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terça-feira, 29 de julho de 2008

Programa do 2º Seminário Internacional sobre Economia do Hidrogénio

Neste ano o tema do seminário versa a Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental. Prevista está a participação dos ministros do Ambiente e da Economia, além de conhecidos especialistas como Filipe Duarte Santos, Viriato Soromenho Marques, Mario Batista Coelho, António Vidigal, entre outros.

No primeiro dia do evento está prevista a realização de um Workshop restrito em que será discutido o Roadmap para o hidrogénio, e desenvolvido um Plano de acção de médio prazo. Tendo em conta o carácter deste workshop, este está particularmente direccionado para as entidades que têm desenvolvido competências na área da Economia e Tecnologia do Hidrogénio. Já o segundo dia do seminário é aberto a todos os participantes, nomeadamente quadros superiores de empresas, administração local, regional e central, e sistemas científico e tecnológico.

Organizado pela AP2H2, o seminário conta com as parcerias da Câmara Municipal de Torres Vedras, dos projectos EDEN e ECOS e da Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano.

Programa
Dia 22 de Setembro

Manhã
Discussão do Road Map e definição de metas
Sessões paralelas – Tecnologias
• Pilhas de Combustível
• Produção e Armazenamento do Hidrogénio
Tarde
Sessões paralelas – Aplicações/Demonstrações
• Produção Estacionária
• Mobilidade
- Constituição de Consórcio

Dia 23 de Setembro
Seminário – Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental

ABERTURA
Presidente MTV
Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e DesenvolvimentoRegional – Professor Doutor Francisco Nunes Correia (*)
• key-note: Ameaças, desafios e oportunidades para Portugal num cenáriode condicionantes energéticas e ambientais; - Professor Luís Campos eCunha (*)

1º Tema – Sustentabilidade Energética e Ambiental
Moderador: Director Geral de Energia e Geologia, Dr. José Perdigoto (*)
Quioto e pós Quioto – Professor Filipe Duarte Santos (*)
Responsabilidade Social – Professor Viriato Soromenho Marques (*)
As mudanças no paradigma energético – Professor Mario Batista Coelho
A Economia do Hidrogénio – Plataforma Tecnológica Europeia
Criar o mercado do Hidrogénio - Plataforma Tecnológica Europeia

2º Tema – Experiências Internacionais
Moderador: Director Geral Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano – Eng. Victor Campos
Castilla de la Mancha
Orkney Renewable Energy Forum – Professor Gareth Davies
UNIDO/ Turquia
Road map para Portugal – Professor Doutor Rei Fernandes

3º Tema – Projecto ECOS/TVD
Moderador: Vice-Presidente da CMTV, Carlos Bernardes
Apresentação do Projecto ECOS – Eng. Victor Silva (CMMoura)
Mesa redonda – viabilidade local/regional de um cluster de energias alternativas; Eng. Victor Silva da CM Moura; Professor Mário Baptista Coelho da FCUL/UL; Presidente da EDP Inovação Eng. António Vidigal (*)

ENCERRAMENTO

Presidente MTV
Ministro da Economia e da Inovação – Professor Doutor Manuel Pinho (*)
Secretário Estado do Ordenamento do Território e das Cidades – ProfessorDoutor João Ferrão (*)
(*) – A confirmar

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Convite à participação no Workshop Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio

A AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio está a organizar no próximo dia 22 de Setembro um Workshop técnico-científico que visa o lançamento de um plano de acção para a dinamização da Sociedade do Hidrogénio e a valorização das oportunidades de criação de valor que estão a emergir.
Este Workshop integra-se no 2º Seminário Internacional sobre a Economia do Hidrogénio, a realizar em Torres Vedras a 22 e 23 de Setembro, cujo programa preliminar se anexa.

