HidrogenIST: VEJA O VÍDEO AQUI!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Honda revela desportivo a hidrogénio

A Honda apresentou um desportivo a hidrogénio no Salão Automóvel de Los Angeles, em Novembro. Com o nome de FC Sport Design, este desportivo a hidrogénio é a prova de que é possível produzir carros desportivos amigos do ambiente.

Como forma de demonstrar a flexibilidade da alternativa pilha de combustível, os engenheiros da Honda colocaram o depósito de hidrogénio atrás do banco traseiro, deixando espaço para a colocação de um motor eléctrico, sem prejudicar o desempenho dinâmico necessário para um verdadeiro desportivo.

A marca Japonesa não adiantou mais detalhes do Honda FC Sport Design, mas este poderá ser o princípio de um concorrente para os modelos Tesla Roadster ou Lightning GT.

SGC Energia investe 10 milhões no hidrogénio *

A SGC Energia está, neste momento, a desenvolver um projecto de investigação e desenvolvimento na área do hidrogénio, num investimento de 10 milhões de euros, apenas para a sua primeira fase. A SGC Energia é uma empresa orientada para a produção de biocombustíveis limpos ou livres de emissões, sendo detida a 95 por cento pelo Grupo SGC.

De acordo com Vianney Valés, presidente do conselho de administração da SGC Energia, este é «um dos maiores projectos de investigação sobre o hidrogénio na Europa». O hidrogénio será produzido através de fontes renováveis como o vento, e poderá ser aplicado em várias situações, tais como processos industriais ou produção eléctrica através de ciclos combinados. «É igualmente considerado um dos vectores principais para o futuro da mobilidade», diz o responsável.

Neste momento o projecto está em fase de investigação, pelo que o objectivo da empresa, a curto prazo, é provar a competitividade das suas soluções. Para o efeito, a SGC Energia tem já uma empresa criada, desde Março de 2007, localizada na região Autónoma dos Açores. Com a designação CID - Centro de Inovação e Desenvolvimento, este é um centro especializado na investigação e desenvolvimento de hidrogénio.

Mário Alves, investigador do Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia (LAMTec) da Universidade dos Açores, iniciou a investigação em hidrogénio nos Açores em 2001. Agora assume o cargo de director de inovação e desenvolvimento da empresa, tendo passado o projecto do laboratório para a alçada da empresa. O investigador estima que os Açores tenham um potencial de produção de hidrogénio de 100 toneladas por dia, principalmente através da energia eólica, o que poderia contribuir para a auto-suficiência do arquipélago entre 10 a 15 anos. De acordo com Mário Alves, a produção experimental de hidrogénio no LAMTec iria começar dentro de um a dois anos.

* Notícia publicada na edição de Dezembro do jornal Água&Ambiente

Thorsteinn I. Sigfússon: «Hidrogénio é a solução para a crise» *

O director-geral do Centro de Inovação da Islândia acredita em que, em 2020, será possível transformar uma grande parte da sociedade e dos seus hábitos para este vector energético.

Como é que a Islândia pretende tornar-se na sociedade do hidrogénio?
Na Islândia, 80 por cento da energia consumida vem de fontes renováveis, uma percentagem maior do que a que se verifica em qualquer outro país do mundo. O país que se aproxima deste valor é a Nova Zelândia, com cerca de 65 por cento. Consumimos principalmente energia geotérmica e hidroeléctrica, para alimentar carros, barcos de pesca, e o sector industrial. Mas o que ainda nos falta resolver é o problema das emissões de CO2, que é actualmente muito grave. Cada habitante emite cerca de oito toneladas de CO2 por ano, por isso achamos que temos de fazer algo para reduzir as emissões.

O que pode ser feito?
Temos muitas opções, mas pensamos que o hidrogénio, feito a partir da água, separando a água através do uso de electricidade “verde”, é uma solução que deve ser estudada. Neste momento, temos 15 automóveis movidos a hidrogénio, algumas estações de abastecimento, e temos também já um barco de caça à baleia que usa este tipo de energia. Estamos a dar o nosso melhor para testar esta energia que é bastante barata, porque podemos produzi-la com electricidade igualmente barata, obtida a partir de fontes renováveis.

Quando será possível generalizar o uso do hidrogénio como combustível?
Pensamos que por volta de 2050 seremos capazes de transformar uma grande parte da sociedade e dos seus hábitos. Temos de ser pacientes. Conseguiremos ter a maioria dos carros com esta tecnologia e também alguns barcos, embora ainda tenhamos dificuldades com grandes navios, porque precisam de uma quantidade enorme de hidrogénio para se deslocarem, e esse é um grande desafio.

O hidrogénio pode ser mesmo a melhor solução para ultrapassar a actual crise energética?
Para a Islândia esta é provavelmente a melhor solução para a crise energética, porque temos já um grande desenvolvimento nas energias renováveis. No entanto, para países cujo consumo energético é baseado no carvão, vai ser mais difícil. Por isso, penso que as ilhas, especialmente as que têm uma grande disponibilidade de energias renováveis, têm o hidrogénio como uma opção mais fácil, ainda que não seja mais barata do que nos outros países. Porém, no futuro a solução passa por um porta-fólio de um mix de soluções. Todos os carros movidos a hidrogénio são, de uma certa forma, eléctricos, na medida em que usam módulos eléctricos. Se o hidrogénio combinar com a bateria eléctrica, a autonomia do veículo é muito superior, passando de 100 para 500km. Esta é provavelmente a solução ideal. Temos agora um projecto com companhias automóveis internacionais, que fabricam esses carros particularmente para nós.

* Entrevista publicada na edição de Dezembro do jornal Água&Ambiente

AP2H2 aprova plano de actividades para 2009

A AP2H2 aprovou no mês passado o plano de actividades para 2009, que procura, de forma alinhada com os objectivos programáticos da associação, enquadrar um conjunto de acções, devidamente calendarizadas e orçamentadas, organizadas em torno de três grandes eixos: Educação e Formação Profissional; Agenda do Hidrogénio para Portugal; Promoção e Dinamização da Associação.

No âmbito do eixo Educação e Formação Profissional, a associação prevê apoiar projectos escolares na área do hidrogénio; realizar o Open day da Ap2h2, organizar um espaço informativo e demonstrativo das Tecnologias do Hidrogénio em colaboração com o INETI, inserido numa acção para a educação ambiental; e organizar uma acção de formação profissional em plataforma e-learning, na área do hidrogénio em colaboração com a Fundação Aragon.

A Agenda do Hidrogénio para Portugal acolhe várias acções como o aprofundamento do Roadmap para Portugal ,em colaboração com a Direcção-Geral da Economia e Geologia; a realização do 3º Seminário Internacional da Economia do Hidrogénio em Torres Vedras; e a constituição da Plataforma Tecnológica Nacional para o Hidrogénio.

Relativamente ao eixo da Promoção e Dinamização da Associação estão compreendidas as seguintes actividades: promoção da AP2H2 junto das entidades oficiais; levantamento das condições necessárias ao reconhecimento do seu interesse público; lançamento, de forma sistemática, de uma campanha de angariação de novos sócios; e promoção da AP2H2 junto do público, em geral e população escolar, em particular.

Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón apoia formação em hidrogénio em Portugal

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A Universidade de Lisboa e a Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón (Espanha) estabeleceu um procotolo de colaboração relativamente à formação em Tecnologias de H2 e Pilhas de Combustível. O acordo foi celebrado nos dias 10 e 11 de Novembro, em Sasragoça, quando uma comitiva nacional se deslocou à fundación.

A entidade espanhola está disponível para colaborar com entidades nacionais na adaptação dos modelos de formação ministradas por si, como e-learning, cursos de verão, e formação para empresas. Deverá ser ainda firmado um protocolo entre o INETI e a Fundación visando o desenvolvimento de projectos conjuntos, nomeadamente no quadro da FWP7 Conferência Latino americana.

Na visita dos portugueses a Saragoça, que contou com representantes da Câmara Municipal de Torres Vedras, da AP2H2, do INETI e da SRE, foi ainda abordada a possibilidade da realização de uma conferência envolvendo Portugal, Espanha, Itália, Brasil, Argentina, Chile e ou México, para o estabelecimento de um quadro de cooperação multilateral nos domínios do H2 e das Pilhas de Combustível. Neste âmbito, o município ofereceu-se para hospedar a conferência.

A Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón assinou ainda outro protocolo, desta feita com a SRE, sendo que a entidade espanhola ficou como agente e distribuidora dos produtos da empresa portuguesa no mercado espanhol. Por outro lado, a Fundación vai estudar a integração das pilhas da SRE em várias aplicações. O primeiro projecto deverá respeitar ao desenvolvimento de uma bicicleta. A entidade espanhola estudará a transferência para a indústria destes projectos, caso sejam tecnicamente viáveis.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Autarquia de Torres Vedras estabelece parceria com centro tecnológico de hidrogénio espanhol

Carlos Bernardes, vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, e Mário Baptista Coelho integraram o grupo representante da autarquia na deslocação à Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón (http://www.hidrogenoaragon.org), sedeada no Parque Tecnológico de Walga (Espanha), com o propósito de estabelecer parcerias.
A autarquia está a apostar na tecnologia do hidrogénio. Aliás, o mote para a deslocação a Espanha, nos dias 10 e 11 de Novembro, é que a Fundación para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologías del Hidrógeno en Aragón aproxima-se do modelo do centro técnico que a autarquia pretende criar, no que respeita a termos institucionais (com a participação de empresas, universidades e poder regional/local), à natureza das actividades desenvolvidas ( integração, demonstração de aplicações e reverse engineering) ou ainda ao modelo de financiamento (contratualização de projectos que assegurem uma progressiva autonomia financeira da instituição).

Por isso, ficou já estabelecido que a entidade espanhola irá cooperar nos estudos técnicos em curso visando a constituição do centro, nomeadamente na especificação de equipamento, selecção de fornecedores e estimativas orçamentais; na definição de normas e regras de segurança das instalações; e na preparação de estágios e intercâmbio de pessoal.

Mas a colaboração entre a entidade espanhola e o município não se fica por aqui. A Fundación deverá ainda colaborar no estudo do projecto de produção de hidrogénio e criação de uma estação de abastecimento, particularmente no dimensionamento e procurement podendo vir a fornecer parte dos equipamentos (desenvolvimento em curso de electolisadores alcalinos). A entidade poderá ainda colaborar na adaptação dos mini bus que venham a adquiridos pelo município, com base na experiência obtida com a adaptação dos 3 mini bus que circularam em Saragoça no período da Expo. Os espanhóis deverão ainda participa nos estudos técnicos de dimensionamento do sistema de armazenamento de energia gerada por fontes renováveis (hidrogénio) e dos equipamentos de produção de energia eléctrica utilizando o H2 armazenado (Pilhas de Combustível).

