O papel do hidrogénio no Pólo, depois da SRE – Soluções Racionais de Energia ter sido convidada para integrar o pólo, foi o tema de debate do primeiro Business Lunch da AP2H2, que decorreu ontem no Campus do INETI, em Lisboa.
O evento, que reuniu 25 participantes, contou com a presença de Jorge Cruz Morais, administrador da EDP, como representante do pólo, que anunciou que Custódio Miguens, antigo vice-presidente da Energias do Brasil, deverá em breve assumir a direcção do pólo.
O Pólo de Competitividade e Tecnologia em Energia foi recentemente constituído pelas empresas EDP, Galp, Efacec, Martifer e MIT Portugal. «A nossa ideia foi criar um cluster de empresas que facilitasse o financiamento de projectos na área da inovação energética. Queremos ser um meio para esses projectos chegarem ao QREN», explicou o representante do pólo. Assim, o pólo definiu quatro áreas prioritárias de intervenção: a energia offshore - eólica e ondas; a energia solar; a eficiência energética e a mobilidade sustentável (veículos eléctricos e outros).
Além das empresas promotoras cerca de 40 a 50 empresas terão sido convidadas para integrar o pólo e consequentemente apresentar projectos nestas áreas. Ainda assim, o pólo está aberto a projectos de outras empresas e de outras áreas na energia. Jorge Morais da Cruz disse que o hidrogénio deverá ser integrado no capítulo da mobilidade sustentável, no entanto, José Campos Rodrigues, presidente da AP2H2 lembrou que outras utilizações do hidrogénio, nomeadamente como o armazenamento de energia, permite integrá-lo, por exemplo, na eficiência energética. Morais da Cruz lembrou que a actual linha de actuação do pólo não invalida a apresentação de projectos dissonantes destas linhas de actuação. «Acima de tudo o que importa é a qualidade dos projectos. Estamos abertos a quaisquer propostas, que serão devidamente analisadas pela futura direcção», garantiu.
Rui Sá, do INEGI, manifestou-se contra o facto das instituições de investigação terem ficado fora deste pólo. Mas, Morais da Cruz assegurou que estas serão integradas no Conselho Científico, que está a ser constituído, enquanto várias associações sectoriais, nomeadamente a AP2H2, serão convidadas a integrar o Conselho Consultivo. «Muitas vezes as empresas são acusadas de falta de liderança, mas nós demostramos exactamente o contrário. Estamos a liderar este processo, mas não nos substituímos às entidades de investigação», rematou Morais da Cruz.
Outra das questões levantadas durante o evento foi a constituição do Consórcio Nacional para a Inovação de Desenvolvimento, que está a ser liderado pelo LNEG. Campos Rodrigues lembrou que «era importante que estas duas entidades se entendessem quando a objectivos a atingir, isto para que se juntassem esforços e sinergias. O contrário pode ser bastante negativo para a investigação energética do País».
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