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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Estratégia Nacional para a Energia introduz hidrogénio no mix energético nacional


A Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio – AP2H2 , fundada em 2003, viu reconhecido o seu trabalho e esforço com a aprovação da Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020), publicada a 15 de Abril em Diário da República, e que será apresentada amanhã no Seminário Internacional de Torres Vedras.
O documento traça novas metas para a redução da dependência energética em cerca de 25 por cento, aumentando a aposta nas energias renováveis. E é neste capítulo que está incluído o Hidrogénio, assumindo, pela primeira vez, em termos oficiais, um papel no mix energético nacional.
«O desenvolvimento das tecnologias de pilhas de combustível a hidrogénio até 2020 tem um considerável potencial de alteração do paradigma energético actual, através de sinergias com a produção descentralizada de energia através de fontes renováveis e a promoção da eficiência energética. O potencial do hidrogénio como vector energético com capacidade de armazenamento de energia será avaliado enquanto forma de viabilizar a utilização de energias renováveis em larga escala e de promover soluções inovadoras no sector dos transportes. Será preparado um roteiro destas tecnologias, em linha com as iniciativas do SET-PLAN e as perspectivas de evolução a nível internacional», refere o documento.

«O documento marca uma nova data histórica para a AP2H2. É um primeiro marco pelo qual temos vindo a trabalhar, conscientes e cientes do papel que essas tecnologias podem e devem desempenhar na viabilização do novo modelo energético em que as energias renováveis terão uma contribuição largamente maioritária», sublinha o presidente da AP2H2, José Campos Rodrigues.

Recorde-se que o seminário pretende analisar as experiências internacionais na demonstração destas tecnologias, avaliar o estado da arte e debater a viabilidade da sua contribuição para a satisfação das necessidades energéticas nacionais. Também amanhã está prevista uma sessão de apresentação de papers científicos. A fechar o evento estará Maria da Graça Carvalho, do Parlamento Europeu e Carlos Zorrinho, Secretário de Estado da Economia e da Inovação.

Começa hoje o 3º Seminário Internacional sobre Economia do Hidrogénio

O 3º Seminário Internacional de Torres Vedras, dedicado ao Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade, que começa hoje no Pavilhão da ExpoTorres em Torres Vedras, abre com o vice-presente da autarquia, Carlos Bernardes; o representante da rede europeia Hyramp, Luís Correa; e o representante do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares do Brasil, Marcelo Linardi.

Nas sessões de hoje serão ainda conhecidas várias experiências internacionais de utilização das tecnologias de hidrogénio e das pilhas de combustível, nomeadamente de Espanha, Estados Unidos e Grécia.

Do lado nacional serão partilhadas as experiências com o projecto do Porto Santo, bem como o trabalho desenvolvido pelas empresas Tecnoveritas e Multisector Norte. Destaque ainda para a participação de Fernando Carvalho Rodrigues, Conselheiro científico senior da NATO, que falará sobre a temática: Energia - um recurso escasso.

As mesas redondas versam questões como a aplicação das tecnologias de hidrogénio em sistemas de cogeração e microgeração, e ainda os financiamentos e apoios existentes para projectos nestes domínios.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Seminário Internacional de Torres Vedras começa já amanhã


É já amanhã que começa o 3º Seminário Internacional de Torres Vedras, este ano dedicado ao Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade. O evento decorre até sexta-feira no pavilhão ExpoTorres, em Torres Vedras.


O seminário tem o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e conta com a participação do Secretário de Estado da Economia e Inovação, Carlos Zorrinho. Empresas, investigadores, cientistas e toda uma série de personalidades ligadas ao segmento da energia e das energias renováveis completam a lista de participantes e oradores do evento. Colocar o hidrogénio na agenda política nacional é o grande mote dos organizadores.


Consulte o programa aqui.

Não deixe de aparecer, contamos consigo!



segunda-feira, 26 de abril de 2010

Custódio Miguens: Pólo de competitividade de energia pode apoiar projectos de hidrogénio e células de combustível


Em entrevista à AP2H2, Custódio Miguens, Presidente da Direcção da ENERGY IN - Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia e um dos oradores no 3º Seminário Internacional de Torres Vedras, fala dos mais recentes passos dados pelo pólo, que se pretende afirmar como entidade de referência no domínio da investigação energética nacional.