Um dos responsáveis da Fundácion garantiu ainda que vai apoiar a candidatura de Torres Vedras ao HyRaMP, disponibilizando toda a informação complementar necessária para a decisão do município e consequente formalização da candidatura.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Assembleia da República recebe AP2H2

A Direcção da AP2H2 foi recebida, a 7 de Novembro, pelo Grupo de Trabalho do Sector Automóvel e dos Transportes em Geral, da Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, na Assembleia da República.

Para além do Coordenador do Grupo de Trabalho, deputado Ventura Leite (PS), estiveram também presentes na reunião os deputados Rita Miguel (PS), Hélder Amaral (CDS) e Agostinho Lopes (PCP).

Depois de expor os objectivos da reunião, o deputado Ventura Leite solicitou aos membros da Direcção da AP2H2 uma explanação dos seus pontos de vista quanto ao potencial do hidrogénio no novo paradigma energético e dos projectos e actividades sobre o hidrogénio em que estão envolvidos, individualmente, nas suas instituições e na AP2H2.

Os deputados quiseram ainda saber diversos aspectos relacionados com a Economia do hidrogénio, como por exemplo, o estado da arte das tecnologias de produção e utilização do H2, custos das tecnologias, estado de avanço dos projectos sobre H2 e transportes, além dos impactes sociais, ambientais e económicos do H2.

A terminar a reunião, o coordenador do grupo de trabalho, Ventura Leite, , agradeceu a participação dos membros da direcção da AP2H2, e solicitou inputs para a formulação de resoluções sobre o que faltava fazer ao nível político para que Portugal possa também desenvolver a sua investigação e poder assim acompanhar os esforços europeus e mundiais na descarbonização da sociedade, através da utilização do hidrogénio, como veículo de energia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Novo separador triplica potência das células de combustível

A Sanyo Special Steel Co., Ltd., desenvolveu um novo separador para a tecnologia de células de combustível que deverá triplicar a sua potência. Esta é uma inovação inédita em todo o mundo.

A capacidade de aumentar a potência da célula de combustível foi conseguida a partir da estrutura do separador. Um separador de tipo convencional e um sistema de encaixe diferente podem ser aplicados, por exemplo, em telefone móveis e outros equipamentos portáteis como PC deverão contribuir directamente para o desenvolvimento de células combustíveis de metanol. Por outro lado, esta inovação deverá contribuir para a aplicação prática em automóveis e usos domésticos de electrólitos de células de combustível.

O novo separador apresenta um encaixe completamente diferente, o metal em pó esférico é aglomerado nos poros do corpo do material através do seu fluxo, melhorando o desempenho básico de uma célula de combustível de metanol em cerca de três vezes.

A investigação e a patente deste novo separador resultou de um esforço conjunto da Universidade de Hokkaido em colaboração com o professor Toshio Sudou. O estudo deverá ser apresentado em Tóquio, na Hydrogen Energy Association Conference.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Publicado novo relatório sobre o mercado mundial das células de combustível de óxido sólido

Já está disponível um novo relatório sobre o mercado mundial das células de combustível de óxido sólido. O documento disponibiliza informação analítica e separada sobre os mercado norte americano, europeu, japonês e resto do mundo. Dados anuais são fornecidos para cada uma das regiões analisadas, para o período desde 2000 e até 2015.

O relatório referencia cerca de 62 empresas, incluindo pequenos players mundiais como a Acumentrics Corporation, Inc., Acumentrics Canada Ltd., Adaptive Materials, Inc., Adelan Ltd., Ceramic Fuel Cells Ltd., Cummins Power Generation Inc, Delphi Corporation., GE Hybrid Power Generation Systems, Global Thermoelectric, Inc., Rolls-Royce Plc., SOFCo-EFS Holdings LLC, Siemens Power Generation, Inc., Hexis AG, e Ztek Corporation.

Os dados do mercado e as análises resultam de investigação, sendo que a informação das empresas é proveniente de investigação e fontes referenciadas.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Comunicações do Workshop Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio em Portugal

Consulte ou faça downoad das comunicações do evento, que decorreu a 17 de Novembro no Hotel Golf Mar, Vimeiro, em Torres Vedras, em http://www.slideshare.net/h2portugal/slideshows

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Oorja Protonics prepara entrada no mercado europeu com células de combustível para empilhadeiras

A Oorja Protonics revelou que a sua tecnologia de células de combustível obteve o aval da União Europeia para iniciar a comercialização dos seus produtos em espaço europeu. Um dos seus principais produtos é o OorjaPac, uma célula de combustível concebida para empilhadeiras, com um tanque de armazenamento de 3 a 4 galões de metanol, capaz de fornecer energia durante cerca de 10 horas ao veículo.

De acordo com a empresa, um laboratório acreditado testou o Oorja Pac em matéria de segurança, radiação, descargas electroestáticas e outros aspectos, garantindo a conformidade com as normas europeias. Um processo que foi desenvolvido ao longo de 18 meses. Agora, a empresa está prestes a terminar a fase de testes para obter semelhante reconhecimento nos EUA.

Segundo a Oorja Protonics estão a ser desenvolvidas outras células de combustível, sem adiantar mais pormenores. O Oorja Pac tem sido aperfeiçoado desde Março, altura em que a empresa apresentou o produto anunciando que já se encontrava na quinta geração desde que fora elaborado o primeiro protótipo.

Uma das principais vantagens deste produto, segundo a empresa, é que a Oorja utiliza um combustível já existente, ao contrário das células de combustível a hidrogénio. O metanol pode ser produzido a partir do gás natural, de aterros sanitários e de resíduos orgânicos. Assim, o sistema da Oorja funciona como um carregador e pode ser reabastecido, tal como um carro, a partir de uma torneira de metanol.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

IST desenvolve carro movido a hidrogénio para concorrer à Eco Marathon 2009

O Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, está a desenvolver um carro ecológico, movido a hidrogénio. O Projecto Shell Eco Marathon conta com a participação de estudantes de diversos cursos e tem como objectivo a participação nas provas Eco Marathon de 2009 e 2010 em LausitzRing, na Alemanha.

O projecto está dividido em 3 fases fundamentais: projecto, construção e testes. A actual fase de projecto prolonga-se até ao dia 31 deste mês, data em que o HidrogenIST deverá estar completamente desenhado e documentado. Segue-se depois a construção que terá início na primeira semana de Dezembro e decorrerá até 31 de Março de 2009. Finda a construção, o protótipo deverá efectuar todos os testes de modo a optimizar o seu desempenho em prova, até à semana que antecede a maratona, a decorrer em Maio de 2009, no circuito de Lausitz RIng.

Aquele que será o primeiro protótipo do Projecto Shell Eco Marathon está a ser projectado para participar na categoria de Hidrogénio. Em termos de propulsão, será constituído por uma célula de combustível, que irá gerar a energia eléctrica necessária para alimentar o motor eléctrico responsável pela locomoção do mesmo. Tal como a aerodinâmica, a propulsão será um dos elementos do protótipo sobre o qual recairão os maiores cuidados.

O HidrogenIST está a ser projectado com recurso a programas de CAD (Computer Aided Design) como é exemplo o Solid Works, estando também a ser realizados testes estruturais utilizando os modelos de CAD em programas de análise estrutural. O departamento de aerodinâmica recorre, assim, a programas de CFD (Computational fluid dynamics) de modo a que possa testar todos os modelos que já modelou em CAD. O departamento de estrutura deverá nas próximas semanas proceder aos testes de visibilidade do protótipo. Para tal terá de considerar não só as restrições impostas pelos regulamentos da prova mas também a fisionomia das condutoras, e construir um banco de testes que possa resolver o problema das dimensões do HidrogenIST.

A partir do momento em que o departamento de estruturas tiver as dimensões globais do protótipo, o departamento de aerodinâmica iniciará a redimensionalização dos seus modelos em CAD e iniciará os testes de CFD. Nesta fase de projecto, o departamento de propulsão é o mais prático de todos. Tendo já uma ideia geral das necessidades energéticas do HidrogenIST, o departamento aguarda disponibilidade financeira para que se possa adquirir todo o material electrónico, incluindo a célula de hidrogénio, de modo a que se possam iniciar os testes e a consequente optimização da propulsão do veículo.

A par do projecto, o departamento de marketing está a estabelecer contactos com empresas, com o propósito de firmar parcerias que garantam a viabilidade do projecto. Mais informações em http://psem.ist.utl.pt

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Satcon cria primeira célula de combustível híbrida

A Satcon Technology Corp., juntamente com a FuelCell Energy Inc. e a Enbridge Inc., produziram um nova, multi-megawatt células de combustível híbrida para um sistema pipeline de gás natural a operar em Ontario, Canada.

O novo produto, designado Direct Fuel Cell-Energy Recovery Generation (DFC-ERG), é capaz de produzir electricidade ultra limpa, ao mesmo tempo que recupera a energia perdida habitualmente no sistema de pipeline de gás natural. O sistema combina uma célula de combustível DFC de 1,2 MW, da FuelCell Energy Inc, com uma turbina de expansão de gás de 1MW.

A célula de combustível está já em funcionamento no sistema de pipeline e pode produzir 2,2 MW de electricidade, o que corresponde às necessidade de aproximadamente 1700 habitações. É a primeira célula de combustível comercializada com mais de 1 MW, que está a operar em Ontario.

Alemanha demontra como um avião pode voar só com uma célula de combustível

O Centro Alemão Aeroespacial apresentou recentemente o primeiro avião lotado que pode levantar e voar exclusivamente com uma célula de combustível. A célula de combustível inovadora, baseado num electrólito de membrana polimérica (PEM) a alta temperatura, produz energia para o sistema eléctrico do motor do Antares DLR-h2. Os primeiros resultados da célula de combustível PEM a alta temperatura demonstrou uma melhor performance do avião, sempre com condições difíceis de baixa pressão.

Esta tecnologia tem como base a Celtec®, um eléctrodo de membrada da BASF, tecnologia que está integrada na aviação em células de combustível para sistema de energia auxiliares. As células de combustível PEM a alta temperatura podem operar com 120 a 180 graus centígrados, não precisa de humidade, requere apenas um sistema de arrefecimento simples, e oferece uma ampla variadade de aplicações. Também tolera a existência de impurezas do hidrogénio proveniente do gás natural.

O projecto avalia o potencial da tecnologia para possíveis utilizações futuras na aviação comercial.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Iremos continuar distraídos em Portugal?

Entre 13 e 15 de Outubro cerca de 600 Stakeholders da Fuel Cells and Hydrogen Joint Technology Initiative reuniram-se, sob o patrocínio da Comunidade. em “Assembleia Geral “ em Bruxelas, formalizando a constituição da iniciativa.

