou ainda.
Os trabalhos, realizados por meio do Consórcio Sueco para a Fotossíntese Artificial (Swedish Consortium for Artificial Photosynthesis, da sigla em inglês), que reúne dezenas de grupos de pesquisa e mais de 200 cientistas, demonstraram ser possível obter energia por meio de fotossíntese artificial. Há já, pelo menos, quatro relatos na literatura científica que descrevem esta tecnologia. «A fotossíntese que estudamos não utiliza organismos vivos, mas apenas água, luz do sol e um catalisador», disse Styring no evento realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
«Estes novos conceitos químicos são completamente diferentes e visionários, uma vez que conseguimos provar ser possível que, a partir da energia do sol, a água produza combustíveis como o hidrogénio.» Durante a palestra From natural to artificial photosynthesis: hydrogen from solar energy and water, Styring apresentou diferentes compostos e sistemas químicos que utilizam elementos como ferro, cálcio, manganês e ruténio para a geração de hidrogénio por meio da fotossíntese artificial.
Segundo o investigador, a fotossíntese artificial não é uma mera imitação da natural. «O objectivo é utilizar os mesmos princípios-chave e não apenas copiar as enzimas naturais para a geração de hidrogênio a partir da luz do sol. Utilizamos apenas as mesmas ideias da natureza», explicou.
«Estes princípios-chave, que são muito difíceis de serem replicados, resumem-se a retirar os electrões da água após a absorção da luz solar. Em vez da clorofila, utilizamos, por exemplo, complexos de ruténio. Ligamos as moléculas de ruténio, que absorvem a luz, com os sistemas de manganês que conseguem tirar os electrões da água», disse.
Para Styring, a produção de hidrogénio em grande escala pela fotossíntese artificial ainda está distante de ocorrer, apesar de este tipo de tecnologia ter grande potencial no âmbito dos sistemas energéticos futuros. «Especialistas em todo o mundo estudam diversos métodos, directos e indirectos, para obter combustíveis renováveis a partir da luz solar. Mas, actualmente, um dos nossos maiores desafios não é transferir um electrão da água por vez, porque sabemos como fazer isso, e sim fazer com que os electrões retirados da água possam servir como uma matéria-prima infinita para a geração de combustíveis renováveis», avançou ainda.
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