Em que fase se encontra actualmente o Pólo de competitividade em Energia?
Só no final de Janeiro de 2010 foram indigitados os Coordenadores das nossas 5 fileiras prioritárias de intervenção. Só a partir daí o Pólo teve condições para poder desenvolver a sua actividade. Desde então elaborámos um plano de actividades (que vamos agora debater e aperfeiçoar com os nossos Associados) e preparámo-nos para submeter alguns projectos ao QREN, para o que aguardamos o lançamento das candidaturas.


Quantas empresas estão já associadas? Quais as áreas ou sectores de actividade?
Actualmente temos 10 Associados distribuídos por dois grupos de interesses. De um lado, temos grandes empresas interessadas em fomentar e testar novas tecnologias e novas soluções, com vista à criação de novas opções de crescimento. De outro lado, temos produtores de bens de equipamento e fornecedores de serviços com elevado conteúdo tecnológico, que desejam desenvolver novas tecnologias e novas capacidades para melhorarem a sua competitividade no mercado global.
Além destes 10 Associados que já formalizaram a sua adesão, outras 12 empresas já nos fizeram saber que também desejam aderir. E contamos vir a ter muitos mais Associados, especialmente depois de termos criado o nosso website, que está agora em construção.


Qual o plano de acção ou de actividades do Pólo para este e o próximo ano?
Anunciaremos o nosso plano de actividades brevemente, depois de o termos debatido com os nossos Associados e Parceiros, onde se incluem um Conselho Científico e um Conselho Consultivo.


Qual o investimento previsto?
Primeiro, precisamos de conhecer os apoios que serão atribuídos aos nossos projectos, antes de podermos fazer qualquer estimativa. Como se sabe - e isso não acontece apenas em Portugal - o investimento em I,D&D e, dum modo geral, em inovação, é repartido entre o Estado e as Empresas, pois estamos a falar de capital de risco (que as Empresas investem sempre com parcimónia) e não devemos esquecer que o Estado é também um dos beneficiários da inovação bem sucedida.


Quais os projectos ou que tipo de projectos estão na calha para virem a ser apoiados ou desenvolvidos no âmbito das actividades do Pólo?
Os projectos que temos em carteira vão desde a criação de infra-estruturas (cito o exemplo da criação do Instituto de Energia Offshore, que deverá construir uma zona de testes para protótipos, no mar) até projectos-piloto de várias tecnologias emergentes, soluções para o carregamento das baterias dos futuros veículos eléctricos, desenvolvimento de redes inteligentes, projectos de edifícios sustentáveis, desenvolvimento de dispositivos que ajudem a fazer uma boa gestão da procura de energia nos sectores residencial, terciário e industrial, aproveitamento da energia solar nos edifícios e muitos outros.
Também não queremos esquecer aqueles projectos que, não "sonhando" com rupturas tecnológicas, têm componentes inovadoras combinadas com sentido prático, que podem acrescentar muito valor a aplicações actuais. É, por exemplo, o caso de projectos de tele-manutenção de torres eólicas (cuja utilidade será multiplicada diversas vezes no caso de instalações offshore) ou de desenvolvimento de novos materiais para aplicações específicas.


Que papel poderá estar reservado para as pilhas de combustível e o hidrogénio no âmbito das actividades do Pólo?
O Pólo da Energia procurará apoiar todas (sublinho todas) as soluções tecnológicas e parcerias que ofereçam boas oportunidades à indústria nacional, contribuindo para que esta melhore a sua competitividade no mercado global. A única condição é que haja Empresas interessadas em aproveitar essas oportunidades e dispostas a trabalhar conjuntamente com o Pólo.
Sendo certo que o hidrogénio não figura entre as 5 Fileiras Prioritárias do PCTE (o que se explica por não estar entre as principais prioridades dos seus Associados Fundadores) nada impede que venha a figurar entre as nossas prioridades no futuro, se do lado da Comunidade Empresarial houver essa manifestação de interesse e um plano de trabalho consistente. E mesmo no estado actual, nada impede que a gestão do Pólo se empenhe em bons projectos na vertente do hidrogénio, ou das pilhas de combustível, se existirem também o interesse da indústria nacional e indícios de viabilidade económica futura.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Seminário Internacional de Torres Vedras conta com Alto Patrocínio da Presidência da República


No dia em que se comemora o Dia da Terra, o 3º Seminário Internacional de Torres Vedras, dedicado ao Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade, que se realiza na próxima semana nos dias 29 e 30 de Abril, obteve o Alto Patrocínio da Presidência da República.