Highlights a registar:

  • A Comunidade Europeia assume que em 2020 o H2 já terá um contributo valioso para o basket energético. Será um novo vector energético visível nos vários mercados alvo, desde os transportes às aplicações portáteis, passando pela microgeração ou pela produção para a rede. 2020 é o ano de referência de maturidade das tecnologias, com uma infra-estrutura logística de produção e distribuição de H2 com cobertura adequada às necessidades dos vários mercados. A mensagem é de esperança pois está ao nosso alcance controlar as ameaças à sustentabilidade ambiental e os recursos energéticos estarão disponíveis para satisfazer as necessidades do crescimento e do bem estar.

  • Na mesma orientação foram as intervenções dos representantes dos Estados Unidos e do Japão. Considerando a contribuição da indústria pode estimar-se em cerca de 1 bilião de € o investimento anual que a Europa, os EU e o Japão estão a realizar visando o desenvolvimento das tecnologias do H2 e das Pilhas de Combustível para a mobilidade, para a cogeração, para a produção para a rede ou mais simplesmente para aplicações portáteis, de back-up ou em UPS.

  • No quadro da UE a Alemanha, a Dinamarca e a Grã-Bretanha deram testemunho de programas nacionais consistentes, focalizados na criação da Economia do Hidrogénio, e na valorização das oportunidades que ela representa para novas actividades de alto valor acrescentado. Outros Países/ Regiões poderiam ter apresentado planos similares.

  • No exemplo Dinamarquês salienta-se o objectivo anunciado de em 2020 toda a produção de energia eléctrica ser de origem renovável. Consistentemente desenvolve-se uma base industrial de suporte compreendendo a electrólise para produção de H2 e a fabricação de Pilhas de Combustível, desde PEM (baixa e alta temperatura) às pilhas SOFC.

  • Os vários construtores automóveis apresentam os seus modelos e soluções, multiplicando-se já nos EUA e na UE as estações de serviço em que se pode abastecer a viatura com H2. Em 2010 as primeiras pré-series começarão a circular. 2020 é a meta para o início da produção em massa. A Alemanha anuncia que num prazo breve será já possível fazer Berlim - Munique num autocarro a Pilhas de Combustível a Hidrogénio.

  • Por sua vez a Rolls Royce anuncia para 2010 uma pré-serie de demonstração das suas centrais SOFC de 1 MW, com um rendimento de produção de energia eléctrica superior a 60%. Seguir-se-á a comercialização, com um preço alvo de 2500,00€/kW, para um tempo de vida de cerca de 40,000 horas, o que as torna uma solução já competitiva com as actuais centrais de cogeração.

  • Os Países nórdicos estão organizados para criarem uma rede comum de pipelines para distribuição de H2.

  • O Banco Europeu de Investimentos anunciou a sua disponibilidade para financiar os projectos de infra-estrutura associados à logística de H2.

  • Várias regiões europeias, desenvolvem os seus programas específicos. Muitas delas estão integradas numa plataforma comum – HyRaMP- European Regions and Municipalities on Hydrogen and Fuel Cells.

  • O Industrial Group – New Energy World compreende actualmente 66 empresas de 16 países Europeus ou membros associados. Marcaram presença na reunião as grandes empresas mundiais com interesses na Europa, abrangendo petrolíferas (BP, Shell, Total,...), construtores automóveis (Daimler, Fiat, Toyota, Volkswagen, BMW, Volvo...), empresas de gases industriais (Air Liquide, Air Products, Linde...), produtores de electricidade, grupos industriais de vários sectores e interesses (Siemens, GDF, BASF, SOLVAY, Saint Gobain, Ajusa, Boeing, Rolls Royce…).

E Portugal? É a altura de abrir o dossier do H2, reflectir sobre os desafios e oportunidades que pode representar e tomar-se a decisão de o colocar definitivamente nas várias Agendas. Ou iremos manter-nos expectantes, permitindo que cépticos e críticos continuem a manter num registo académico a reflexão sobre o H2 como vector energético?

O tema é importante. Tornar-se-á no curto prazo urgente. O Hidrogénio não é, nem pretende ser a única opção. Até pode vir a demonstrar-se não ter sido a melhor opção. Mas desta reunião pode concluir-se que será incontornável enquanto um dos principais vectores energéticos das próximas décadas. As decisões já estão tomadas, independentemente dos nossos juízos.

Iremos continuar distraídos, orgulhosamente sós nas nossas certezas, na prática esperando pelas soluções que outros entretanto estão a desenvolver, e perdendo as oportunidades que esta revolução energética está a criar?

José Campos Rodrigues, presidente da AP2H2, o único português presente no evento, além da representante nacional

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Air Liquide lança programa de investigação em hidrogénio e células de combustível

A Comissão Europeia autorizou o financiamento de 67,6 milhões de euros, concedido no final de 2007 pela OSEO (agência francesa de apoio à inovação), para o programa de inovação Horizon Hydrogen Energy (H2E). Este programa é coordenado pelo grupo Air Liquide e está vocacionado para o hidrogénio e as células de combustível a hidrogénio.

O H2E, que representa um investimento de cerca de 200 milhões de euros em investigação e tecnologia para 7 anos, pretende encontrar soluções energéticas ligadas ao hidrogénio que sejam sustentáveis e competitivas. A investigação e desenvolvimento a levar a cabo cobre toda a cadeia de valor do hidrogénio.

Uma das preocupações deste programa passa, por exemplo, por investigar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a produção de hidrogénio utilizando energias renováveis, o armazenamento do hidrogénio e a industrialização das células de combustível. Este programa deverá, ainda, contribuir para estabelecer regulamentação, e incluir um programa de demonstração e medidas de sensibilização para familiarizar o público em geral com este vector energético, novo e limpo.

O ambicioso programa congrega 20 parceiros, além da Air Liquide, na fileira energética do hidrogénio, desde grupos industriais, pequenas e médias empresas e laboratórios públicos franceses de investigação. Por isso, é considerado uma oportunidade única para colocar a França e a Europa na linha da frente deste sector chave para uma mobilidade sustentável.

Para mais informações consulte www.planete-hydrogene.com .


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Bruxelas lança projecto de 1000 milhões de euros para hidrogénio e células de combustível

A União Europeia anunciou, ontem, um plano que pretende tornar as células de combustível e o hidrogénio numa das novas tecnologias estratégicas para a energia. As células de combustível, como uma tecnologia de conversão eficiente, e o hidrogénio, como um transporte limpo de energia, têm um grande potencial para enfrentar os novos desafios energéticos da Europa.

A Comissão Europeia, a indústria europeia e a comunidade europeia de investigadores, que constituem a parceria público-privada do grupo de trabalho Joint Technology Initiative (JTI), deverão investir cerca de 1000 milhões de euros, nos próximos seis anos, na investigação de células de combustível e hidrogénio, bem como no desenvolvimento e demonstração desta tecnologia. O objectivo é criar massa crítica relativamente a estas novas tecnologias, antes de 2020.

O Comissário Europeu da Ciência e Investigação, Janez Potocnik, referiu que «ao investir nestes projectos científicos estamos a colocar o dedo na ferida, pois o desenvolvimento de novas tecnologias é crucial para alcançar os objectivos europeus concernantes às alterações climáticas e aos desafios energéticos».

Mais de 60 empresas privadas, desde multinacionais a Pequenas e Médias Empresas, um número idêntico de universidades e institutos de investigação foram reunidos neste grupo de trabalho. O JTI conseguiu, assim, juntar os mais importantes players no sentido de colocar a Europa na linha da frente das novas formas de energia.

«Espero que isto tenha um efeito de bola de neve em outras áreas de investigação estratégica», avançou Gijs van Breda Vriesman, Chairman do Conselho de Administração do Joint Undertaking. «A iniciativa do grupo de trabalho relativo à tecnologia do hidrogénio e das células de combustível é o melhor veículo para acelerar o desenvolvimento tecnológico e levar à comercialização do hidrogénio e das células de combustível», acrescentou.

Veja toda a informação em http://www.hfpeurope.org/hfp .

Incentivos e benefícios fiscais passam ao lado do hidrogénio em Portugal

No quadro legal dos incentivos e benefícios fiscais das energias renováveis (ER) em Portugal, o hidrogénio é se não um ilustre desconhecido, pelo menos um parente pobre. Esta é a principal conclusão de um estudo da AP2H2, desenvolvido por José Alberto Rodrigues, que pretendia analisar e listar incentivos e benefícios fiscais existentes em Portugal em comparação com os de outros países. O especialista especifica ainda que «só com boa vontade se pode falar na existência de um regime jurídico de incentivos e benefícios fiscais para a promoção do hidrogénio».

Assim, apenas o Decreto-Lei 363/2007 se refere ao hidrogénio e, mesmo assim, penalizando a energia que não seja obtida através das ER. Se, por exemplo, se utilizar o gás natural para produzir hidrogénio, perde-se o direito ao benefício do tarifário de referência. Isto apesar de o gás natural, embora combustível fóssil, ser amplamente beneficiado em sede fiscal, por ser considerado ambientalmente limpo.

Para avançar com a promoção do hidrogénio a este nível, poder-se-ia começar por dar plena execução à Directiva 2003/30/CEE – o que parece não suscitar dificuldades legislativas, uma vez que se trata apenas de dar cumprimento integral ao imperativo comunitário contido naquela Directiva –, não se ficando apenas, como aconteceu com o Decreto-Lei 62/2006, pelo seu cumprimento parcial e circunscrito, como se referiu, aos biocombustíveis.

Por outro lado, mas ainda no âmbito dos transportes podia ser aplicado aos veículos movidos a hidrogénio a taxa reduzida de que beneficiam os veículos a GPL ou a gás natural. Também devia ser estendido aos veículos dotados de pilhas de combustível a hidrogénio obtido a partir de fontes de ER a isenção de que gozam os veículos movidos a energias renováveis não combustíveis. O autor refere ainda que qualquer das medidas propostas nas alíneas anteriores respeita o espírito que subjaz à concessão das isenções. Nem a Directiva-Estrutura 92/81/CEE, que expressamente admitia isenções, desde que motivadas por “considerações políticas específicas”, nem a Directiva 2003/30/CE, que de alguma forma substituiu aquela, obstam à introdução de tais isenções ou de outras.

As recomendações pretendem apenas reconher «a importância estratégica do hidrogénio e actuar em conformidade com a atenção que esta energia merece», remata o documento.

O estudo pode ser consultado na íntegra no sítio da AP2H2 (http://www.ap2h2.pt/).

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Toshiba disponibiliza células de combustível móveis a partir de Março de 2009

A Toshiba Corp anunciou que vai disponibilizar dispositivos móveis que incorporam células de combustível com metanol a partir de Março do próximo ano, de acordo com um relatório da Nikkei Electronics. O anúncio foi feito durante o certame dedicado à tecnologia e electrónica - CEATAC Japan 2008, onde foi exibido o protótipo.

