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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Roteiro de baixo carbono inclui hidrogénio em 2040




Leia a posição crítica do Presidente da AP2H2 apresentada durante a consulta pública do Roteiro Nacional de Baixo Carbono (RNBC), que decorreu até 15 de Agosto. O documento tem como objectivo o estudo da viabilidade técnica e económica de trajectórias de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em Portugal até 2050, conducentes «a uma economia competitiva e de baixo carbono»:



«Relativamente ao RNBC não foi viável apresentar uma posição da Direção da AP2H2, dado se estar num período de férias. As opiniões que se exprimem são pois a título pessoal, sem prejuízo de posteriormente poderem vir a ser ratificadas ou reformuladas na sequencia de uma reflexão que sobre o tema a Direção entenda vir a fazer.

A questão principal para a AP2H2 é avaliar o quadro esperado de penetração do H2 no basket energético, até 2050, sua contribuição para o RNBC em 2050, e pressupostos e cenários que sustentem tais conclusões.

É um trabalho que me está simplificado, pois o Hidrogénio só é considerado no roteiro a partir de 2040, sem que haja a explicitação de quaisquer pressupostos que o justifiquem. Adicionalmente na lista de entidades e peritos ouvidos na realização do trabalho o Hidrogénio é ignorado. A AP2H2 não foi ouvida nem na lista de especialistas aparece algum especificamente conotado com o sector. Assim sendo fica-nos a questão de saber porquê e como o Hidrogénio é considerado no roteiro a partir de 2040. Gostaríamos de ser esclarecidos neste ponto.

A nossa perceção é que há uma continuidade com o trabalho anteriormente elaborado pela Prof. Júlia Seixas em 2010 sobre a penetração das energias renováveis na rede, trabalho esse que suscita à Associação sérias reservas no que se refere ao tratamento dado ao Hidrogénio.

A matriz a que tivemos acesso e que resume os dados relativos às cadeias de Hidrogénio é no mínimo questionável, e suscita serias reservas à Associação. Essa matriz necessitaria de ser amplamente trabalhada por especialistas, pois

demonstra um desconhecimento profundo do estado da arte e das perspetivas de evolução das tecnologias no médio longo prazo. Disponibilizámo-nos na altura para fazer uma leitura crítica da matriz junto da Prof. Júlia Seixas, mas não foi manifestado qualquer interesse em se fazer essa revisão.

Em conclusão, e em termos pessoais considero que no que se refere ao Hidrogénio o RNBC é um documento sem interesse, e que não pode servir de guia para a elaboração de um plano de penetração do H2 no basket energético,

dado as conclusões apresentadas não estarem minimamente suportadas e fundamentadas.

Sendo este tema transversal à EU (julgo que todos os Estados membros estarão a fazer exercícios semelhantes)desafiámos a European Hydrogen Association a dinamizar um WG que permita fazer uma comparação entre os diversos Estados dos parâmetros utilizados nas modelações realizadas relativamente ao Hidrogénio, e como

em cada Estado se prevê a contribuição do H2 para o respetivo Roteiro de Baixo Carbono.Julgo que as conclusões deste estudo transversal poderão ajudar a (in)validar as conclusões do relatório nacional podendo justificar novas simulações do modelo com outros dados.»





Campos Rodrigues

(Presidente da AP2H2)

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