O evento tem uma componente internacional muito forte, com sete oradores, representantes de empresas que trabalham no domínio das tecnologias do hidrogénio e de entidades envolvidas na implementação de projectos que envolvem a utilização do hidrogénio e das pilhas de combustível. Além de uma grande participação espanhola, estarão ainda representantes do Canadá, Brasil e Grécia que vão partilhar as suas experiências. Dos EUA estará também um investigador para falar de uma das pesquisas mais avançadas nesta área – a amónia – que poderá viabilizar a utilização do Hidrogénio, nomeadamente no domínio da mobilidade.


Durante o seminário estará em circulação na cidade de Torres Vedras um minibus movido a hidrogénio. Outros veículos que utilizam estas tecnologias estarão disponíveis no espaço expositivo existente no pavilhão ExpoTorres, onde tem lugar o evento.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ENE 2020 marca uma nova data histórica para a AP2H2


É com satisfação que a AP2H2 acolhe a recentemente publicada Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020), Resolução do Conselho de Ministros 29/2010.


É um documento ambicioso, que identifica claramente a energia como um novo vector de especialização da economia Portuguesa, criador de riqueza, de postos de trabalho e assegurando uma diminuição sustentada e racional das dependências energéticas de hoje (uma das maiores vulnerabilidades actuais da economia Portuguesa).


Sendo um documento ambicioso terá que ser mobilizador das vontades nacionais, empresariais, de conhecimento, das várias comunidades de interesse para que as suas metas possam ser atingidas. Ganha o País que por essa via poderá encontrar uma sustentabilidade e competitividade acrescida no médio prazo no mercado global.


É igualmente um documento que marca uma nova data histórica para a AP2H2. Por ele vê reconhecida a entrada das tecnologias do Hidrogénio nas agendas energética, económica e ambiental. É um primeiro marco pelo qual temos vindo a trabalhar, conscientes e cientes do papel que essas tecnologias podem e devem desempenhar na viabilização do novo modelo energético em que as energias renováveis terão uma contribuição largamente maioritária.


O documento anuncia a elaboração de um roteiro para estas tecnologias em linha com as iniciativas do SETPLAN e as perspectivas de evolução a nível internacional. È a acção que hoje se impões estando a AP2H2 disponível para colaborar e participar com todos os seus meios, mobilizando e envolvendo os seus associados, para que esse exercício seja realizado com a objectividade e qualidade que se exige, com uma participação alargada dos agentes actuais e potenciais tendo em vista a mobilização que as metas ambiciosas exigem.


O 3º Seminário Internacional de Torres Vedras (29 e 30 de Abril) dedicado à temática do Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade não poderia assim ser mais oportuno. É uma primeira ocasião, que já se insere na ENE 2020, para analisarmos as experiencias internacionais na demonstração destas tecnologias, avaliarmos o estado da arte e debatermos a viabilidade da sua contribuição para a satisfação das necessidades energéticas nacionais, na linha das orientações estratégicas e dos objectivos definidos pela ENE 2020.


Com uma participação internacional alargada, o Seminário será pois a oportunidade que queremos salientar para todos os interessados nas políticas energéticas e económicas se informarem, se questionarem e estabelecerem contactos e ligações internacionais e nacionais para parcerias para novas iniciativas e projectos.


Reforçamos a qualidade do programa que se anexa. Desafiamo-lo a participar ou a fazer-se representar. Estou certo que será uma participação gratificante com vantagens pessoais e institucionais.


Espero assim vê-lo em Torres Vedras no próximo dia 29 de Abril.
Bem-vindo!

O Presidente da AP2H2,
José João Campos Rodrigues

sábado, 17 de abril de 2010

Carlos Zorrinho participa no 3º Seminário Internacional de Torres Vedras


Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Economia e Inovação, confirmou a sua presença no 3º Seminário Internacional de Torres Vedras, que terá lugar na ExpoTorres, em Torres Vedras, nos dias 29 e 30 de Abril. O governante participará na última sessão do segundo dia do evento, que tem como mote colocar o hidrogénio na agenda política nacional.