O protótipo tem como base o microtelefone W55T, e utiliza uma célula de combustível a metanol, que é carregada através de um cartucho. Uma segunda bateria pode ser ainda utilizada para carregar a célula de combustível. Quando o cartucho está cheio com o fuel, a bateria fica com o dobro da autonomia, segundo a Toshiba. O cartucho pode armazenar 50ml de metanol (99,5 por cento), o que é suficiente para carregar o telemóvel cerca de 10 vezes.

O preço do cartucho ainda não está fixado. A empresa pretende incorporar esta tecnologia em câmaras digitais, computadores portáteis, entre outros. A ideia é utilizar apenas um tipo de cartucho que poderá carregar uma série de equipamentos que incorporem uma célula de combustível.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Célula de combustível fornece energia a habitações japonesas

Já imaginou produzir a electricidade e aquecer a água necessária na sua casa através de células de combustível a hidrogénio? No Japão esta é já uma realidade em cerca de 2200 habitações. De acordo com os promotores as células de combustível, utilizadas nas casas produzem menos um terço da poluição do que a produção da electricidade convencional.

A célula de combustível usada nas casas é do tamanho de uma mala de viagem e está colocada fora de casa, junto a um tanque onde a água é aquecida. No processo de produção de energia, a célula de combustível liberta calor suficiente para aquecer toda a água necessária na casa. O oxigénio usado na célula de combustível é proveniente do ar, enquanto o hidrogénio é extraído de gás natural através de um dispositivo (reformer) existente na «mala» onde se encontra a célula de combustível. Um subproduto obtido neste processo é o monóxido de carbono, que é perigoso. Por isso, a «mala» dispõe de um equipamento que mistura oxigénio aomonóxido de carbono, criando o dióxido de carbono, que não é perigoso apesar de contribuir para o aquecimento global.

Ainda assim, todo o processo gera menos gases com efeito de estufa por watt do que a tradicional produção de energia. Além disso, não se verifica qualquer perda de energia durante o transporte da energia.

Quase todas as casas, no Japão, são abastecidas com gás natural, que é usado para cozinhar e no aquecimento sendo, por isso, relativamente fácil adaptar a tecnologia de células de combustível, condição que nem sempre se verifica noutros países. A Panasonic é uma das empresas que está a trabalhar nesta área no Japão, tal como a Toyota Motor e a Toshiba.

O governo japonês está apostar nesta nova vertente das células de combustível a hidrogénio, tendo já destinado 309 milhões de dólares por ano para o desenvolvimento da tecnologia. A ideia é que, em 2020, cerca de um quarto das habitações japonesas (10 milhões) sejam abastecidas através de células de combustível.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Hidrogénio e células de combustível podem criar 675 mil novos empregos só nos EUA

Um estudo desenvolvido pelo Departamento de Energia Norte Americano revela que a comercialização de células de combustível e a utilização de hidrogénio em vez da gasolina pode gerar 675 mil novos empregos, nos próximos 25 anos, só nos EUA. O estudo foi já enviado ao Congresso para análise.

A comercialização deverá criar empregos ao nível da manufacturação, montagem, produção de fuel, reparação, reciclagem, construção, entre outros. «Este documento confirma o potencial económico das células de combustíveis no nosso país», segundo Robert Rose, Director Executivo da respectiva associação industrial. «Também vem confirmar que quando mais rápido se der esta transição, mais rápido se criarão os novos empregos», salientou o responsável da US Fuel Cell Council.

O estudo compara um cenário em que 89 por cento dos novos veículos vendidos utilizam células de combustível e em que 5 por cento da energia utilizada nos EUA é produzida a partir de células de combustível, em 2035, e outro em que 20 por cento dos novos veículos vendidos utilizam células de combustível e em que 2 por cento da energia utilizada é produzida a partir de células de combustível. Ora, a análise deixa claro que no cenário mais agressivo são criados três vezes mais empregos do que no outro. O estudo avalia a utilização de células de combustível nos transportes, em aplicações estacionárias e portáteis.

Perante estes dados, Robert Rose, esclareceu: «Esta é uma oportunidade para os EUA, pois os primeiros países que comercializarem esta tecnologia vão ganhar mais empregos, e outros países estão já a investir nesta perspectiva.»

O estudo Effects of a Transition to a Hydrogen Economy on Employment in the United States, foi pedido pelo Congresso em 2005 e levado a cabo pelo RCF Economic and Financial Consulting. Para consultar o documento aceda a www.usfcc.com.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

AP2H2 organiza workshop para discussão do Roadmap do hidrogénio

A AP2H2 está a organizar o workshop Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio, que terá lugar dia 17 de Novembro, no Hotel Golfmar, Vimeiro, Torres Vedras. O objectivo deste evento, que conta com o patrocínio da Camara Municipal de Torres Vedras e da REN, é discutir e validar a proposta de roadmap para a Sociedade do Hidrogénio elaborada no âmbito do projecto EDEN – Endogenizar o Desenvolvimento de Energias Novas. O Roadmap aponta os impactes ambientais e económicos, bem como as oportunidades de negócio decorrentes da introdução do hidrogénio no mix energético nacional.

Em cima da mesa também está, neste workshop, a definição de objectivos, projectos e actividades, e identificar parceiros interessados em participar num novo projecto mobilizador a apresentar oportunamente ao QREN, bem como contribuir para o estabelecimento de parcerias para projectos de investigação em consórcio.

Finalmente, será lançado o processo para a criação da Plataforma Tecnológica Portuguesa para o Hidrogénio e as Pilhas de Combustível, que assegure a interface com as actividades e o plano de acção da Joint Technology Initiative para o Hidrogénio da União Europeia.

AP2H2 estabelece parceria com Portal das Energias Renováveis

A AP2H2 vai ser a responsável pelos conteúdos temáticos relativos ao hidrogénio no Portal das Energias Renováveis (PER). Este é o resultado da parceria estabelecida entre a Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio e o PER .

A AP2H2 prossegue, assim, o seu propósito de promover a discusão em torno desta fonte de energia, ainda pouco divulgada no nosso País, e o Portal das Energias Renováveis reforça os seus conteúdos. Os frutos desta parceria serão em breve notórios em ambos os sítios.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hidrogénio é a energia alternativa menos conhecida

O hidrogénio é a energia alternativa menos conhecida de todas, segundo um estudo de opinião da população portuguesa sobre o hidrogénio, realizado para a AP2H2. No total das 300 entrevistas levadas a cabo junto de indivíduos maiores de 18 anos, com mais do que o 9.º ano de escolaridade, residentes em centros urbanos de Portugal Continental, apurou-se que apenas sete por cento dos inquiridos referiu espontaneamente o hidrogénio, conseguindo no total, 67 por cento de notoriedade. Isto significa que dois em cada três dos indivíduos entrevistados já ouviu falar no hidrogénio como energia alternativa, sendo que os homens e os indivíduos com curso superior são os que mais o conhecem.

As energias solar e eólica são, sem qualquer dúvida, as energias alternativas mais conhecidas, seguindo-se o biodiesel e a energia das ondas, revelou o trabalho que permitiu ainda aferir que a fome/pobreza é o problema, a nível mundial, que mais preocupa a população inquirida. O ambiente/poluição surge em segundo lugar na ordem de preocupações, enquanto que as questões energéticas, a par dos direitos das minorias, são, entre os problemas apresentados, os menos preocupantes. As mulheres, os mais velhos, os indivíduos com escolaridade menos elevada e os residentes nas regiões Norte e Sul, são os que mostram maior preocupação com estas questões. Estes mesmos segmentos são, também, os que estão mais preocupados, quando direccionados para os problemas ambientais. Neste aspecto, a poluição e o aquecimento global são os mais referidos.

A escassez das fontes de energia convencionais é, pelo contrário, entre os problemas apresentados, o menos preocupante. A explicação parece estar na solução “energias alternativas”; pelo menos essa foi a principal razão (63 por cento) dada para justificar “não estar preocupado” com a escassez das energias convencionais. Outras justificações prendem-se com «Coisas mais importantes, 22 por cento; A natureza regenera-se, vai resolver-se naturalmente, 7 por cento; e outras razões, 9 por cento.

A televisão é o principal veículo para dar a conhecer o hidrogénio (36 por cento dos inquiridos), enquanto energia alternativa. A escola e a imprensa aparecem, respectivamente, em segundo e terceiro lugar com 19 e 16 por cento. Os programas de carácter informativo são o principal tipo de notícia utilizado para divulgar o hidrogénio (45 por cento). Note-se ainda que a maioria dos entrevistados já conhece o hidrogénio como energia alternativa há mais de um ano (65 por cento).O recurso ao hidrogénio como combustível para veículos automóveis é a forma de utilização mais conhecida; com efeito, 80 por cento dos indivíduos que afirmaram conhecer o hidrogénio como energia alternativa referenciaram esta utilização. Não admira pois que, ser “um combustível” seja o que mais vem à ideia dos entrevistados quando pensam no hidrogénio.

Em termos de imagem reconhecem-lhe a eficiência e a segurança, “criticando-lhe” o custo. Ser um combustível limpo, não poluente é a grande vantagem que lhe é atribuída.Em termos de futuro, as expectativas são as de que o hidrogénio será, senão uma das principais energias alternativas, pelo menos, uma das várias energias alternativas. Apenas quatro por cento dos entrevistados considera que o hidrogénio não é uma energia com futuro.

O estudo procurou determinar índices de notoriedade do hidrogénio, enquanto fonte de energia; o modo de conhecimento e o tempo de conhecimento do hidrogénio; as utilizações conhecidas do hidrogénio; e a «imagem» do hidrogénio, não só em termos globais mas também em matéria de eficiência, custo e segurança.

A informação necessária foi recolhida pelas empresas Consulmark e Perfil, através de entrevistas individuais, telefónicas, realizadas com recurso ao sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). A margem de erro do total, para um intervalo de confiança a 95 por cento, associada a esta dimensão de amostra, para um universo infinito, é de + 5.7 por cento. O trabalho de campo deste estudo decorreu entre os dias 7 e 14 de Maio de 2008. Para aceder ao documento na íntegra consulte http://www.ap2h2.pt/ .

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Director-geral da DGEG recebe AP2H2

José Perdigoto, director-geral da Direcção Geral da Energia e Geologia (DGEG), recebeu a direcção da AP2H2 a 29 de Agosto.

José Campos Rodrigues e Luís Alves foram os interlocutores que pretenderam sensibilizar o responsável para a importância do hidrogénio num novo quadro energético nacional. O lançamento de estratégias que visem a criação de riqueza e valor acrescentado associado à emergência da economia do hidrogénio, a criação de um quadro legal de normalização e de certificação de segurança, e a colaboração na participação portuguesa nas iniciativas europeias e organizações internacionais com actividade no desenvolvimento e promoção do hidrogénio foram algumas das propostas avançadas pela associação.