O Workshop tem como objectivos específicos:
1. Discutir e validar a proposta de Roadmap para a Sociedade do Hidrogénio elaborada no âmbito do projecto EDEN – Endogeneizar o Desenvolvimento de Energias Novas;

2. Definir objectivos, projectos e actividades, e identificar parceiros interessados em participar num novo projecto mobilizador a apresentar oportunamente ao QREN;

3. Contribuir para o estabelecimento de parcerias para projectos de investigação em consórcio;

4. Lançar o processo para a criação da Plataforma Tecnológica Portuguesa para o Hidrogénio e as Pilhas de Combustível (1), que assegure a interface com as actividades e o plano de acção da Joint Technology Initiative (2) para o Hidrogénio da UE.


A AP2H2 gostaria de contar com a sua participação nesta reflexão alargada, agradecendo o preenchimento e envio da ficha de manifestação de interesse (abaixo).

Participe, contamos consigo!

WORKSHOP: Dinamizar a Sociedade do Hidrogénio
Torres Vedras, 22 de Setembro


Manifestação de Interesse

I. Identificação
1. Nome: _______________________________________________________________________
2. Empresa/ Instituição/ Grupo de Investigação: ________________________________________
_____________________________________________________________________________
3. Contactos: Tel.:_____________ Tmóvel:_____________ e-mail: _________________________

II. Áreas de Interesse no Hidrogénio (Consultar guião de tecnologias/ áreas de interesse)
1. Interesses no Hidrogénio e nas Pilhas de Combustível (actuais, a curto/médio prazo - 1/3 anos)
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_____________________________________________________________________________
2. Projectos de IDT (passados, em curso, em preparação)
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3. Planos de Investimento na Economia do Hidrogénio (objectivos e prazo previsto)
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III. Participação no Workshop
1. Propostas de ideias[1]
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2. Interesse em participar no Workshop: Sim_____ Não____________
Se Sim quais as principais motivações (obter informação sobre actividades nacionais ,procura de parceiros, projecto mobilizador, Plataforma Tecnológica Portuguesa para o Hidrogénio e as Pilhas de Combustível…)
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Anexo I


Guião de Tecnologias e de áreas de Interesse
1. Tecnologias
1.1 Tecnologias de Produção de Hidrogénio
a) Electrólise
b) Electrólise de Alta Temperatura
c) Reformação
d) Ciclos Termo electroquímicos
e) Hidretos Químicos
f) Algas
g) Novos “feedstocks” (identificar)
h) Biogás
1.2 Logística de H2
a) Armazenamento
- Reservatórios metálicos (até 200 bar)
- Reservatórios alta pressão (350, 700 bar)
- Hidretos Metálicos
- Carriers sintéticos
- Hidrogénio Líquido
- Outras (identificar)
b) Distribuição de H2
- Pipelines
- Estações de serviço
- Reforming on site
- Reforming on board
1.3 Tecnologia das Pilhas de Combustível
a) PEM baixa temperatura
b) PEM alta temperatura
c) PEM directa (metanol, etanol, amoníaco, borohidreto…)
d) Tecnologias de alta temperatura (SOFC, MCFC)
1.4 Integração de Tecnologias
1.5 Outras
2. Áreas de Intervenção
a) Aplicações portáteis
b) Aplicações móveis
c) Aplicações estacionárias baixa potência
d) Aplicações de tracção de pequena potência
e) Sector de transportes
f) Aplicações de microgeração
g) Aplicações estacionárias
h) Produção para a rede
i) Outras

3. Áreas científicas e tecnológicas
a) Materiais (membranas, eléctrodos, …)
b) Concepção e desenvolvimento de Pilhas
c) Integração de Pilhas
d) Sistemas de controle
e) Conversores DC/DC e inversores
f) Normalização
g) Segurança
h) Certificação de sistemas
i) Formação técnica e tecnológica
j) Divulgação científica
k) Estudos económicos
l) Estudos de impacte
m) Enquadramento legislativo
n) Outras

4. Tipologia de projectos
a) Projectos de ID não orientada
b) Investigação industrial
c) Desenvolvimento experimental
d) Projectos de demonstração
e) Investimento industrial
[1] (apresentação ideias de projectos a discutir no Workshop, identificando os objectivos e fundamentação sintética do respectivo interesse em termos científicos, tecnológicos, económicos ou sociais)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Would You Invest in Hydrogen Fuel Cell Technology?