O segundo dia do seminário está mais direccionado para a política energética interna, sendo que os principais painéis de discussão têm como tema O Hidrogénio Renovável em Portugal em 2020/2030; e a Competitividade do Hidrogénio Renovável. Já o primeiro dia está mais vocacionado para a partilha de experiências e projectos de demonstração verificados nos mais variados países.


O evento conta, nesta terceira edição, com uma forte componente internacional, nomeadamente oradores de Espanha, Brasil, Canadá, Grécia e Estados Unidos.




Manifesto por uma nova política energética em Portugal


1. A energia encontra-se na base do desenvolvimento económico de qualquer país. No caso de Portugal, em que a situação económica se tem vindo a degradar de forma vertiginosa nos últimos anos, com crescimentos insignificantes do PIB, sempre abaixo da média da União Europeia, a política energética carece de uma profunda revisão, na medida em que os custos associados à energia podem ter reflexos extremamente negativos nas condições de vida dos cidadãos e na actividade das empresas.
Existe um consenso alargado de que o nosso país terá de fazer uma aposta importante na sua competitividade internacional e para isso, é necessário que as nossas empresas disponham de energia a preços internacionalmente competitivos.
Os efeitos da actual política energética, principalmente no sector da electricidade, são particularmente graves, pois perdurarão negativamente mesmo que sejam eliminados os outros factores de atraso económico e condicionará qualquer possibilidade de atracção de investimento, seja ele nacional ou estrangeiro. Todas as estratégias de saída da crise se baseiam na necessidade de aumento da competitividade empresarial, que o custo da energia irá prejudicar.

2. Tem-se procurado convencer a opinião pública do pretenso sucesso da actual política energética, chegando ao ponto de tentar passar a ideia de que Portugal está a dar lições ao mundo em termos de tecnologias da energia, uma originalidade que, alegadamente, permitiria ao país dispor de uma economia extremamente competitiva no século XXI.
Esta mensagem não podia estar mais longe da realidade.
A actual política energética tem vindo a ser dominada por decisões que se traduzem pela promoção sistemática de formas de energia "politicamente correctas", como a eólica e a fotovoltaica, mas que apenas sobrevivem graças a imposições de carácter administrativo que garantem a venda de toda a produção à rede eléctrica a preços injustificadamente elevados.

3. A natureza intermitente e incontrolável das energias eólica e fotovoltaica torna-as incapazes de satisfazer, não só a totalidade do consumo, como a potência necessária em determinadas horas do dia e épocas do ano, o que exige que se continue a dispor de centros produtores controláveis de substituição e a recorrer com frequência a importações de Espanha.
Assim sendo, apesar das melhorias decorrentes do DL 33-A/2005, que impôs o aumento da incorporação de valor nacional nas eólicas e a redução das tarifas a praticar pelos novos operadores, a verdade é que a corrida a estas energias não tem tido um efeito sensível na redução do endividamento externo.
Por outro lado, a multiplicação de fontes primárias intermitentes dificulta cada vez mais o controlo global do sistema eléctrico. Tanto pode forçar alguns dos centros produtores tradicionais a regimes de funcionamento limitados e ineficientes, como, em certas épocas do ano, pode obrigar a dissipar, ou a exportar a preço nulo (!) a produção renovável em excesso.

4. A subsidiação concedida aos produtores destas formas de energia é ainda excessiva e tem contribuído para agravar de forma injustificada os preços da energia eléctrica ao consumidor final, em particular das famílias, sobre os quais a legislação faz recair o sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE).
O sobrecusto da PRE, se reflectido de imediato nas tarifas de electricidade, daria origem a aumentos incomportáveis, uma perspectiva eleitoralmente inconveniente e razão pela qual tem vindo a ser dissimulado numa conta controversa, o chamado "défice tarifário".
Este défice não é mais do que uma dívida que as famílias vão ter de pagar, ao longo de vários anos, juntamente com os juros decorrentes da dívida junto das instituições bancárias. Na verdade, face à garantia dada pelo Estado através do DL 165/2008, o défice tarifário constitui já uma forma de dívida pública oculta.
Em 2009 o défice tarifário acumulado atingiu um valor assustador, superior a 2000 milhões de Euros. E, a manter-se a actual política, é inevitável que o sobrecusto destas fontes de energia venha a crescer nos próximos anos, o que conduzirá a um aumento brutal do preço da electricidade para os consumidores, agravando inexoravelmente não só as condições de vida de todos os portugueses como a competitividade exportadora nacional.