Embora receptivo às iniciativas, José Perdigoto deixou trespassar que as decisões políticas sobre as apostas energéticas para o País são exclusivamente da tutela, pelo que resta esperar que o hidrogénio seja claramente uma aposta do Governo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ficha de inscrição para o 2º Seminário Internacional sobre Economia do Hidrogénio

Inscrição

100 € (inclui almoço)
-Membros/Parceiros privados da AP2H2, ECOS e EDEN e organizações com mais de um participante inscrito beneficiam de um desconto de 10%;
- Estudantes beneficiam de um desconto de 20%;
- Representantes eTécnicos da Administração Pública Central e Local beneficiam de condições especiais com prioridade para as entidades públicas participantes no projecto ECOS. Contactar o Secretariado para informação complementar.


Para efeitos de inscrição deverá proceder ao preenchimento do presente formulário e reenviá-lo para o Secretariado da Comissão Organizadora (Judite_rodrigues@yahoo.com )

Nome-------------------------------------------------------------------------------------------
Entidade----------------------------------------------------------------------------------------
Cargo/Função ----------------------------------------------------------------------------------
Morada-----------------------------------------------------------------------------------------Localidade ------------------------------------------------------ Código Postal -----------------
Contacto telefónico ------------------------- E-mail --------------------------
Nº de contribuinte entidade pagadora --------------------------------------


Formas de pagamento
· Cheque (à ordem de AP2H2 -Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio)
· Transferência Bancária (NIB: 0010 0000 335879 00001 13)


Obtenha mais informações através do 91 32 99 234, Judite Rodrigues

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Bruxelas avança com homologação para veículos movidos a hidrogénio

A Comissão Europeia aprovou, a 3 de Setembro, uma proposta de regulamento que estabelece os requisitos para a homologação de veículos no que se refere à propulsão a hidrogénio, e para a homologação de componentes para hidrogénio e de sistemas a hidrogénio. A proposta ainda carece da aprovação dos Estados-membros da União Europeia (UE), mas apresenta-se como a primeira tentativa da UE regulamentar esta tecnologia emergente no segmento automóvel antes que cada Estado-membro avance por si. Isto numa altura em que a maioria dos fabricantes está a efectuar investimentos importantes no desenvolvimento da tecnologia, adoptando abordagens diferentes. Por isso, surgiu a necessidade de «estabelecer requisitos de segurança independentes da tecnologia utilizada».

O regulamento estabelece, por exemplo, que os fabricantes devem demonstrar que todos os novos veículos movidos a hidrogénio vendidos, matriculados ou colocados em serviço na Comunidade e todos os componentes para hidrogénio ou sistemas a hidrogénio vendidos ou colocados em serviço na Comunidade estão homologados nos termos do regulamento e respectivas medidas de execução. Para homologar os veículos, os fabricantes devem equipá-los com os componentes e sistemas a hidrogénio que cumpram os requisitos do regulamento.

De acordo com o texto do documento, o regulamento deve entrar em vigor 20 dias após a sua publicação no jornal oficial da Comunidade, altura em que as autoridades nacionais devemrecusar a homologação CE ou a homologação nacional a novos modelos de veículos ou recusar a homologação CE de componente a novos tipos de componentes ou de sistemas a hidrogénio que não cumpram os requisitos do regulamento. 36 meses depois da entrada em vigor deste regulamento, as autoridades nacionais devem, no caso de novos veículos que não cumpram o regulamento e respectivas medidas de execução, deixar de considerar válidos os certificados de conformidade e proibir o registo, a venda e a entrada em serviço desses veículos e, no caso de novos componentes ou sistemas a hidrogénio que não cumpram, proibir a sua venda e entrada em serviço.

Segundo o regulamento, os objectivos visam designadamente a realização do mercado interno através da introdução de requisitos técnicos comuns referentes aos veículos a motor movidos a hidrogénio, que não podem ser suficientemente realizados pelos Estados-membros. Por outro lado, como os veículos movidos a hidrogénio apenas poderão ter êxito no mercado quando existir na Europa uma infra-estrutura suficiente a nível de estações de serviço, a CE propôs «estudar medidas adequadas para apoiar a criação de uma rede de estações de serviço para veículos a hidrogénio na Europa».

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Programa do 2º Seminário Internacional de Torres Vedras – A Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental

9h00 RECEPÇÃO DE PARTICIPANTES
9h30 ABERTURA

Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras – Dr. Carlos Manuel Soares Miguel.
• key-note: Ameaças e desafios para a economia portuguesa no contexto internacional - Professor Doutor Luís Campos e Cunha, FE/UNL

Pausa para Café

10h30 1º Tema – Sustentabilidade Energética e Ambiental
Moderador: Director Geral de Energia e Geologia, Dr. José Perdigoto *.
• Quioto e pós Quioto – Professor Daniel Borrego (FCUL/ UL)
• Responsabilidade Social – **
• As Mudanças no Paradigma Energético – Professor Mario Baptista Coelho (FCUL/ UL)
• Promoção do Hidrogénio em Portugal – Eng. Rui Pimenta/IDMEC
• A Economia do Hidrogénio – ** Plataforma Tecnológica Europeia
• Estratégias Empresariais – Dra. Veronica Mesa/Hynergreen/grupo Abengoa/Espanha

12h30 Almoço

14h00 2º Tema – Experiências Internacionais
Moderadora: Sub-Directora Geral Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano – Arq. Maria João Botelho.
• • Fondacion para el Desarrollo de las Nuevas Tecnologias del Hidrogenio en Aragon
• • Orkney Renewable Energy Forum – Professor Gareth Davies
• • UNIDO/ Turquia - **
• • Road map para Portugal – Professor Rei Fernandes, IDMEC

Pausa para Café

16h00 3º Tema – Projecto ECOS/TVD
Moderador: Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras – Carlos Bernardes
• A Economia do Hidrogénio em Portugal, Caminho Percorrido e Novos Desafios – Eng.º Campos Rodrigues, AP2H2
• Apresentação do Projecto ECOS – Eng. Victor Silva, CM Moura
• Mesa redonda – Viabilidade Local/Regional de um Cluster de Energias Alternativas; Eng. Victor Silva (CM Moura); Professor Mário Baptista Coelho (FCUL/UL); Eng. João Gonçalo Maciel (EDP Inovação)

17h00 ENCERRAMENTO

Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras – Dr. Carlos Manuel Soares Miguel.
Sua Excelência Secretário Estado do Ordenamento do Território e das Cidades – Professor Doutor João Ferrão

* Participações sujeitas a confirmação
** orador a definir

Seminário Internacional sobre a Economia do Hidrogénio debate sustentabilidade energética e ambiental

O 2º Seminário Internacional sobre a Economia do Hidrogénio realiza-se no próximo dia 23 de Setembro no Hotel Westin, em Torres Vedras. A iniciativa, organizada pela AP2H2 em parceria com a Câmara Municipal de Torres Vedras (no âmbito do projecto ECOS) e a EDEN – Associação para a promoção do Hidrogénio, visa contribuir para a divulgação e promoção do hidrogénio.

O seminário será uma ocasião para que todos os interessados nos desafios da sustentabilidade energética e ambiental, possam partilhar e discutir informação relevante sobre os impactes e oportunidades emergentes da Economia do Hidrogénio, proporcionando uma interacção, que esperamos proveitosa, entre responsáveis do poder político, agentes da administração central e local, comunidade científica e tecido empresarial.

O evento conta com a participação de oradores internacionais e especialistas nacionais como Filipe Duarte Santos, Rei Fernandes, Mário Baptista Coelho, António Vidigal, entre outros. Também são esperadas as participações do Ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, do Ministro da Economia, Manuel Pinho, do Secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, e do director da Dorecção-geral de Energia e Geologia, José Perdigoto, além do presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Miguel.

As temáticas versam as ameaças, desafios e oportunidades para Portugal num cenário de condicionantes energéticas e ambientais, a economia do hidrogénio, as mudanças no paradigma energético, entre outras (veja o programa completa na notícia Programa do 2º Seminário Internacional - A Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental).

A esta iniciativa está associada a realização em Outubro de um Workshop, que visa a constituição de uma plataforma tecnológica nacional para o Hidrogénio e a promoção de parcerias nacionais para candidaturas aos projectos mobilizadores e à investigação em consórcio a apresentar ao QREN.

Workshop para a discussão do Roadmap do hidrogénio adiado para Outubro

Alargar o período de preparação do workshop, dinamizando a participação de todos os potenciais interessados em desenvolver iniciativas no âmbito da economia do hidrogénio, foi o mote para a AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio adiar a realização do workshop previsto para o primeiro dia do seminário internacional - A Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental, a ocorrer dia 22 de Setembro em Torres Vedras. A nova data será anunciada muito brevemente, mas sabe-se desde já que o evento terá lugar em Outubro.

A ideia é enriquecer o debate e incrementar o envolvimento dos parceiros nos projectos e iniciativas que se venham a identificar no decorrer dos trabalhos do workshop, que visa a discussão do Roadmap para o hidrogénio em Portugal, bem como a definição de um plano de acção de médio prazo, nomeadamente a criação da plataforma tecnológica para a economia do Hidrogénio, visando a ligação às dinâmicas que se vão gerando na UE. O workshop terá ainda como objectivo dinamizar a criação de parcerias visando a apresentação de candidaturas aos projectos mobilizadores e à investigação em consórcio apoiado pelo QREN.

Com estes objectivos a comissão organizadora do workshop está a desenvolver a metodologia que irá sustentar os trabalhos de que dará conhecimento muito brevemente. Não deixe de participar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Clima 2008 nasce em Setembro em Aveiro

A Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente e Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro (APEA) está a organizar o I Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas - Clima 2008, que terá lugar a 29 e 30 de Setembro, na Universidade de Aveiro.

Com o Alto Patrocínio do Presidente da República, este é um evento CarbonoZero. Entre os principais objectivos da iniciativa está abordar o estado do conhecimento sobre as causas, implicações e soluções de mitigação das alterações climáticas; divulgar e debater as principais orientações estratégicas e políticas em termos europeus e nacionais; divulgar e incentivar as boas práticas de combate e mitigação dos impactes das alterações climáticas, promovendo a divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos investigadores e empresas portuguesas; constituir um espaço de reflexão sobre o papel da Engenharia do Ambiente na procura de soluções que permitam combater e mitigar os impactes das alterações climáticas; e promover uma reflexão conjunta entre os principais stakeholders nesta matéria, incluindo decisores políticos, investigadores, empresas e representantes da sociedade civil.