From now until 2023, hydrogen fuel cell technology needs $200 billion in order to become cost-competitive with gasoline, according to a study by the Committee on Assessment of Resource Needs for Fuel Cell and Hydrogen Technologies. (The committee's chair is Michael Ramage, retired from Exxon Mobil Research Engineering).

According to the study, the needed funds would come from two main sources:
Government: $55 billion total, spread out over the next 15 years, in terms of incentives and subsidies.
Private investment: $145 billion total, to build up infrastructure and technology over the next 15 years. Part of the problem with the cost viability of hydrogen fuel cell cars is that platinum is an important material in their production, and platinum prices are rising. However, with the right investments, hydrogen fuel cell technology could compete with gasoline technology in terms of price.Honda (HMC) is already releasing a hydrogen fuel cell car, but its market is rather limited, since the infrastructure to fuel such cars doesn't exist -- and the car is a bit on the expensive side.But why can't we invest in the infrastructure? The government portion is $55 billion over 15 years. If the government continues offering tax breaks and subsidies to Big Oil at the 2006 level of $9 billion a year, that totals $135 billion over the next 15 years. That money is going to an already-profitable industry. Would it be so bad to give less than half that amount to develop an industry that has the potential to be cleaner, cost less and help reduce our dependence on foreign oil?Of course, hydrogen fuel cell technology isn't the only solution. Our energy woes require a suite of solutions.

The study concludes that a portfolio of technologies -- including hydrogen fuel-cell vehicles, improved efficiency of gasoline-powered vehicles, hybrids and use of biofuels -- 'has the potential to nearly eliminate oil demand from light-duty vehicles by the middle of this century, while reducing greenhouse-gas emissions to less than 20% of current levels.

Would you invest in a company that invests in hydrogen fuel cell technology?


http://www.istockanalyst.com/article/viewarticle+articleid_2416441~title_Would-You-Invest-in.html

Roadmap do Hidrogénio em Portugal apresentado em Setembro

As bases da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, em fase final de elaboração, deverão ser conhecidas em Setembro. Estas directrizes integram o Roadmap do Hidrogénio em Portugal, que está a ser ultimado no âmbito do Projecto EDEN- Endogeneizar o Desenvolvimento de Energias Novas e será apresentado no II Seminário Internacional - Economia do Hidrogénio a decorrer em Torres Vedras a 22 e 23 de Setembro.

O Roadmap aponta os impactes ambientais e económicos, bem como as oportunidades de negócio decorrentes da introdução do hidrogénio no mix energético nacional. No entanto, a adopção do hidrogénio como uma das vias para reduzir a dependência energética de Portugal só poderá ser concretizada com o apanágio do Governo. Por isso, a AP2H2 já solicitou uma reunião com o ministro da Economia, Manuel Pinho, estando a aguardar o seu agendamento.

O projecto EDEN foi lançado por um consórcio de empresas e entidades científicas, visando criar e dinamizar uma plataforma tecnológica nacional para maximizar oportunidades na economia e tecnologias nacionais na área do hidrogénio. A iniciativa conta com um investimento de 4,4 milhões de euros, e um incentivo de cerca de 3 milhões de euros, do PRIME.

O EDEN é composto por seis subprojectos, um dos quais (PPS6) respeita à elaboração de um Roadmap para a Sociedade de Hidrogénio, a cargo do Instituto Superior Técnico. Os restantes subprojectos versam a demonstração (PPS2), a integração de energias renováveis com células de combustível (PPS3), o desenvolvimento de uma unidade laboratorial para o estudo e desenvolvimento de pilhas de combustível (PPS4), o desenvolvimento de tecnologias de suporte (PPS5), e a gestão, divulgação, e disseminação dos resultados do projecto (PPS1). O Instituto Superior Técnico (IST), o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI), o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) e a empresa SER são os responsáveis destas iniciativas.

Para mais informação sobre o projecto consultar http://www.h2eden.com/

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Hidrogénio como vector de energia

Pela primeira vez na história da humanidade temos a capacidade de interferir de modo significativo nos sistemas globais do planeta Terra. Um dos exemplos mais notórios é a interferência antropogénica no sistema climático, formado por várias componentes: atmosfera, hidrosfera, criosfera, biosfera e litosfera.

