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quarta-feira, 4 de março de 2009

Pilhas de combustível vão ajudar exército português

A SRE - Soluções Racionais de Energia, o Ministério da Defesa e o Estado-Maior do Exército vão desenvolver uma fonte portátil de energia, como equipamento do soldado do futuro. O projecto, com a designação SPP- Soldier Power Pack, assenta na tecnologia desenvolvida pela SRE de pilhas de combustível a hidrogénio.

O SPP deverá estar concluído em 2010 com a entrega, pela SRE, de uma pré-serie de 10 pilhas de combustível para serem testadas pelas Forças Armadas. O projecto tem um orçamento estimado de 500 mil euros, que será co-financiado pelo Ministério da Defesa em 300 mil euros através das verbas para Investigação e Desenvolvimento inscritas no orçamento plurianual das Forças Armadas Portuguesas.

O LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia participa no desenvolvimento da fonte de hidrogénio a integrar no sistema, além de testar e certificar a tecnologia da SRE tendo em consideração as especificações operacionais do projecto.

O grande desafio desta iniciativa passa por conseguir obter uma fonte de potência/energia que seja competitiva face à actual utilização das várias baterias que alimentam os dispositivos e equipamentos utilizados pelo soldado moderno em teatro de operações. Em causa estão diversos acessórios de apoio a funções vitais, tais como comunicações, sistemas inteligentes, visão, e outros. O objectivo é a substituição destas múltiplas baterias por uma fonte de energia única, com ganhos em autonomia, peso e volume.

Num concurso recente realizado pelo Ministério da Defesa norte-americano, as soluções desenvolvidas com base em plataformas de pilhas de combustível demonstraram ser as mais competitivas, na avaliação conjunta das densidades de potência e de energia por unidade de volume e de peso.

Com este projecto as Forças Armadas Portuguesas poderão liderar nesta tecnologia a nível internacional, nomeadamente no âmbito da NATO, podendo contribuir para a operacionalidade desta organização com uma plataforma nacional susceptível de ser adoptada pelas várias Forças Armadas que a integram.

A SRE está ainda a negociar a participação no projecto da EID (Empresa de Investigação e Desenvolvimento em Electrónica), cujo accionista de referência é a EMPORDEF (Empresa Portuguesa de Defesa). O acordo em elaboração prevê que a produção e comercialização deste equipamento no mercado nacional e internacional seja efectuado no quadro de uma parceria a estabelecer entre as duas empresas. Refira-se que nos termos do protocolo celebrado o Ministério da Defesa e o Estado Maior do Exército mantêm direitos sobre a comercialização posterior da tecnologia pela SRE.

A SRE centrou a sua actividade no desenvolvimento de fontes de pequena potência (dos 10W aos 200W), sendo a sua tecnologia particularmente bem posicionada para o desenvolvimento de soluções portáteis.

De acordo com José Campos Rodrigues, presidente da SER, «as Forças Armadas podem constituir um importante nicho de mercado na actual fase de desenvolvimento da Economia do Hidrogénio, contribuindo para o teste e validação de novas soluções tecnológicas cuja utilização se pode posteriormente generalizar ao mercado civil».


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