Entre os oradores previstos estão nomes como Carlos Borrego, da Universidade de Aveiro, Juan Carlos Císcar, da Comissão Europeia, Filipe Duarte Santos, da Universidade de Lisboa, Nuno Lacasta, do Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas, Alexandre Fernandes, da ADENE, e Luís Rochartre, do BCSD Portugal, entre outros. Para mais informações consulte http://www.clima2008.info/ .

EUA estudam utilização do hidrogénio a curto prazo

A Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri, EUA, está a desenvolver um estudo para o Departamento de Energia do governo norte-americano que pretende analisar as aplicações mais viáveis das células de combustível e do hidrogénio a curto prazo. Os resultados do intitulado «Hydrogen Fuel Cell Analysis: Lessons Learned from Stationary Power Generation» serão conhecidos no próximo ano.

«Temos de ser realistas relativamente ao que pode e não pode ser feito já com o hidrogénio», explica Scott Grasman, que está a liderar o trabalho. O especialista sublinha que a tecnologia para alimentar veículos a hidrogénio libertando apenas vapor de água já existe, mas este tipo de veículos ainda não são viáveis para o uso diário dos automobilistas. O principal obtáculo à massificação desta tecnologia é o seu custo. Isto porque um veículo deste género custa hoje entre 50 mil dólares e um milhão de dólares.

Assim, este grupo de trabalho está a direecionar o seu estudo para aplicações do hidrogénio em pilhas, vários tipos de equipamento militar e equipamentos electrónicos domésticos, como telemóveis. A utilização desta tecnologia em brinquedos também esteve a ser analisada, segundo Grasman, que enfatiza que este tipo de aplicação ajuda o público a perceber como funciona a tecnologia do hidrogénio.

Em termos básicos, este tipo de aplicação funciona da seguinte forma: uma fonte de energia, de preferência sol ou vento, é usada para enviar uma corrente eléctrica através de uma substância que contenha hidrogénio. Na água, a corrente eléctrica é separada em hidrogénio e oxigénio. O hidrogénio comprimido é usado para alimentar uma célula de combustível. Esta célula tem a capacidade de produzir electricidade continuamente, a partir de um sistema que emite apenas água.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Serpa organiza seminário sobre construção sustentável

A Câmara Municipal de Serpa, no âmbito da Rede ECOS - Energia e Construção Sustentáveis, está a organizar o seminário “ Construção Sustentável – Novos Paradigmas Construtivos, Sociais e Económicos “, que terá lugar nos dias 4 e 5 de Setembro, no cine teatro de Serpa.

O evento abre com as apresentações dos presidentes das autarquias de Serpa e de Moura, além do presidente da Ordem dos Arquitectos, João Belo Rodeia. Entre o oradores que irão desfilar nestes dois dias contam-se ainda os arquitectos bioclimáticos Lívia Tirone e Ken Nunes, Teresa Beirão, do Centro da Terra, Manuel Duarte Pinheiro, investigador do Instituto Superior Técnico, Inês Vilhena a Cunha, da Inteli, e Vítr Campos, Director-geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Rural, entre outros.

A experiência de trabalhar com terra, entre outros casos demonstrativos da construção sustentável como é o Jardim de Infância Popular do Cacém ou o Mercado Público da Comenda, preenchem os casos práticos do que é já hoje a construção sustentável.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Enzima pode ser usada como catalítico de células de combustível

A Universidade de Oxford, nos EUA, está a investigar a possibilidade de uma enzima extraída de um fungo ser usada como um catalítico barato nas células de combustível, o que poderia substituir as pilhas utilizadas em aplicações domésticas. O uso de células de combustível de baixa temperatura pode ajudar a reduzir as mil milhões de pilhas gastas deitadas ao lixo todos os dias, só que o catalítico utilizado correntemente nas células é de platina, que é muito caro e raro.

Laccase, uma enzima extraída de um fungo, tem sido proposta desde a década de 60 como um catalítico na reacção de redução de oxigénio. Mas até agora o seu uso nas células de combustível ainda não teve sucesso. Um projecto de cinco anos iniciado agora pela universidade americana pretende usar este catalítico «que cresce nas árvores» para fazer cátodos mais duráveis, estáveis e baratos. «Com base no nosso trabalho inicial achamos que a Laccase funciona melhor a temperatura ambiente e num espaço menos ácido do que um catalítico de platina. E tudo isto sem a necessidade de metais preciosos», explica Chris Blanford, que está a liderar a investigação.

Assim, o primeiro objectivo de Blanford é manter o cátodo estável durante o tempo de vida de um cátodo de uma célula de combustível normal. Até agora a equipa conseguiu chegar aos três meses de vida útil, a produzir energia.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Honda: carros do futuro são a células de combustível

O vice-presidente executivo da Honda, Dick Colliver, considera que os veículos a células de combustível são os carros do futuro, isto apesar da marca estar a apostar actualmente nos híbridos. O responsável diz que «numa perspectiva de longo prazo consideramos que os veículos a células de combustível são a solução mais viável. A tecnologia ainda está a mais de uma década da sua massificação no mercado, mas sabemos que funciona porque temos vindo a trabalhá-la inclusivé com alguns consumidores».

Até à chegada desta tecnologia ao mercado, a Honda continua com a apresentação de um novo veículo híbrido, previsto para 22 de Abril de 2009, dia da Terra. O automóvel, com cinco portas, é mais pequeno e mais barato do que o actual Honda Civic híbrido e do seu rival da Toyota, Prius. Só no norte da América esperam-se vendas na ordem dos 100 mil, apontou Dick Colliver.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Nissan desenvolve pilha de célula de combustível revolucionária

A Nissan desenvolveu uma nova pilha de célula de combustível com o dobro da densidade de potência da anterior geração de pilhas. A inovação também possibilita uma redução de cerca de 35 por cento nos custos, devido à utilização de metade da platina usada, material essencial na produção de pilhas de células de combustível.

O dobro da densidade de potência é conseguido por meio de uma melhoria na condutividade do electrólito, onde as principais reacções químicas ocorrem, e de uma célula com estrutura mais densa, obtido com a substituição do carbono separador por um novo fino metal separador. O separador serve para separar o hidrogénio, oxigénio e água necessária para a reacção química. Ora, utilizando um revestimento específico a condutividade aumenta e previne a corrosão química, o que significa que aumenta a eficiência e durabilidade da pilha de célula de combustível.

Os testes efectuados até agora, no âmbito do Programa Nissan Verde 2010, apontam para que esta nova pilha esteja operacional no final do ano.

Jardim zoológico usa célula de combustível para produzir energia

O Henry Doorly Zoo, no estado do Nebraska, EUA, foi pioneiro na instalação de uma célula de combustível a hidrogénio para suprir as necessidades energéticas do jardim zoológico.

O zoo é conhecido pela sua imensa floresta tropical artificial, a maior do mundo com montes, vales, quedas de água, vegetação luxuriante e animais da Ásia, África e América do Sul, o que constituiu uma oportunidade única para testar a operação, instalação, manutenção e viabilidade de utilização de uma célula de combustível. Antes de ter esta célula de combustível, o zoo utilizava dois sistemas de cogeração com 60 kw para manter as necessidades climatéricas. Só que esta unidade apresentava muito ruído, frequentes quebras e muita manutenção.

O sistema com as células de combustível permite, por exemplo, produzir gelo à noite, fora das horas de pico, para satisfazer as necessidades de arrefecimento do zoo durante o dia, e faz parte de um lote de medidas empreendidas para controlar o consumo de energia nas instalações. O projecto iniciado há quatro anos como um projecto-piloto promete agora continuar graças aos resultados positivos.

Espanhóis desenvolvem célula de combustível a óxido sólido que funciona a baixa temperatura

Um novo electólito para células de combustível a óxido sólido, desenvolvido por investigadores espanhóis, é capaz de operar a temperaturas centenas de graus mais baixas do que os convencionais electrólitos. A descoberta poderá tornar as células de combustível mais práticas.

Jacobo Santamaria, do Departamento de Física Aplicada da Universidade Complutense de Madrid, e os seus colegas modificaram um electrólilto YSZ (yttria-stabilized zirconia), usado normalmente nas células de combustível de óxido sólido, para que funcionasse à temperatura ambiente da sala. Usualmente, estes electrólitos requerem temperaturas de mais de 700 °C. Combinado com algumas melhorias operadas no electrodo das células de combustível, a descoberta poderá baixar a temperatura a que as células de combustível operam habitualmente.

As células de combustível de óxido sólido são prometedoras para a próxima geração de fábricas porque são mais eficientes do que os convencionais sistemas geradores, como turbinas, além de que podem utilizar mais variedade de combustíveis do que outras células de combustível. O problema destas células é que as altas temperaturas necessárias para que operem com grande eficiência tornam-nas muito caras e de aplicação limitada. Assim, a descoberta espanhola está a ser encarada com um grande empurrão ao desenvolvimento e aplicação desta tecnologia num futuro próximo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Simposium HYPOTHESIS VIII realiza-se no próximo ano em Lisboa

Lisboa vai receber, entre 1 e 3 de Abril do próximo ano, o Simposium HYPOTHESIS VIII, que este ano tem o tema Hydrogen Systems and Materials for Sustainability. O evento pretende criar fóruns onde representantes da indústria, do público, de laboratórios, universidades e departamentos governamentais possam encontrar-se, discutir e assistir aos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos do hidrogénio.

O evento abordará os mais variados aspectos, desde os mais teóricos, passando pelos mais demonstrativos com a apresentação de protótipos já desenvolvidos em que o hidrogénio é utilizado como fonte de energia.

O primeiro simpósio deste género teve lugar em 1995, em Itália, e chegou no ano passado à sua sétima edição no México. Lisboa acolhe a oitava edição, no próximo ano.

A iniciativa conta com um conselho consultivo internacional, cujos membros integraram a organização das edições anteriores. Neste grupo estão nomes como Salvatore Cicconardi (Itália), Tor. O. Saetre, (Noruega), Nikolai V. Egorov (Rússia), Jochen Lehmann (Alemanha), Martino Marini (Itália), Antonio Valdés (Cuba) e Gerardo Arriaga (México).

terça-feira, 29 de julho de 2008

Programa do 2º Seminário Internacional sobre Economia do Hidrogénio

Neste ano o tema do seminário versa a Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental. Prevista está a participação dos ministros do Ambiente e da Economia, além de conhecidos especialistas como Filipe Duarte Santos, Viriato Soromenho Marques, Mario Batista Coelho, António Vidigal, entre outros.

No primeiro dia do evento está prevista a realização de um Workshop restrito em que será discutido o Roadmap para o hidrogénio, e desenvolvido um Plano de acção de médio prazo. Tendo em conta o carácter deste workshop, este está particularmente direccionado para as entidades que têm desenvolvido competências na área da Economia e Tecnologia do Hidrogénio. Já o segundo dia do seminário é aberto a todos os participantes, nomeadamente quadros superiores de empresas, administração local, regional e central, e sistemas científico e tecnológico.