Cerca de 80% das actuais fontes primárias globais de energia são combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural. A sua combustão e as alterações no uso dos solos, especialmente a desflorestação, provoca a emissão para a atmosfera de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2). Parte deste CO2 dissolve-se nos oceanos ou é absorvido pelas plantas verdes por meio da fotossíntese. A outra parte acumula-se na atmosfera provocando o aumento da concentração atmosférica que cresceu desde 280 ppmv (partes por milhão em volume) antes da revolução industrial até 384 ppmv em 2007. Por outras palavras, estamos a sobreutilizar a capacidade de sequestrar o CO2 atmosférico nos oceanos ou nas plantas. O problema da acumulação na atmosfera resulta de que o CO2 é um gás com efeito de estufa (GEE), isto é, que absorve a radiação infravermelha. Os principais GEE presentes na atmosfera são o vapor de água (H2O), cuja concentração é muito variável em função do local e do tipo de tempo que nele ocorre, o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozono (O3) e ainda outros produzidos por síntese química.

Há vários sinais inequívocos de alterações climáticas provocadas pela acumulação de gases com efeito de estuda na atmosfera provenientes de algumas actividades humanas. Para evitar uma interferência perigosa sobre o sistema climático é necessário diminuir a actual forte dependência a nível global dos combustíveis fósseis.

O hidrogénio é uma fonte secundária de energia muito atractiva do ponto de vista ambiental porque o produto da sua combustão é a água. Contudo, devido ao valor baixo da massa molecular do H2, não existe no estado livre na atmosfera terrestre, pelo que é primeiro necessário produzi-lo a partir de outras fontes de energia. Tem a vantagem de que a densidade de energia por unidade de massa de 120 MJ Kg-1 é bastante mais elevada do que a do petróleo, 45 MJKg-1. Porém à temperatura e pressão normais encontra-se no estado gasoso e tem uma densidade muito baixa. Para o densificar podemos liquefazê-lo, mas apenas a temperaturas muito baixas (-253ºC), o que representa um inconveniente para a sua armazenagem.

Consequentemente o desenvolvimento da “economia do hidrogénio” confronta-se com dois problemas significativos cuja solução não é simples: a produção e o modo de utilização do hidrogénio. Consideremos primeiro o último. A solução mais utilizada e promissora é a produção de electricidade a partir de uma pilha de combustível com o hidrogénio como combustível. As pilhas de combustível podem ser utilizadas para alimentar o motor eléctrico de veículos automóveis ou em instalações fixas para produzir electricidade com potências da ordem de alguns milhares de kW. O rendimento energético global de um par de pilhas de combustível – motor eléctrico, pode atingir valores da ordem de 50% a 60%, o dobro dos motores térmicos. Contudo permanecem ainda dois problemas principais; a utilização incontornável de um catalisador para ionizar os átomos de hidrogénio que normalmente é a platina ou metais raros, cujo custo é elevado, e a armazenagem do hidrogénio em que os riscos de inflamabilidade são uma preocupação importante.

A montante há que considerar a problemática da produção de hidrogénio. As principais vias já testadas são a electrólise da água, a produção a partir da biomassa e do gás natural e a gaseificação do carvão. A electrólise é o processo preferível em termos ambientais, dado que pode ser realizada sem utilizar combustíveis fósseis a partir de fontes primárias de energia renováveis ou de energia nuclear. A produção de hidrogénio a partir da gaseificação do carvão tem o problema de provocar emissões de CO2 para a atmosfera. Há ainda a possibilidade de produzir hidrogénio por fotólise da água com a radiação solar e por via catalítica, mas os rendimentos actuais destes processos são ainda muito baixos.

Em conclusão, a fileira do hidrogénio constitui uma contribuição importante e promissora para a solução da actual problemática da energia. É uma tecnologia que está a começar a penetrar os mercados da energia e cujo desenvolvimento irá depender muito dos investimentos em investigação científica e inovação tecnológica que se fizeram no sector.