5. Para tornar o panorama mais sombrio, está em curso a construção de empreendimentos hidroeléctricos dotados de equipamentos reversíveis, alegadamente destinados a "armazenar o excesso de produção eólica" mediante bombagem hidroeléctrica, um projecto a que foi dada a designação de "complementaridade hídrica-eólica".
Embora se reconheça a vantagem destes empreendimentos na melhoria da gestão global do sistema eléctrico, bem como na constituição de reservas estratégicas de água, a bombagem hidroeléctrica é um processo que enferma de perdas inevitáveis de energia, pelo que acabará por redundar no desperdício da energia eólica e fotovoltaica utilizada na bombagem.
Além disso, sendo a energia dos parques eólicos actualmente em exploração vendida à rede eléctrica nacional a preços que frequentemente triplicam o valor corrente de mercado, a complementaridade hídrica-eólica não faria qualquer sentido para as empresas concessionadas se não fossem os consumidores a suportar os sobrecustos da produção eólica.

6. A subsidiação do sobrecusto das energias renováveis não pode constituir uma prática permanente. Apenas se poderá justificar por períodos limitados de tempo e em fases iniciais próprias dos processos de desenvolvimento tecnológico. Em Portugal tem sido uso corrente tentar viabilizar à força mesmo aquelas que uma análise económica rigorosa teria eliminado à partida.
Todas as formas de produção de energia eléctrica que são privilegiadas pela política de preços administrativos revelam valores várias vezes superiores aos de mercado. Para além da energia de origem eólica, a um preço médio de aquisição em 2010 de 91 Euros/MWh, a fotovoltaica tem um preço de 344 Euros/MWh e no caso da micro-geração doméstica, para quantidades garantidas e já comercialmente relevantes, os preços são de 587 Euros/MWh. Tudo isto constitui uma verdadeira aberração económica cujas consequências dramáticas para a economia do país são já evidentes a partir dos dados publicados pela ERSE.

7. O Governo português assumiu, como inquestionável, que seria possível conseguir uma substituição progressiva e eficaz das fontes térmicas tradicionais (petróleo, carvão e gás) pelas fontes renováveis (hídrica, eólica, solar e outras). Todavia, não obstante o esforço observado nas tentativas de diversificação, em que se incluíram opções irrealistas à mistura com muito voluntarismo, os resultados foram vincadamente negativos, e darão origem a um enorme aumento dos preços da electricidade para as famílias e as empresas.
Por outro lado, não tem havido o cuidado de esclarecer devidamente a opinião pública acerca da discrepância entre as potências instaladas nos parques eólicos e fotovoltaicos e os valores da energia efectivamente produzida. De facto, em virtude da sua intermitência, estas fontes primárias apenas poderiam ser complementares dos centros produtores tradicionais, mais controláveis e muito mais disponíveis.

8. Para ilustrar a incapacidade da actual politica para reduzir a nossa dependência energética, bastará referir que em 2008, ultimo ano de que existem dados publicados pela DGEG, o saldo liquido da factura energética portuguesa atingiu o valor de 8219 milhões de Euros, ao passo que em 1998 não ultrapassava 1464 milhões de Euros .
A valores constantes de 1998 o aumento verificado nestes dez anos atingiu 322 % e foi devido, sobretudo, ao enorme incremento da factura relativa a combustíveis fósseis como o petróleo e o gás natural, cuja importação a actual política energética não conseguiu reduzir.
E, não obstante os enormes subsídios entretanto concedidos aos investimentos nas "novas energias renováveis", o total conjunto da rubrica "Eólica, Geotérmica e Fotovoltaica" em 2008 representou apenas 2,11 % do consumo total de energia primária em Portugal, tendo-se mantido a dependência energética em redor de 83 % ao longo dos últimos dez anos.