Organizado pela AP2H2, o seminário conta com as parcerias da Câmara Municipal de Torres Vedras, dos projectos EDEN e ECOS e da Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano.

Programa
Dia 22 de Setembro

Manhã
Discussão do Road Map e definição de metas
Sessões paralelas – Tecnologias
• Pilhas de Combustível
• Produção e Armazenamento do Hidrogénio
Tarde
Sessões paralelas – Aplicações/Demonstrações
• Produção Estacionária
• Mobilidade
- Constituição de Consórcio

Dia 23 de Setembro
Seminário – Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental

ABERTURA
Presidente MTV
Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e DesenvolvimentoRegional – Professor Doutor Francisco Nunes Correia (*)
• key-note: Ameaças, desafios e oportunidades para Portugal num cenáriode condicionantes energéticas e ambientais; - Professor Luís Campos eCunha (*)

1º Tema – Sustentabilidade Energética e Ambiental
Moderador: Director Geral de Energia e Geologia, Dr. José Perdigoto (*)
Quioto e pós Quioto – Professor Filipe Duarte Santos (*)
Responsabilidade Social – Professor Viriato Soromenho Marques (*)
As mudanças no paradigma energético – Professor Mario Batista Coelho
A Economia do Hidrogénio – Plataforma Tecnológica Europeia
Criar o mercado do Hidrogénio - Plataforma Tecnológica Europeia

2º Tema – Experiências Internacionais
Moderador: Director Geral Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano – Eng. Victor Campos
Castilla de la Mancha
Orkney Renewable Energy Forum – Professor Gareth Davies
UNIDO/ Turquia
Road map para Portugal – Professor Doutor Rei Fernandes

3º Tema – Projecto ECOS/TVD
Moderador: Vice-Presidente da CMTV, Carlos Bernardes
Apresentação do Projecto ECOS – Eng. Victor Silva (CMMoura)
Mesa redonda – viabilidade local/regional de um cluster de energias alternativas; Eng. Victor Silva da CM Moura; Professor Mário Baptista Coelho da FCUL/UL; Presidente da EDP Inovação Eng. António Vidigal (*)

ENCERRAMENTO

Presidente MTV
Ministro da Economia e da Inovação – Professor Doutor Manuel Pinho (*)
Secretário Estado do Ordenamento do Território e das Cidades – ProfessorDoutor João Ferrão (*)
(*) – A confirmar

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Convite à participação no Workshop Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio

A AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio está a organizar no próximo dia 22 de Setembro um Workshop técnico-científico que visa o lançamento de um plano de acção para a dinamização da Sociedade do Hidrogénio e a valorização das oportunidades de criação de valor que estão a emergir.
Este Workshop integra-se no 2º Seminário Internacional sobre a Economia do Hidrogénio, a realizar em Torres Vedras a 22 e 23 de Setembro, cujo programa preliminar se anexa.

O Workshop tem como objectivos específicos:
1. Discutir e validar a proposta de Roadmap para a Sociedade do Hidrogénio elaborada no âmbito do projecto EDEN – Endogeneizar o Desenvolvimento de Energias Novas;

2. Definir objectivos, projectos e actividades, e identificar parceiros interessados em participar num novo projecto mobilizador a apresentar oportunamente ao QREN;

3. Contribuir para o estabelecimento de parcerias para projectos de investigação em consórcio;

4. Lançar o processo para a criação da Plataforma Tecnológica Portuguesa para o Hidrogénio e as Pilhas de Combustível (1), que assegure a interface com as actividades e o plano de acção da Joint Technology Initiative (2) para o Hidrogénio da UE.


A AP2H2 gostaria de contar com a sua participação nesta reflexão alargada, agradecendo o preenchimento e envio da ficha de manifestação de interesse (abaixo).

Participe, contamos consigo!

WORKSHOP: Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio
Torres Vedras, 22 de Setembro


Manifestação de Interesse

I. Identificação
1. Nome: _______________________________________________________________________
2. Empresa/ Instituição/ Grupo de Investigação: ________________________________________
_____________________________________________________________________________
3. Contactos: Tel.:_____________ Tmóvel:_____________ e-mail: _________________________

II. Áreas de Interesse no Hidrogénio (Consultar guião de tecnologias/ áreas de interesse)
1. Interesses no Hidrogénio e nas Pilhas de Combustível (actuais, a curto/médio prazo - 1/3 anos)
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
2. Projectos de IDT (passados, em curso, em preparação)
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3. Planos de Investimento na Economia do Hidrogénio (objectivos e prazo previsto)
_____________________________________________________________________________
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III. Participação no Workshop
1. Propostas de ideias[1]
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
2. Interesse em participar no Workshop: Sim_____ Não____________
Se Sim quais as principais motivações (obter informação sobre actividades nacionais ,procura de parceiros, projecto mobilizador, Plataforma Tecnológica Portuguesa para o Hidrogénio e as Pilhas de Combustível…)
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Anexo I


Guião de Tecnologias e de áreas de Interesse
1. Tecnologias
1.1 Tecnologias de Produção de Hidrogénio
a) Electrólise
b) Electrólise de Alta Temperatura
c) Reformação
d) Ciclos Termo electroquímicos
e) Hidretos Químicos
f) Algas
g) Novos “feedstocks” (identificar)
h) Biogás
1.2 Logística de H2
a) Armazenamento
- Reservatórios metálicos (até 200 bar)
- Reservatórios alta pressão (350, 700 bar)
- Hidretos Metálicos
- Carriers sintéticos
- Hidrogénio Líquido
- Outras (identificar)
b) Distribuição de H2
- Pipelines
- Estações de serviço
- Reforming on site
- Reforming on board
1.3 Tecnologia das Pilhas de Combustível
a) PEM baixa temperatura
b) PEM alta temperatura
c) PEM directa (metanol, etanol, amoníaco, borohidreto…)
d) Tecnologias de alta temperatura (SOFC, MCFC)
1.4 Integração de Tecnologias
1.5 Outras
2. Áreas de Intervenção
a) Aplicações portáteis
b) Aplicações móveis
c) Aplicações estacionárias baixa potência
d) Aplicações de tracção de pequena potência
e) Sector de transportes
f) Aplicações de microgeração
g) Aplicações estacionárias
h) Produção para a rede
i) Outras

3. Áreas científicas e tecnológicas
a) Materiais (membranas, eléctrodos, …)
b) Concepção e desenvolvimento de Pilhas
c) Integração de Pilhas
d) Sistemas de controle
e) Conversores DC/DC e inversores
f) Normalização
g) Segurança
h) Certificação de sistemas
i) Formação técnica e tecnológica
j) Divulgação científica
k) Estudos económicos
l) Estudos de impacte
m) Enquadramento legislativo
n) Outras

4. Tipologia de projectos
a) Projectos de ID não orientada
b) Investigação industrial
c) Desenvolvimento experimental
d) Projectos de demonstração
e) Investimento industrial
[1] (apresentação ideias de projectos a discutir no Workshop, identificando os objectivos e fundamentação sintética do respectivo interesse em termos científicos, tecnológicos, económicos ou sociais)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Would You Invest in Hydrogen Fuel Cell Technology?

From now until 2023, hydrogen fuel cell technology needs $200 billion in order to become cost-competitive with gasoline, according to a study by the Committee on Assessment of Resource Needs for Fuel Cell and Hydrogen Technologies. (The committee's chair is Michael Ramage, retired from Exxon Mobil Research Engineering).

According to the study, the needed funds would come from two main sources:
Government: $55 billion total, spread out over the next 15 years, in terms of incentives and subsidies.
Private investment: $145 billion total, to build up infrastructure and technology over the next 15 years. Part of the problem with the cost viability of hydrogen fuel cell cars is that platinum is an important material in their production, and platinum prices are rising. However, with the right investments, hydrogen fuel cell technology could compete with gasoline technology in terms of price.Honda (HMC) is already releasing a hydrogen fuel cell car, but its market is rather limited, since the infrastructure to fuel such cars doesn't exist -- and the car is a bit on the expensive side.But why can't we invest in the infrastructure? The government portion is $55 billion over 15 years. If the government continues offering tax breaks and subsidies to Big Oil at the 2006 level of $9 billion a year, that totals $135 billion over the next 15 years. That money is going to an already-profitable industry. Would it be so bad to give less than half that amount to develop an industry that has the potential to be cleaner, cost less and help reduce our dependence on foreign oil?Of course, hydrogen fuel cell technology isn't the only solution. Our energy woes require a suite of solutions.

The study concludes that a portfolio of technologies -- including hydrogen fuel-cell vehicles, improved efficiency of gasoline-powered vehicles, hybrids and use of biofuels -- 'has the potential to nearly eliminate oil demand from light-duty vehicles by the middle of this century, while reducing greenhouse-gas emissions to less than 20% of current levels.

Would you invest in a company that invests in hydrogen fuel cell technology?


http://www.istockanalyst.com/article/viewarticle+articleid_2416441~title_Would-You-Invest-in.html

Roadmap do Hidrogénio em Portugal apresentado em Setembro

As bases da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, em fase final de elaboração, deverão ser conhecidas em Setembro. Estas directrizes integram o Roadmap do Hidrogénio em Portugal, que está a ser ultimado no âmbito do Projecto EDEN- Endogeneizar o Desenvolvimento de Energias Novas e será apresentado no II Seminário Internacional - Economia do Hidrogénio a decorrer em Torres Vedras a 22 e 23 de Setembro.

O Roadmap aponta os impactes ambientais e económicos, bem como as oportunidades de negócio decorrentes da introdução do hidrogénio no mix energético nacional. No entanto, a adopção do hidrogénio como uma das vias para reduzir a dependência energética de Portugal só poderá ser concretizada com o apanágio do Governo. Por isso, a AP2H2 já solicitou uma reunião com o ministro da Economia, Manuel Pinho, estando a aguardar o seu agendamento.

O projecto EDEN foi lançado por um consórcio de empresas e entidades científicas, visando criar e dinamizar uma plataforma tecnológica nacional para maximizar oportunidades na economia e tecnologias nacionais na área do hidrogénio. A iniciativa conta com um investimento de 4,4 milhões de euros, e um incentivo de cerca de 3 milhões de euros, do PRIME.

O EDEN é composto por seis subprojectos, um dos quais (PPS6) respeita à elaboração de um Roadmap para a Sociedade de Hidrogénio, a cargo do Instituto Superior Técnico. Os restantes subprojectos versam a demonstração (PPS2), a integração de energias renováveis com células de combustível (PPS3), o desenvolvimento de uma unidade laboratorial para o estudo e desenvolvimento de pilhas de combustível (PPS4), o desenvolvimento de tecnologias de suporte (PPS5), e a gestão, divulgação, e disseminação dos resultados do projecto (PPS1). O Instituto Superior Técnico (IST), o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) e a empresa SER são os responsáveis destas iniciativas.