Filipe Duarte Santos
SIM – Laboratório de Sistemas, Instrumentação e Modelação em Ciências e Tecnologias do Ambiente e do Espaço; FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PolyFuel desenvolve notebook alimentado a células de combustível

A PolyFuel anunciou o desenvolvimento de um protótipo, o Lenovo ThinkPad T40, que poderá ser apresentado como a primeira versão funcional do seu notebook a célula de combustível. Segundo a empresa, a sua célula de combustível proporciona o funcionamento ininterrupto do notebook apenas com a troca de pequenos cartuchos de metanol. Por isso, os fabricantes dos equipamentos informáticos estão de olho nesta tecnologia que poderá vir a ser integrada nos notebooks.

Jim Balcom, CEO da PolyFuel, salientou que: «a criação deste protótipo é um passo fundamental em direcção ao desenvolvimento de uma pilha de combustível referência que poderá superar as actuais baterias de lítio. Também assim estamos mais perto de concretizar o nosso objectivo final - a comercialização generalizada de computadores portáteis com tecnologia de células de combustível. »

Nissan apresenta carro a células de combustível

O Imperial College London está a ser o palco de demonstração do mais recente veículo com células de combustível construído pela Nissan. O automóvel tem uma autonomia de 500 quilómetros, após o que é necessário reabastecê-lo. De acordo com o fabricante antomóvel, o veículo pode chegar à velocidade máxima de 150 km por hora.

Para mais detalhes sobre o comportamento e as características do veículo clique em http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/7507795.stm

terça-feira, 8 de julho de 2008

AP2H2 aguarda reunião com Manuel Pinho

A AP2H2 solicitou uma reunião com o Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e o Director Geral da Direcção-Geral de Energia e Geologia, José Manuel Perdigoto, com o propósito de estabelecer as bases de um Plano de Acção para a Economia do Hidrogénio. Este plano está já a ser preparado pela AP2H2, sob a designação de Roadmap do Hidrogénio em Portugal, no âmbito do Projecto EDEN, devendo ser divulgado no Seminário Internacional Economia do Hidrogénio, a realizar a 22 e 23 de Setembro, em Torres Vedras.

Face à actual crise energética nacional e internacional, a associação pretende demonstrar que o hidrogénio pode ser o caminho da alternativa aos famigerados combustíveis fósseis. As várias iniciativas levadas a cabo nos últimos anos revelaram já que o hidrogénio tem condições para integrar o novo paradigma energético, no entanto, é ainda necessário criar as condições e apoiar as iniciativas que permitam ultrapassar as barreiras existentes à economia do hidrogénio, e gerir o processo de adaptação de forma a minimizar os custos sociais que necessariamente vão emergir.

A expectativa da AP2H2 é que o investimento nacional, devidamente programado, na economia do Hidrogénio, será gerador de múltiplos benefícios, pois sendo uma tecnologia acessível pode constituir um novo pólo de especialização da economia portuguesa no mercado global, com alto valor acrescentado e criador de emprego qualificado, além de satisfazer a procura energética, num quadro de autonomia.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Grande Prémio Fórmula Zero começa em Agosto

A primeira competição internacional para carros de corrida movidos a células de combustível terá lugar a 22 de Agosto. O campeonato Fórmula Zero 2008 terá lugar na cidade de Roterdão, Holanda. As seis equipes competidoras, do Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e Holanda, têm vindo a projectar, construir e testar intensivamente os seus veículos.

O Grande Prémio Fórmula Zero de Roterdão será um evento de dois dias. As equipes competirão nas corridas Sprint e Main, para estabelecer os melhores tempos de uma volta. Nos dois dias o público em geral pode comparecer e apreciar a corrida de veículos com células de combustível, ao vivo no centro da cidade.