Assim, os signatários consideram fundamental exigir uma avaliação técnica e económica, independente e credível, da política energética nacional, de forma a ter em conta todas as alternativas energéticas actualmente disponíveis, com o objectivo inequívoco de reduzir os preços da energia com que são confrontados os cidadãos e as empresas, a par de garantir uma maior segurança energética e uma verdadeira redução do défice da balança comercial.

ALEXANDRE RELVAS - Empresário
ALEXANDRE PATRÍCIO GOUVEIA - Economista e gestor
ÂNGELO ESTEVES - Engenheiro
ANTÓNIO BORGES - Economista e Prof. ISCTE
ANTÓNIO CARDOSO E CUNHA - Engenheiro
AUGUSTO BARROSO - Prof. UNL e Presidente da Sociedade Portuguesa de Física
BRUNO BOBONE - Empresário e Presidente da ACL
CARLOS ALEGRIA - Engenheiro e Prof. IST
CLEMENTE PEDRO NUNES - Engenheiro e Prof. IST
DEMÉTRIO ALVES - Engenheiro
FERNANDO MENDES DOS SANTOS - Gestor
FERNANDO SANTO - Engenheiro
FRANCISCO VAN ZELLER - Engenheiro
HENRIQUE NETO - Empresário
HORÁCIO PIRIQUITO - Empresário e Jornalista
JAIME DA COSTA OLIVEIRA - Físico e Investigador- coordenador
JAIME RIBEIRO - Engenheiro
JOÃO DUQUE - Prof. e Presidente do ISEG
JOÃO SALGUEIRO - Economista e Prof. UNL
JORGE PACHECO DE OLIVEIRA - Engenheiro
JOSÉ LUIS PINTO DE SÁ - Engenheiro e Prof. IST
LUIS CAMPOS E CUNHA - Economista e Prof. UNL
LUIS MALHEIRO DA SILVA - Engenheiro
LUIS MIRA AMARAL - Engenheiro e Prof. IST
LUIS VALENTE DE OLIVEIRA - Engenheiro e Prof. FEP
MANUEL AVELINO DE JESUS - Prof. e Presidente do ISG
MANUEL LANCASTRE - Engenheiro
MIGUEL CADILHE - Economista
MIGUEL HORTA E COSTA - Gestor
NUNO FERNANDES TOMÁS - Gestor
PEDRO SAMPAIO NUNES - Engenheiro
PEDRO FERRAZ DA COSTA - Empresário
SÉRGIO FERREIRA - Economista e Prof. ISEG

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Galp patrocina Seminário Internacional de Torres Vedras


A Galp é uma das mais recentes entidades a associar-se ao Seminário Internacional de Torres Vedras – Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade, que decorrerá entre 29 e 30 de Abril. A petrolífera nacional é uma das patrocinadoras do evento, que terá lugar no pavilhão ExpoTorres, em Torres Vedras.

A iniciativa é da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio, Associação EDEN e Câmara Municipal de Torres Vedras. A organização também conta com a EDP Inovação, Multisector Norte, IDMEC – IST, LNEG.

Entre as entidades patrocinadoras está ainda a REN – Redes Energéticas Nacionais, a EDP, Direcção Geral de Energia e Geologia e Tecnoveritas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Autocarro movido a hidrogénio circula em Torres Vedras durante seminário sobre Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade


Um autocarro movido a hidrogénio vai percorrer as ruas de Torres Vedras, durante os dias 28, 29 e 30 de Abril. O veículo, cedido pela ExpoSagaroça, é um dos Gulliver eléctricos convertidos a células de combustível, que esteve em demonstração durante a Expo Zaragoza 2008, e estará em Portugal no âmbito do Seminário Internacional de Torres Vedras – Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade, que decorrerá entre 29 e 30 de Abril.


O Gulliver estará disponível para a população local, através da realização de determinados percursos, bem como para os participantes do evento, mediante a inscrição nos passeios definidos.