Para mais informação sobre o projecto consultar http://www.h2eden.com/

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Hidrogénio como vector de energia

Pela primeira vez na história da humanidade temos a capacidade de interferir de modo significativo nos sistemas globais do planeta Terra. Um dos exemplos mais notórios é a interferência antropogénica no sistema climático, formado por várias componentes: atmosfera, hidrosfera, criosfera, biosfera e litosfera.

Cerca de 80% das actuais fontes primárias globais de energia são combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural. A sua combustão e as alterações no uso dos solos, especialmente a desflorestação, provoca a emissão para a atmosfera de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2). Parte deste CO2 dissolve-se nos oceanos ou é absorvido pelas plantas verdes por meio da fotossíntese. A outra parte acumula-se na atmosfera provocando o aumento da concentração atmosférica que cresceu desde 280 ppmv (partes por milhão em volume) antes da revolução industrial até 384 ppmv em 2007. Por outras palavras, estamos a sobreutilizar a capacidade de sequestrar o CO2 atmosférico nos oceanos ou nas plantas. O problema da acumulação na atmosfera resulta de que o CO2 é um gás com efeito de estufa (GEE), isto é, que absorve a radiação infravermelha. Os principais GEE presentes na atmosfera são o vapor de água (H2O), cuja concentração é muito variável em função do local e do tipo de tempo que nele ocorre, o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozono (O3) e ainda outros produzidos por síntese química.

Há vários sinais inequívocos de alterações climáticas provocadas pela acumulação de gases com efeito de estuda na atmosfera provenientes de algumas actividades humanas. Para evitar uma interferência perigosa sobre o sistema climático é necessário diminuir a actual forte dependência a nível global dos combustíveis fósseis.

O hidrogénio é uma fonte secundária de energia muito atractiva do ponto de vista ambiental porque o produto da sua combustão é a água. Contudo, devido ao valor baixo da massa molecular do H2, não existe no estado livre na atmosfera terrestre, pelo que é primeiro necessário produzi-lo a partir de outras fontes de energia. Tem a vantagem de que a densidade de energia por unidade de massa de 120 MJ Kg-1 é bastante mais elevada do que a do petróleo, 45 MJKg-1. Porém à temperatura e pressão normais encontra-se no estado gasoso e tem uma densidade muito baixa. Para o densificar podemos liquefazê-lo, mas apenas a temperaturas muito baixas (-253ºC), o que representa um inconveniente para a sua armazenagem.

Consequentemente o desenvolvimento da “economia do hidrogénio” confronta-se com dois problemas significativos cuja solução não é simples: a produção e o modo de utilização do hidrogénio. Consideremos primeiro o último. A solução mais utilizada e promissora é a produção de electricidade a partir de uma pilha de combustível com o hidrogénio como combustível. As pilhas de combustível podem ser utilizadas para alimentar o motor eléctrico de veículos automóveis ou em instalações fixas para produzir electricidade com potências da ordem de alguns milhares de kW. O rendimento energético global de um par de pilhas de combustível – motor eléctrico, pode atingir valores da ordem de 50% a 60%, o dobro dos motores térmicos. Contudo permanecem ainda dois problemas principais; a utilização incontornável de um catalisador para ionizar os átomos de hidrogénio que normalmente é a platina ou metais raros, cujo custo é elevado, e a armazenagem do hidrogénio em que os riscos de inflamabilidade são uma preocupação importante.

A montante há que considerar a problemática da produção de hidrogénio. As principais vias já testadas são a electrólise da água, a produção a partir da biomassa e do gás natural e a gaseificação do carvão. A electrólise é o processo preferível em termos ambientais, dado que pode ser realizada sem utilizar combustíveis fósseis a partir de fontes primárias de energia renováveis ou de energia nuclear. A produção de hidrogénio a partir da gaseificação do carvão tem o problema de provocar emissões de CO2 para a atmosfera. Há ainda a possibilidade de produzir hidrogénio por fotólise da água com a radiação solar e por via catalítica, mas os rendimentos actuais destes processos são ainda muito baixos.

Em conclusão, a fileira do hidrogénio constitui uma contribuição importante e promissora para a solução da actual problemática da energia. É uma tecnologia que está a começar a penetrar os mercados da energia e cujo desenvolvimento irá depender muito dos investimentos em investigação científica e inovação tecnológica que se fizeram no sector.


Filipe Duarte Santos
SIM – Laboratório de Sistemas, Instrumentação e Modelação em Ciências e Tecnologias do Ambiente e do Espaço; FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PolyFuel desenvolve notebook alimentado a células de combustível

A PolyFuel anunciou o desenvolvimento de um protótipo, o Lenovo ThinkPad T40, que poderá ser apresentado como a primeira versão funcional do seu notebook a célula de combustível. Segundo a empresa, a sua célula de combustível proporciona o funcionamento ininterrupto do notebook apenas com a troca de pequenos cartuchos de metanol. Por isso, os fabricantes dos equipamentos informáticos estão de olho nesta tecnologia que poderá vir a ser integrada nos notebooks.

Jim Balcom, CEO da PolyFuel, salientou que: «a criação deste protótipo é um passo fundamental em direcção ao desenvolvimento de uma pilha de combustível referência que poderá superar as actuais baterias de lítio. Também assim estamos mais perto de concretizar o nosso objectivo final - a comercialização generalizada de computadores portáteis com tecnologia de células de combustível. »

Nissan apresenta carro a células de combustível

O Imperial College London está a ser o palco de demonstração do mais recente veículo com células de combustível construído pela Nissan. O automóvel tem uma autonomia de 500 quilómetros, após o que é necessário reabastecê-lo. De acordo com o fabricante antomóvel, o veículo pode chegar à velocidade máxima de 150 km por hora.

Para mais detalhes sobre o comportamento e as características do veículo clique em http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/7507795.stm

terça-feira, 8 de julho de 2008

AP2H2 aguarda reunião com Manuel Pinho

A AP2H2 solicitou uma reunião com o Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e o Director Geral da Direcção-Geral de Energia e Geologia, José Manuel Perdigoto, com o propósito de estabelecer as bases de um Plano de Acção para a Economia do Hidrogénio. Este plano está já a ser preparado pela AP2H2, sob a designação de Roadmap do Hidrogénio em Portugal, no âmbito do Projecto EDEN, devendo ser divulgado no Seminário Internacional Economia do Hidrogénio, a realizar a 22 e 23 de Setembro, em Torres Vedras.

Face à actual crise energética nacional e internacional, a associação pretende demonstrar que o hidrogénio pode ser o caminho da alternativa aos famigerados combustíveis fósseis. As várias iniciativas levadas a cabo nos últimos anos revelaram já que o hidrogénio tem condições para integrar o novo paradigma energético, no entanto, é ainda necessário criar as condições e apoiar as iniciativas que permitam ultrapassar as barreiras existentes à economia do hidrogénio, e gerir o processo de adaptação de forma a minimizar os custos sociais que necessariamente vão emergir.

A expectativa da AP2H2 é que o investimento nacional, devidamente programado, na economia do Hidrogénio, será gerador de múltiplos benefícios, pois sendo uma tecnologia acessível pode constituir um novo pólo de especialização da economia portuguesa no mercado global, com alto valor acrescentado e criador de emprego qualificado, além de satisfazer a procura energética, num quadro de autonomia.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Grande Prémio Fórmula Zero começa em Agosto

A primeira competição internacional para carros de corrida movidos a células de combustível terá lugar a 22 de Agosto. O campeonato Fórmula Zero 2008 terá lugar na cidade de Roterdão, Holanda. As seis equipes competidoras, do Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e Holanda, têm vindo a projectar, construir e testar intensivamente os seus veículos.

O Grande Prémio Fórmula Zero de Roterdão será um evento de dois dias. As equipes competirão nas corridas Sprint e Main, para estabelecer os melhores tempos de uma volta. Nos dois dias o público em geral pode comparecer e apreciar a corrida de veículos com células de combustível, ao vivo no centro da cidade.

Fórmula Zero é uma nova classe de corrida para carros de célula de combustível de um lugar. As emissões atmosféricas well to wheel serão nulas. Segundo os organizadores, a corrida de carros com emissão nula é uma plataforma perfeita para pesquisa e divulgação de tecnologias de propulsão avançada deste século. A classe de corrida Fórmula Zero começará com karts e evoluirá para carros maiores conforme o desenvolvimento tecnológico e o aumento da demanda dos consumidores por carros a hidrogénio.

Mercedes-Benz confirma venda de carros a hidrogénio a partir de 2010

A Mercedez-Benz confirmou que começará a produção em série dos seus veículos a hidrogénio, utilizando a plataforma do Classe-B, a partir de 2010. Com a iniciativa da Honda de produzir em série o FCX Clarity, a partir deste mês, bem como a General Motors, era já esperado este anúncio por parte da empresa alemã, uma das pioneiras no desenvolvimento de células a combustível desde 1994.

A fabricantes de automóveis alemã também revelou que está a trabalhar num novo design das células de combustível e dos veículos da Classe C e E, para que as células possam ser instaladas. Estas duas classes de veículos da Mercedes não têm o espaço disponível encontrado nos veículos Classe A e B, daí a necessidade de um novo design.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

AP2H2 organiza novo curso de formação em Setembro

O curso de formação Introdução às Pilhas de Combustível e Hidrogénio, organizado pela AP2H2 em dois módulos, realizou-se com um enorme sucesso. Por isso, esta experiência pioneira deverá ser repetida em Setembro, embora as datas exactas do novo curso estejam ainda a ser definidas pela AP2H2.

O entusiasmo dos 15 participantes, originários dos mais diversos sectores de actividade nomeadamente, dos Centros de Ciência Viva de Tavira, Sintra e Vila da Feira; da Agência de Energia do Centro; do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; do Geota; e do tecido empresarial, foi, aliás, um dos factores que levou a decisão de repetição do curso.

O objectivo desta iniciativa era que os intervenientes ficassem a conhecer o hidrogénio, no que respeita às formas de produção, tecnologias associadas, armazenamento, aplicações, expectativas de desempenho e regras de manuseamento.

O primeiro módulo, que decorreu a 29 e 30 de Maio, tinha como principal componente a teoria, enquanto o segundo módulo, que teve lugar a 16 e 17 de Junho, versou fundamentalmente a prática.

Entre os docentes contam-se Carmen Rangel (Coordenadora Científica), do INETI; João Toste de Azevedo, do IST; Rui Neto, do IST; Alexandra Pinto, da FEUP; João Martins, da FCT; José Campos Rodrigues, da SRE; Carlos Lopes, da Air Liquide; entre outros monitores do INETI.