Fórmula Zero é uma nova classe de corrida para carros de célula de combustível de um lugar. As emissões atmosféricas well to wheel serão nulas. Segundo os organizadores, a corrida de carros com emissão nula é uma plataforma perfeita para pesquisa e divulgação de tecnologias de propulsão avançada deste século. A classe de corrida Fórmula Zero começará com karts e evoluirá para carros maiores conforme o desenvolvimento tecnológico e o aumento da demanda dos consumidores por carros a hidrogénio.

Mercedes-Benz confirma venda de carros a hidrogénio a partir de 2010

A Mercedez-Benz confirmou que começará a produção em série dos seus veículos a hidrogénio, utilizando a plataforma do Classe-B, a partir de 2010. Com a iniciativa da Honda de produzir em série o FCX Clarity, a partir deste mês, bem como a General Motors, era já esperado este anúncio por parte da empresa alemã, uma das pioneiras no desenvolvimento de células a combustível desde 1994.

A fabricantes de automóveis alemã também revelou que está a trabalhar num novo design das células de combustível e dos veículos da Classe C e E, para que as células possam ser instaladas. Estas duas classes de veículos da Mercedes não têm o espaço disponível encontrado nos veículos Classe A e B, daí a necessidade de um novo design.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

AP2H2 organiza novo curso de formação em Setembro

O curso de formação Introdução às Pilhas de Combustível e Hidrogénio, organizado pela AP2H2 em dois módulos, realizou-se com um enorme sucesso. Por isso, esta experiência pioneira deverá ser repetida em Setembro, embora as datas exactas do novo curso estejam ainda a ser definidas pela AP2H2.

O entusiasmo dos 15 participantes, originários dos mais diversos sectores de actividade nomeadamente, dos Centros de Ciência Viva de Tavira, Sintra e Vila da Feira; da Agência de Energia do Centro; do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; do Geota; e do tecido empresarial, foi, aliás, um dos factores que levou a decisão de repetição do curso.

O objectivo desta iniciativa era que os intervenientes ficassem a conhecer o hidrogénio, no que respeita às formas de produção, tecnologias associadas, armazenamento, aplicações, expectativas de desempenho e regras de manuseamento.

O primeiro módulo, que decorreu a 29 e 30 de Maio, tinha como principal componente a teoria, enquanto o segundo módulo, que teve lugar a 16 e 17 de Junho, versou fundamentalmente a prática.

Entre os docentes contam-se Carmen Rangel (Coordenadora Científica), do INETI; João Toste de Azevedo, do IST; Rui Neto, do IST; Alexandra Pinto, da FEUP; João Martins, da FCT; José Campos Rodrigues, da SRE; Carlos Lopes, da Air Liquide; entre outros monitores do INETI.

Sistema binário de electrólitos melhora desempenho de células de combustível

Um grupo de cientistas britânicos descobriu que a combinação de duas tecnologias diferentes de células de combustível pode melhor o desempenho das células. A célula de combustível híbrida, desenvolvida por investigadores da Universidade de St Andrews, contém electrólitos de óxido sólido e de carbonato fundido.

As células de combustível de carbono directo têm como combustível o carbono sólido e normalmente utilizam electrólitos de óxido sólido ou de carbonato fundido para transportar os iões entre os eléctrodos.

John Irvine, da Universidade de St Andrews, e os colegas desenvolveram uma célula de combustível de carbono directo contendo os dois tipos de electrólitos. Os investigadores descobriram que o sistema binário de electrólitos reforça a oxidação do carbono, isto porque a oxidação ocorre não só na superfície do electrólito, mas também no chorume do electrólito de carbono.

O carbono sólido, proveniente de diversas fontes como carvão ou plantas, concentra bastante energia num pequeno volume, o que o torna num combustível bastante atractivo. De acordo com John Irvine, o carvão deverá ser uma grande fonte de energia no future, no entanto, terá de ser convertido em electricidade de uma forma mais eficiente de modo a que as emissões de carbono não venham a disparar. Assim, as células de combustível podem ser a resposta a este desafio. «As células de combustível de carbono têm níveis de eficiência muito elevados nesta conversão, e se for utilizado da forma mais correcta pode duplicar ou triplicar a quantidade de energia de determinada quantidade de carvão, quando comparado com a produção térmica convencional», salienta o investigador.