O autocarro chegará a Portugal no próximo dia 27, e conta com o patrocínio da empresa de transportes Barraqueiro, de acordo com a organização do evento. Depois do Porto ter acolhido o projecto HyFleet: CUTE em 2004, em que circularam três autocarros movidos a hidrogénio na cidade, a organização do evento consegue trazer novamente ao país uma tecnologia ainda pouco conhecida do público em geral.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Call for Papers do workshop Desenvolvimentos nas Tecnologias de Hidrogénio fecha amanhã


Os interessados em fazer apresentações no Workshop Desenvolvimentos nas Tecnologias de Hidrogénio, que vai ter lugar no dia 30 de Abril no âmbito do Seminário Internacional de Torres Vedras – Hidrogénio, Energia e Sustentabilidade, têm até amanhã para submeter os seus papers.


Os documentos serão submetidos à Comissão Científica, constituída por Carmen Rangel, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Jorge Frade, da Universidade de Aveiro, Toste de Azevedo, do Instituto Superior Técnico, e A. Pinto, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Os papers seleccionados serão conhecidos dia 15 de Abril.


Recorde-se que os temas a abordar são variados, desde a produção de hidrogénio, infra-estruturas de armazenamento e distribuição, aplicação em transportes, sistemas estacionários, entre outros. Para mais informações consulte http://h2ecocommunity.com/CallPapers.aspx

O evento é promovido pela Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio, Associação EDEN e Câmara Municipal de Torres Vedras. A organização também conta com a EDP Inovação, Multisector Norte, IDMEC – IST, LNEG.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alemanha lança campanha nacional de promoção do hidrogénio



O Programa Nacional de Inovação em Hidrogénio e Células de Combustível (PIN), lançado a 16 de Fevereiro, encetou uma campanha de informação na Alemanha, intitulada "Mudar de Energia", direccionada à tecnologia do hidrogénio e das células de combustível.


Em mais de 40 eventos por toda a Alemanha a campanha demonstra a tecnologia de hidrogénio e de célula combustível , os locais onde já se encontra disponível e o potencial que este domínio tem. Os eventos são regionais, de modo a garantir um contacto próximo com o público, isto porque as novas tecnologias necessitam de aceitação da população.


O Secretário de Estado dos Transportes alemão confessou ser um "fã" da tecnologia do hidrogénio, sublinhando que a recente mudança no governo não teve nenhum efeito sobre os programas nacionais de apoio. O Programa Nacional de Inovação em Hidrogénio e Células de Combustível e a respectiva empresa de projecto conta agora com o apoio do ministério alemão.


A Alemanha tem uma posição de liderança no mundo nesta área e pretende mantê-lo. O objectivo é ter um milhão de veículos eléctricos nas estradas até 2020, e a expectativa é que 500,000 tenha uma célula de combustível. O ministro assegurou ainda que no início de Maio será fundada uma plataforma de mobilidade eléctrica nacional pelo Chanceler Federal, e esta tecnologia vai ter o seu devido lugar. «Terão de ser criados incentivos de mercado para aumentar as chances no mercado desta tecnologia, mas hoje seria muito cedo para discuti-los», referiu.


Até ao World Energy Conference, que se realiza de 16 a 21 maio em Essen, a campanha estará presente em todas as regiões da Alemanha, a fim de mostrar ao público as várias faces do hidrogénio e das células de combustível .

Exportações tecnológicas nacionais "triplicaram" desde 2004 *


"Isto vai continuar", declarou José Sócrates no centro da Nokia Simens, em Alfragide, numa alusão aos investimentos nas áreas da Ciência e Ensino Superior. Em Alfragide, José Sócrates inaugurou o novo centro de competências internacional de fornecimento de serviços de engenharia e de operações em rede da Nokia Siemens.


Segundo o director-geral deste consórcio, João Picoito, o centro de Alfragide já emprega cerca de 600 engenheiros, que usam dez idiomas distintos nos contactos com clientes de 20 países diferentes."Queremos que as grandes marcas venham para Portugal e invistam. O que o Governo pode prometer é a continuação de uma linha política como aquela que foi seguida nos últimos quatro anos, tendo em vista transformar o Plano Tecnológico numa orientação central económica", declarou o líder do executivo.


Segundo dados referidos por Sócrates, Portugal exporta actualmente "1300 milhões de serviços tecnológicos"."Isto significa o triplo que Portugal exportou em 2004. São investimentos como este [da Nokia Siemens] que permitem sustentar uma exportação de serviços de alta tecnologia, com elevada qualificação e com grande capacidade para todo o mundo", disse.


*Agência Lusa